Abraham disse que quem age por conta própria tem mais êxito do que quem espera pelos outros, e foi exatamente o que aconteceu. Em apenas três horas de investigação, utilizando as mesmas informações que a polícia, os investigadores contratados por ele conseguiram localizar o criminoso que atentou contra a vida de George, feriu Richard e sequestrou a pequena Lily.
Na delegacia, sob intensa pressão durante o interrogatório, o homem finalmente revela que Dora é a mandante de todos os crimes. O criminoso, identificado como Andreas, era um vizinho de longa data de Dora, um homem solitário, viciado em bebidas, jogos e drogas ilícitas. Desesperado por dinheiro fácil, Andreas já possuía passagens pela polícia por roubo e tentativa de homicídio. Ele conhecia bem a história entre Endrick e Alice, e sempre ouvia as queixas e o desejo de vingança de Dora. Percebendo que a mulher estava disposta a fazer qualquer coisa para se vingar, Andreas ofereceu seus “serviços” por uma quantia específica. Dora, alimentada por seu ódio, não hesitou em vender todos os seus bens para reunir o dinheiro exigido por Andreas. Com isso, ela comprou uma pequena casa de campo isolada de Andreas, acreditando que jamais seria encontrada naquele lugar remoto.
Por coincidência, Dora liga para Andreas no mesmo instante em que ele estava na delegacia, e a polícia aproveitou para mantê-lo na linha, fingindo que tudo estava normal. Após a ligação, uma força-tarefa foi montada rapidamente para cercar a casa de Dora e resgatar Lily.
— Preciso ir também! — diz Alice, aflita e angustiada por estar separada de sua filha por tanto tempo. Já fazia quase dois dias desde o sequestro de Lily, e o desespero estava consumindo-a.
— Não é seguro, senhora Carter. Esta é uma operação arriscada — alerta o investigador, tentando convencê-la a ficar.
— Mas é a minha filha! Ela está nas mãos daquela mulher e, quando a resgatarem, quero estar lá para segurá-la e acalmá-la — insiste Alice, com a voz tremendo com a urgência do momento.
Os policiais trocam olhares, ponderando se é prudente permitir que Alice acompanhe a operação.
— Tudo bem, a presença da senhora pode ser benéfica. A criança precisará ver um rosto familiar após o resgate. Ela deve estar aterrorizada com toda essa situação — concorda um dos policiais, compreendendo a necessidade de Alice estar perto de sua filha.
O pensamento de Lily em perigo, assustada e indefesa, apenas aumenta a aflição de Alice. Richard, ainda em recuperação, não pode acompanhá-la, apesar de seus protestos veementes enquanto tenta se levantar da cama.
— Preciso estar lá! Minha filha precisa de mim! — exclama Richard, forçando-se a sair da cama, apenas para ser detido pelo pai, que está nervoso pela situação que está por vir.
— Você ainda não está bem, filho. A pancada na cabeça foi severa, e você precisa se recuperar para estar forte quando sua filha voltar — diz Abraham, cuja voz é carregada de preocupação e autoridade. — Tenho certeza de que os profissionais que contratei serão cuidados com a nossa Lily e a trarão sã e salva.

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