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Proibida para Mim: Apaixonado pela filha do meu amigo romance Capítulo 134

Lorenzo Bianchi

O mundo inteiro parecia respirar diferente naquela manhã.

O salão onde a cerimônia seria realizada estava decorado com flores simples, mas com significado. Flores-do-campo, como a Laura sugeriu, misturadas com ramos de oliveira que minha mãe trouxe da vinícola. Tudo com uma cara de… verdade. De gente que ama e se vira com o que tem.

Eu estava parado ali, perto do altar improvisado no jardim dos fundos, com a camisa social grudando nas costas de tanto nervosismo. Pietro ficou do meu lado o tempo todo, me dando t***s discretos no ombro sempre que percebia que eu começava a respirar rápido demais.

— Relaxa, cara. Você tá parecendo que vai fazer prova final de anatomia — ele sussurrou no meu ouvido, com aquele tom meio sarcástico de quem queria ajudar, mas não sabia como.

Forcei um sorriso. Tentei brincar de volta.

— Isso aqui é pior… Na prova, se eu errasse, era só perder uns pontos. Agora, se eu errar, posso perder a mulher da minha vida.

Ele riu, balançando a cabeça.

— Você não vai errar. Ela te ama, Lorenzo. Todo mundo aqui sabe disso. E, sinceramente… vocês dois já passaram por coisa demais pra deixar alguma coisa dar errado agora.

Respirei fundo, ajeitei a gravata que insistia em ficar torta. Minhas mãos tremiam. O suor escorria pelas têmporas. E meu coração… Bom, o coração parecia uma bateria de escola de samba fora de ritmo.

Meu olhar correu pelo lugar. Vi minha mãe na primeira fileira, com os olhos marejados e aquele sorriso contido de quem estava tentando ser forte. Tia Heloísa estava ao lado dela, com um lenço no colo, já preparada pro inevitável.

A música começou.

Um violino simples, tocado por uma amiga da Laura, e um violão acompanhando. Pietro me deu um último empurrão de incentivo.

— Respira. Ela tá vindo.

E então… eu a vi.

Aurora.

Minha Aurora.

Ela surgiu no final do corredor entre as cadeiras, usando um vestido leve, com renda nas mangas e uma saia que balançava com o vento. Cabelo preso de um jeito bagunçado e lindo ao mesmo tempo, com pequenas flores brancas enfiadas entre os fios. O sorriso dela… Meu Deus… Aquele sorriso parecia ter nascido só pra aquele momento.

Senti o ar me faltar. Pisquei várias vezes, como se pudesse gravar cada segundo dentro de mim. Cada passo dela. Cada olhar. Cada detalhe.

Ela veio caminhando devagar, com o olhar preso no meu. Como se o mundo inteiro tivesse desaparecido, e só existisse eu e ela. Como se os medos tivessem ficado todos para trás.

Quando ela chegou perto o suficiente, estendi a mão. Ela pegou. E foi como se tudo dentro de mim finalmente encontrasse lugar.

— Você tá linda — consegui dizer, a voz meio rouca, meio trêmula.

Ela sorriu daquele jeito que só ela sabia sorrir pra mim.

— Você tá pálido — ela respondeu baixinho, rindo com os olhos.

— Tô nervoso.

— Eu também.

E ali, de mãos dadas, com os amigos e a família ao redor, e o céu da Toscana como testemunha… a gente começou. De verdade. Sem volta.

O juiz de paz começou a falar, mas eu mal consegui ouvir as palavras.

Só conseguia olhar pra ela.

A mulher que eu escolhi.

A mulher que me escolheu.

E enquanto ela dizia “sim”… foi como se o chão debaixo dos meus pés finalmente tivesse ficado firme.

A festa parecia um sonho. Um daqueles sonhos que a gente não quer acordar nunca.

Capítulo 134 1

Capítulo 134 2

Capítulo 134 3

Ela levou as mãos à boca.

— Você… — os olhos dela encheram de lágrimas — você construiu isso?

Assenti, sentindo meu próprio coração bater forte com a reação dela.

— Levei meses planejando. Pedi ajuda pro pessoal da vinícola, pro Pietro, até pra alguns amigos da faculdade. Queria um lugar só nosso. Um lugar pra gente lembrar que… mesmo quando o mundo estiver uma bagunça lá fora… a gente tem um refúgio.

Ela me abraçou com tanta força que fiquei sem ar por alguns segundos.

— Eu não acredito nisso… — murmurou contra meu peito. — É tudo tão lindo… tão você… tão nós.

Peguei-a no colo, do jeito mais clichê possível, e a levei pra dentro. O cheiro de madeira nova misturado com o perfume de lavanda e alecrim que minha mãe tinha deixado num cantinho qualquer.

No centro da sala, uma lareira pequena acesa, lançando uma luz âmbar pelas paredes.

Deixei-a no chão devagar, olhando nos olhos dela.

— Bem-vinda à nossa lua de mel.

Ela sorriu, com aquele sorriso que fazia meu mundo parar.

Naquela noite, fizemos amor devagar, com calma, com urgência e com ternura, tudo ao mesmo tempo. Como se cada toque fosse uma promessa. Como se cada beijo fosse um lembrete de tudo o que vivemos… e de tudo o que ainda estava por vir.

O sol começou a nascer quando ela adormeceu com a cabeça no meu peito, os dedos entrelaçados nos meus como se não quisesse me soltar nem nos sonhos.

E eu fiquei ali… olhando para o teto de madeira daquela cabana… ouvindo o som do lago lá fora… e sentindo, pela primeira vez em muito tempo, que o futuro não me assustava mais.

Porque com ela… eu podia tudo.

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