Quando Alice entra no quarto onde seu marido está sob observação, não consegue conter as lágrimas. Richard está acordado, mas seu semblante abatido e olhar distante revelam o efeito dos medicamentos. Ao vê-la, ele fica inquieto, levantando o braço com dificuldade e estendendo a mão, pedindo silenciosamente que ela se aproxime. No quarto, além de Richard, estão Elis, Abraham e Meredite, que chegaram às pressas assim que souberam do ocorrido. O ar é pesado; todos estão profundamente abalados e tristes.
Alice se aproxima de Richard e segura sua mão com força.
— Como você está? — pergunta, a voz trêmula, tenta conter o choro.
— Eles bateram na porta e eu pensei ser você… por isso abri sem hesitar — começa Richard, com a voz carregada de arrependimento. — Mal abri a porta e já senti uma pancada na cabeça… — ele lamenta, as lágrimas escorrem pelo rosto. — Onde está nossa filha? — questiona, com preocupação evidente, enquanto aperta ainda mais a mão de Alice.
— Ainda não a encontraram — responde Alice, deixando as lágrimas caírem livremente.
— Precisamos fazer algo! — Richard diz, tentando se levantar, mas é contido pelo pai, Abraham, que o segura com firmeza.
— Você não pode sair assim, precisa continuar em observação — explica Abraham, com a voz embargada pela dor de ver o filho naquele estado.
Todos na sala estão visivelmente abalados, incapazes de encontrar palavras de conforto, pois seus pensamentos estão focados em Lily e no que ela pode estar enfrentando.
— Como está o seu pai, Alice? — pergunta Elis, tentando desviar o foco para algo positivo.
— A última vez que o vi, ele estava sendo levado para o quarto, fora de perigo. Então recebi uma ligação… e as coisas começaram a desmoronar. Nem tive tempo de vê-lo depois disso — responde Alice, com dor evidente em sua voz.
— Ele está bem, já acordou e está com a Silvia — revela Laila. — Ela pediu que não mencionássemos nada sobre o que está acontecendo, para poupar o seu estado emocional. Seria um grande choque para o George saber de tudo isso.
— Ela tem razão, precisamos protegê-lo do que está acontecendo, pelo bem de sua recuperação — concorda Meredite.
— É tudo culpa minha… Eu não devia ter aberto a porta sem saber quem era… — lamenta Richard, sentindo a culpa consumindo-o. — Se algo acontecer à nossa filha, nunca vou me perdoar.
— Não diga isso, filho. Você não tinha como saber o que estava acontecendo — Meredite tenta consolar, com a voz suave.
— Como não? Falhei miseravelmente em proteger minha filha. Agora que finalmente a encontrei, isso acontece… Eu não sou um bom pai.
— Pare com isso, amor. Você é um pai maravilhoso. O que aconteceu não é sua culpa — Alice tenta tranquilizá-lo, mas suas próprias palavras parecem insuficientes para aliviar a dor de ambos.
Enquanto todos tentam consolar o casal, Silvia Taylor entra no quarto, com rosto preocupado ao ver a tristeza estampada em Alice e Richard.
— Estamos todos sofrendo muito, mas precisamos confiar que as autoridades estão fazendo o melhor que podem — diz Silvia, tentando trazer um pouco de esperança ao ambiente.
— Não consigo parar de pensar no que nossa filha deve estar passando, sozinha, sem nós por perto — comenta Alice, cuja voz embarga desespero.
— Vocês suspeitam de alguém? — pergunta Abraham, cuja tensão é evidente em seu tom.
— Eu já mencionei ao investigador a única pessoa que me vem à mente — responde Alice, hesitante.
— Quem é? — questiona Abraham, enquanto todos no quarto direcionam olhares curiosos e preocupados para ela, esperando por uma resposta.

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