Heitor tentou deixar os pensamentos de lado, se vestiu e saiu em direção à Holding, decidido a enterrar tudo aquilo sob uma pilha de trabalho. Mas por mais que tentasse se distrair... não conseguia.
Além de toda a merda envolvendo Patrícia, não conseguia tirar Laura da cabeça.
A mulher que conseguiu, contra todas as suas defesas, romper as barreiras de seu coração.
A mulher que ele pensava ter traído sua confiança, se entregando ao ex-noivo.
E agora, talvez estivesse armando um novo golpe: o golpe da barriga. O mais velho de todos. Talvez estivesse prestes a alegar uma gravidez para tentar prendê-lo.
Só que ela não contava com uma coisa: ele a flagrou. Ele viu. Com os próprios olhos.
E se esse era o plano dela, Laura estava muito enganada.
Porque Heitor Arantes não caía duas vezes no mesmo golpe.
E da mesma forma que escurraçara Patrícia da sua vida... faria o mesmo com Laura. Mesmo que isso o destruísse por dentro,mesmo que apesar de tudo que viu ,apesar de tudo que ela fez ele continuasse a amando e a querendo da mesma maneira insana ,pois Laura era como um maldito vicio em sua vida ,ele nunca pensou que em tão pouco tempo uma mulher iria o abalar tento como Laura fez e seguis fazendo.
Enquanto tentava por o trabalho em dia na Holding,as coisas ficavam cada vez piores ,
A nova secretária enviada pelo RH era um desastre. Incompetente, desorganizada e com intenções claramente equivocadas. Achava que um rosto bonito e um corpo escultural compensariam sua falta de profissionalismo. Deixava claro, nos gestos e nos olhares, que queria ser levada para a cama, não para uma reunião. Aquilo irritou Heitor ainda mais. Ele a demitiu sem pensar duas vezes. Sexo era a última coisa que queria. Exceto, claro, se fosse com a mulher que lhe provocava ódio e desejo ao mesmo tempo.
A segunda secretária enviada era ainda pior: parecia uma recém-formada sem nenhuma experiência. E mais uma vez, ele a dispensou. O problema é que nenhuma era como Laura. Ninguém entendia seu ritmo, sua exigência, sua mente. Por isso, encerrou o expediente mais cedo, foi para casa e deixou um recado claro ao RH: se não encontrassem uma secretária tão competente quanto ela, o responsável perderia o emprego.
Enquanto Heitor tentava trabalhar em meio ao caos, Laura passou a tarde toda tentando descobrir o paradeiro de Augusto. Queria uma confissão. Queria gravar. Provar a verdade. Mas ele havia evaporado do mapa. Mesmo assim, Laura não desistiria. Não importava se ela e Heitor tivessem futuro juntos ou não. Ela sairia daquela história com dignidade, com seu nome limpo.
Quando a noite caiu, ela se vestiu com elegância. Uma saia lápis, blusa vinho com decote reto nos ombros. Não queria seduzir. Queria mostrar firmeza, controle e classe.
Despediu-se de Bianca e Fernando, que estavam assistindo a um filme no sofá, e seguiu para a mansão de Heitor. Ao chegar, apresentou-se ao segurança com nervosismo e esperança. Mas a resposta veio rápida: o senhor Arantes não deseja vê-la e não costuma receber estranhos.
A dor foi imensa. Mas Laura não recuou.
— Então diga a ele que vou passar a noite aqui, no portão, até que ele saia. Eu vim até aqui para conversar com ele e não vou embora enquanto ele não me atender .Disse Laura de pé em frente a enorme e luxuosa mansão .
Os seguranças se entrolharam e um deles foi em direção a casa dando a resposta dela a governanta e voltou com a mesma respostas dada por Heitor que ele não recebe estranhos em sua casa .
— Porque se achou que eu sou algum imbecil… se tiver a ousadia de vir com mentiras deslavadas pra justificar o que vi…
Ele encostou a mão na parede, bem ao lado da cabeça dela, prendendo-a sem tocá-la. O cheiro dele a invadia, misto de raiva e desejo, o tipo de combinação que fazia o coração dela acelerar e o corpo tremer.
— ...eu não respondo por mim.
A ameaça velada estava ali, crua, cravada em cada palavra. Mas havia mais: o desejo escondido por trás do controle. A tensão entre os dois era palpável, elétrica, como se qualquer toque fosse explodir em algo ainda mais perigoso.
Laura engoliu em seco, mas não recuou. Os olhos dela brilharam, desafiadores.
— Espero que... — ele sussurrou com um sorriso torto e amargo, os olhos descendo devagar pelo rosto dela até os lábios entreabertos
— ...que tenha vindo aqui, no mínimo, pra assumir o seu erro.
O silêncio entre eles pesava. Era raiva. Era desejo. Era tudo junto, confuso, imprudente.
E bastava um movimento, um deslize, pra virar incêndio.

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