O comunicado de Richard deixa Alice desesperada. Ela tenta controlar as emoções, mas não consegue de forma alguma.
— Não pode fazer isso, Richard — declara.
— Claro que posso, tanto que farei — insiste na ideia.
— Vai mesmo tentar separar uma criança da mãe? — pergunta sem acreditar em tal fala.
— Você fez o mesmo comigo — replica.
— Foi diferente — protesta. — Você não sabia da existência dela!
— Isso não muda nada! — a interrompe com a voz grave. — Era o seu dever me avisar sobre a Lily.
— Tudo bem, eu errei, me perdoe — tenta se aproximar dele, mas Richard dá passos para trás, demonstrando não querer nenhuma aproximação. — Achei que poderia viver uma vida normal com a minha filha até o dia que ela crescesse e perguntasse sobre você — confessa. — Estava com medo de te procurar e acabar duvidando sobre a paternidade.
— Por Deus, Alice! Mesmo se eu me recusasse a assumir a minha responsabilidade, haveria métodos que poderiam provar que a bebê é minha, por que não pensou nisso?
— Eu não queria passar por essa humilhação, entende? — revela, tentando se acalmar. — Para mim, já foi difícil processar tudo o que aconteceu entre nós, eu não iria suportar ver a minha filha sendo exposta desse modo. Ela já passou por muita coisa desde que nasceu, não quero que passe por mais transtornos.
— O que aconteceu com ela? — pergunta confuso.
— Lily é uma bebê prematura — revela.
— Por qual motivo? Por acaso, você teve alguma complicação na gravidez? — A voz dele se abranda, por querer saber o que aconteceu com a filha.
— Não, tudo ocorria bem, até o dia que te liguei para falar sobre ela — confessa. — Naquela noite eu já não me senti muito bem e quando resolvi sair no outro dia com a minha amiga, passei mal e a Lily precisou ser retirada às pressas.
— Ela nasceu após o dia em que ligou para mim? — pergunta.
— Sim, no dia 23 de maio — anuncia.
Saber que a filha nasceu um dia após o seu aniversário o surpreende, mesmo assim, não deixa de ficar preocupado.
— E o como ela resistiu a tudo isso?
— Ficando quase três meses internada num hospital. — Alice revela, deixando Richard em silêncio, pensando em todo o sofrimento que a filha passou. — Ela é uma garotinha muito forte e conseguiu sair disso tudo sem nenhuma sequela. — Alice conclui.
Richard senta-se no sofá e começa a pensar em tudo o que ouviu. Ele olha para Alice, que está de pé no meio da sala e nota haver sofrimento no rosto dela. De repente, sente uma vontade enorme de abraçá-la e confortá-la pelo que passou, mas se lembra do que ela fez.


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Os comentários dos leitores sobre o romance: Querido CEO, seu bebê quer te conhecer!