Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 3

Algumas semanas haviam se passado desde o primeiro dia de Laura na Arantes Holdings, e ela estava seriamente cogitando pedir demissão. O que Heitor Arantes tinha de absurdamente lindo, tinha também de exigente, intolerante e... insuportável. E, mesmo sendo muito rude várias vezes com ela, nunca mais se desculpou.

Nenhum erro passava despercebido. Nenhum atraso era tolerado.

Nenhuma desculpa era aceita. Ele a tratava com a mesma frieza com que lidava com o mercado financeiro — sem espaço para fraquezas, sem tempo para simpatias.

Mas o que mais perturbava Laura não era o jeito cruel dele no trabalho.

Era a forma como ele a olhava.

Não era algo direto, como um homem que deseja. Era silencioso, intenso. Às vezes, ela o pegava analisando seus movimentos, seu rosto, seu corpo — e ele não desviava o olhar. Não havia vergonha, nem recato. Apenas aquela presença firme, impassível... como se quisesse despí-la com os olhos e, ao mesmo tempo, entender cada sombra dentro dela.

Mas ele era gay. Não era?

Era o que todos diziam. E, mesmo assim, algo não se encaixava. Nenhum olhar entre dois seres humanos carregava tanto calor se não houvesse desejo. Nenhuma respiração se tornava tão pesada sem razão.

Naquela sexta-feira à noite, Laura ainda estava no escritório, finalizando uma apresentação que Heitor exigira para a manhã seguinte. Todos já haviam ido embora. O silêncio era profundo, cortado apenas pelo som do teclado e pelo tique-taque irritante do relógio da parede.

Ela estava exausta. E furiosa, por trabalhar tanto e, mesmo assim, não ter seu esforço reconhecido por ele.

— Arrogante, insensível... — murmurou, apertando as teclas com mais força.

Até que ouviu a porta se abrir.

Ergueu os olhos devagar.

E lá estava ele.

Heitor Arantes.

Sem gravata, com os dois primeiros botões da camisa desabotoados, revelando um pedaço de pele dourada e o início de um peitoral definido que parecia esculpido à mão. As mangas estavam dobradas até os antebraços, revelando músculos definidos, veias salientes e um relógio de pulso caro que brilhava sob a luz tênue do teto.

Ele entrou devagar, fechando a porta atrás de si.

Laura ainda tentava organizar os papéis na pasta, com os dedos tremendo levemente, quando ele se aproximou por trás, com passos lentos e controlados.

— Senhor Arantes… — murmurou, sem ousar encará-lo diretamente.

Ele soltou uma risada baixa, rouca, quase perigosa.

— Heitor. — corrigiu com firmeza, a voz grave reverberando perto do pescoço dela.

— Quando estivermos só nós dois, pode me chamar de Heitor.

Ela virou o rosto, surpresa, mas ele continuou:

— Até porque… cada vez que você me chama de “senhor” com essa sua boquinha gostosa, Laura… — ele roçou os dedos no queixo dela, fazendo-a encará-lo

— Eu fico cheio de tesão...

Laura perdeu o ar, os olhos arregalados, as pernas vacilaram.

— E tudo o que eu consigo pensar… — ele inclinou-se mais, a boca perigosamente perto da dela

Surpreendida 1

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