— Isso não pode ser verdade — Elis sussurra, totalmente abalada.
— Elis, você não devia ter feito isso — Steve diz, chamando a atenção da esposa. — Isso era uma questão do Richard apenas.
— Devo ter deixado algo passar — sussurra, ainda sem acreditar. Estava confiante de que Madeline continuava virgem.
— Pare com isso — adverte Steve.
— Você tem certeza, doutora? Olhou direitinho? — Insiste Elis.
— Sim, eu tenho certeza do que atestei — Abby responde.
— Já basta, Elis! — grita Madeline. — Já não basta essa humilhação que me fez passar, ainda duvida de mim? Eu já disse que foi o seu querido irmão que abusou de mim, mas você acha que ele é um santo que não faz mal a ninguém!
— Eu nunca abusei de você — interfere Richard. — Como disse milhares de vezes, não me lembro do que aconteceu, mas sei que jamais abusei ou te peguei à força. Eu tinha desconfiança de que nada havia acontecido, mas se realmente aconteceu, não foi como a Madeline relatou aqui.
— Que decepção — Nina diz, chorando abraçada à filha. — Eu não esperava isso de você, Richard. Eu não tenho palavras para descrever o quão desapontada estou com o que fez à minha filha. Bastou uma noite para você jogar fora toda a confiança que colocamos em você durante todos esses anos. Nada do que fizer irá compensar esse erro. Você sabia de nossas crenças e de como isso era importante para nós.
— Juro que nunca quis desrespeitar vocês, Nina — diz Richard, visivelmente abalado. — Eu não quero que pensem mal de mim.
— Mais do que estamos pensando? — questiona. — Não percebe o erro? Você está errado em todas as versões que conta — o adverte. — Mesmo que tenha sido por livre e espontânea vontade da minha filha, ela fez isso porque te ama. Você se aproveitou dos sentimentos dela para satisfazer os seus desejos carnais, nem pensou nas consequências do dia seguinte. Para você, tudo seria normal, mas você mudou a vida da minha filha e agora ela terá esse peso na consciência.
— Parem de dizer essas coisas ao meu filho — Abraham pede, percebendo que Richard está sendo bastante crucificado. — Vamos tentar resolver essa situação aqui, creio que com uma conversa podemos fazer com que um acordo seja estabelecido.
— Se case com ela — pede Nina. — Só desse jeito pode aliviar um pouco da vergonha que a minha filha passou aqui — exige. — Se não se casar, coloca a sua conta em risco. Eu não deixarei que a minha filha seja traumatizada por conta de suas atitudes. Seja homem pelo menos uma vez na vida e cumpra o que prometeu a ela no dia seguinte do seu crime!
— Mas ele tem uma filha fora do casamento, Nina — Donald adverte a esposa.
— Onde essa filha está? — questiona, surpresa com a revelação.
— Ela está em Nova York, mamãe — responde Madeline. — Ele a levou para morar perto dele, só para conviverem.
— Isso só pode ser uma brincadeira de mal gosto. Eu não o conheço mais, Richard. A cada revelação que minha filha faz, sinto um pesar maior por aquela terrível noite. Se eu tivesse sido um pai mais vigilante.
— Demos lugar ao diabo e ele entrou na nossa vida — diz Nina.
— A senhora não deu ligar, e sim a luz ao diabo — diz Elis, ofendida pelas coisas que escuta. — Vocês deram a vida ao ser mais maléfico que conheci. A Madeleine é o cão.


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Os comentários dos leitores sobre o romance: Querido CEO, seu bebê quer te conhecer!