Quando ela chegou ao ápice, foi como uma explosão — gritos contidos, tremores, lágrimas nos cantos dos olhos. E mesmo assim, ele não parou. Queria mais. Queria vê-la perder o controle uma segunda, uma terceira vez. Queria marcá-la com prazer, deixá-la incapaz de esquecer o toque dele.
E quando ele finalmente chegou ao próprio clímax, foi segurando o rosto dela entre as mãos, como se ela fosse preciosa demais para escapar. Seus corpos colapsaram juntos, ofegantes, suados, conectados por algo muito além do físico.
Silêncio. Apenas a respiração dos dois preenchendo o quarto.
— Isso... — sussurrou ele, encostando a testa na dela
— é o que acontece quando você me obedece...eu te compenso com muito prazer ,da mesma forma que faz mesmo comigo.
Ela sorriu, satisfeita e entregue. E naquele instante, Laura entendeu: estar nas mãos de Heitor era perigoso, viciante e absolutamente inevitável.
Ainda ofegante após o ápice, Heitor a puxou para um beijo lento, profundo, como se quisesse prolongar o prazer, eternizar aquele momento de entrega. Só depois disso, com delicadeza, libertou os pulsos de Laura das algemas e a envolveu com os braços fortes, carregando-a no colo com naturalidade.
— Vamos tomar um banho ,princesa. — murmurou ele, levando-a para o chuveiro com um meio sorriso nos lábios.
A água morna caiu sobre os dois, escorrendo pelos corpos colados. Heitor a lavava devagar, os olhos atentos a cada reação dela. Em silêncio, Laura se permitiu apenas sentir. Era como se o toque dele dissesse mais do que palavras — firme, cuidadoso, cheio de intenções.
De repente, a expressão de Heitor se tornou mais séria.
— Você está tomando anticoncepcional? — perguntou, quase casual.
— Ainda não... — disse ela, desviando o olhar.
— mas vou tomar a pílula do dia seguinte. Pode ficar tranquilo, Heitor. Eu não quero filhos... não de um homem com quem só tenho um envolvimento sexual, sem compromisso.
A resposta, ainda que dita com leveza, atingiu-o como um soco surdo. Ele não disse nada de imediato, apenas assentiu, mas por dentro uma inquietação o corroía. Não era raiva. Era algo mais sombrio, mais... incômodo. Ela pensava em ter filhos. Só não com ele, não que ele quisesse aquilo,mas ao mesmo tempo o fato de um outro fazer um filho nela o deixava louco de ciúmes.
Depois do banho, já vestidos com roupões — o dela largo, por também pertencer a ele que era bem maior que ela. — sentaram-se na beira da cama. Ela começou a secar os cabelos com a toalha, mas ele veio por trás, pegando a toalha das mãos dela e assumindo a tarefa.
— E já tem em vista o futuro pai dos seus filhos? — perguntou em tom neutro, mas os olhos o traíam.
Laura soltou um riso baixo,sendo pega de surpresa com a pergunta dele .
— Claro que não. Enquanto estou com você, não penso em mais ninguém, Heitor.
— Mas deixou claro que pensa em ter filhos com outro.
— Sim. Mas futuramente, quando o que temos acabar. E, sinceramente, se depender de você, não vai demorar muito.
Ele permaneceu em silêncio. O orgulho o impedia de dizer o que queria. E ela sabia disso.
— Por enquanto, sou novidade. E talvez eu nem seja uma boa submissa pra você. Aposto que já teve várias, experientes, que sabiam exatamente como te agradar.
— Você é diferente. E é exatamente isso que me enlouquece — disse ele, firme.
— Você não representa um papel, Laura. Você se entrega de verdade. Isso é raro.
Ela sorriu, mas logo o olhou com malícia.
— Eu estou adorando ser dominada por você... mas, de vez em quando, queria o controle. Só um pouco.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe.