Percebendo estar diante de Richard Carter, Silvia sente um nó em sua garganta, mas tenta se recompor.
— E-eu — gagueja. — Eu não pensei que você viria — diz, quando consegue reformular as frases em sua boca.
— Cadê a Alice? — pergunta, sem fazer nenhuma cerimônia.
— Ela não está aqui, saiu para procurar emprego mais cedo.
— E a criança, está com você? — A voz de Richard é grave e demonstra que não está nem um pouco satisfeito com aquela situação.
— A Lily está comigo — responde, bloqueando a porta. — Mas acho que é melhor você conversar com a Alice primeiro antes de vê-la.
— Se ela é mesmo a minha filha, exijo vê-la agora mesmo! — reivindica.
Como mãe, Silvia pensa que é errado deixar que Richard entre naquele apartamento sem a autorização de Alice, mas, como advogada, sabe que é melhor fazer o que ele pede, ou sabia que as coisas ficariam feias para a filha.
— Pode entrar — diz, com voz trêmula.
Quando Richard adentra a sala, vê um carrinho de bebê próximo ao sofá, então se aproxima apressadamente, avistando uma menininha gordinha de cabelos lisos e pretos. Ela dormia como um anjo.
Naquele momento em que viu Lily, sentiu que estava diante do ser mais precioso do mundo. Ele sabia que aquela era a sua filha, não apenas pela aparência física, já que Lily tinha todas as suas características e lembrava muito Elis quando ainda era um bebê, mas também pelo amor que sentiu de imediato pela criança, em questão de segundos.
Com cuidado, ele se aproxima do carrinho e pega Lily no colo. A menininha dá um leve chorinho, mas volta a dormir no colo do pai.
— Por que você demorou de vir? — Silvia pergunta, sentindo-se nervosa com aquela situação.
— Eu não demorei, vim quando li o seu e-mail ontem a noite — responde, sem tirar os olhos da bebê.
— Você demorou tanto para ler o e-mail, que achei que tivesse ignorado a minha mensagem — comenta, sugerindo que Richard se sente.
Ele faz o que a mulher pede e diz:
— Sou um homem muito ocupado, senhora. Também tenho o costume de ignorar e-mails, ainda mais por não imaginar que haveria uma mensagem tão importante, que deveria ser dita de outro modo, não acha? — observa. — Por que não me ligou e entrou em contato diretamente comigo? Acredito que ainda deva ter meu número pessoal no contrato que fiz com seu marido quando aluguei aquele apartamento em Londres.
— Eu não pude ligar — explica. — É uma história complicada — disserta.
— Quantos tempo tem essa bebê?
— Ela tem seis meses — revela.
— Seis meses? — murmura, alterado. — Como a sua filha não me contou sobre ela antes?
— Minha filha passou por alguns problemas pessoais.


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Os comentários dos leitores sobre o romance: Querido CEO, seu bebê quer te conhecer!