Eles observam Silvia sair dali com a bebê e quando notam estarem sozinhos, voltam a se encarar.
Na cabeça de cada um, se passa uma cena, pois mesmo não querendo, são tomados pelas lembranças do passado.
— Como chegou aqui? — Alice pergunta, colocando de lado os seus sentimentos.
— Eu te fiz uma pergunta primeiro, Alice, me diz, por que escondeu sobre a nossa filha? — Richard permanece firme, sem alterar seu temperamento.
— Eu te liguei para contar, sabia? — responde, com o mesmo tom de voz que ele. — Mas você me atendeu com cinco pedras nas mãos, me ofendendo e dizendo que não queria saber nada sobre mim.
— Quando foi isso? — ele questiona, confuso.
— Há quase sete meses — confessa.
Richard tenta se lembrar quando aquilo aconteceu e se lembrar que ela o ligou na noite de seu aniversário. A mesma noite em que acabou dormindo com Madeline.
Como tantas coisas aconteceram numa só noite? Se questiona em pensamento, lamentando-se por ter que conviver com arrependimentos daquela noite para o resto de sua vida.
— Você devia ter dito que não ligou para falar sobre nós — Richard protesta. — Eu teria te escutado.
— Teria mesmo? — o questiona. — Para quem você quer mentir, Richard? Você me despreza e acho que me ver ou ouvir a minha voz deve ser um martírio — diz Alice com um nó na garganta.
Estar de frente com o homem que tomou conta de seus pensamentos e coração durante muito tempo deixa Alice nervosa, pois mesmo que esteja olhando nos olhos do seu antigo amor, alguma coisa lhe diz que ele não é mais a mesma pessoa que conheceu há algum tempo.
— Para de se fazer de vítima, que não é isso que estamos discutindo aqui — Richard pede, sem deixar de demonstrar insatisfação. — Você escondeu de mim uma coisa tão séria como essa e mesmo assim ainda quer se vitimizar?
— Eu não estou me vitimizando, estou te contando sobre o que aconteceu — ela responde, sentindo a voz hesitar, mesmo que queira conversar com firmeza.
— Como pôde ser tão cruel em querer me esconder algo tão importante, Alice? — insiste, sem entender como Alice tinha o sangue-frio.
— Tem razão, eu iria viver a minha vida inteira sem te contar sobre ela, está satisfeito? — confessa nervosa. — A Lily é minha filha e nós não precisamos de você.
— Você não precisa de mim — a corrigi. — Agora, não fale por ela. A Lily é minha filha também, está ouvindo sua egoísta? Você sempre pensou apenas em você, ignorando os sentimentos dos outros.


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Os comentários dos leitores sobre o romance: Querido CEO, seu bebê quer te conhecer!