Resumo de Meu amor – Capítulo essencial de Segunda Chance(Completo) por Thay
O capítulo Meu amor é um dos momentos mais intensos da obra Segunda Chance(Completo), escrita por Thay. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
No corredor do hotel nada podia ser escutado. Todas as portas encontravam-se fechadas dando a impressão de não existir ninguém. Uma das portas abriu-se revelando um homem sem camisa saindo de um dos quartos com o rosto repleto em confusão. Valentin fechou a porta do quarto de Jessy inexpressivo, mas ao perceber o que havia feito deixou que a confusão tomasse conta de seu ser.
–É apenas o inicio – disse a si mesmo ao caminhar de volta para o seu quarto. Sem dar-se conta de como a mulher que deixara estava. Jessy mantinha as mãos em seus lábios a medida que as lagrimas caiam pelo seu rosto.
–Sou realmente... má – sussurrou para si mesma ao lembrar-se do momento em que chamara Valentin de Victor. No segundo seguinte ele se afastou dela saindo do quarto.
Flashback on
Valentin beijava Jessy com volúpia a medida que suas mãos percorriam o corpo dela por cima de suas roupas. Os olhos de Jessy permaneceram fechados por todo o tempo, pois em sua mente quem a beijava era Victor. Quem estava prestes a amá-la, era o seu único amor. Ao sentir as mãos dele adentrando em sua blusa, percebeu o toque diferente. Ela sabia, mas ainda teimava em se enganar. Imersa em sua própria ilusão chamou pelo homem que amava.
–Oh Vic – gemeu ao sentir as mãos quentes dele em seus seios, entretanto ao fazer isso no mesmo instante tudo parou. Ela não queria abrir os olhos. Ela rogou para que não precisasse, mas ao sentir o peso na cama diminuir, abriu os olhos deparando-se com a expressão fria de Valentin e seu tórax nu. Naquele momento percebeu o erro que tinha cometido. Havia cometido dois erros sucessivos. – eu.. não..
Sem nada dizer ou escutar, Valentin foi em direção a porta do quarto com um sorriso diferente na face, um sorriso frio e cruel, sorriso este que sumiu ao passar pela porta.
Flashback off
***
O clima entre Valentin e Jessy não era um dos mais agradáveis quando se encontraram no saguão do hotel para irem embora. Jessy temia dizer algo, enquanto ele divertia-se com a confusão que ela demonstrava. Caminharam em silencio juntos ate o carro que os esperava do lado de fora. Entraram sentando-se Jessy na frente, ao lado do motorista, e Valentin atrás com uma expressão indecifrável. O percurso deles ate o avião foi o mais glacial possível. Nenhum conseguia imaginar a reação do outro após aquele incidente.
Assim que o avião aterrissou, horas depois, Jessy levantou-se primeiro da cadeira fugindo dele e de si mesma.
–Nos vemos na segunda, Sr Magno – Jessy despediu-se antes de se aglomerar com as pessoas que desembarcavam ansiosas e rápidas. Ela não olhou para trás nenhuma vez. Andou o mais rápido que conseguiu indo em direção a saída. Ela precisava ficar longe dele o máximo possível.
Valentin observou todos os movimentos de Jessy desde que saíram do hotel em Londres. Por mais que não quisesse divertia-se de uma forma doente com o jeito dela. Ele sabia que era apenas o começo, mas nem por isso deixava de se sentir preenchido por um sentimento. O sentimento de recompensa. Com um sorriso enigmático a ouviu se despedir e sumir de sua vista antes que pudesse dizer algo.
Ele caminhou com calma pelo aeroporto, pegou o seu celular em seu bolso e ao ligá-lo recebeu inúmeras mensagens de voz. Ele não precisava escutar para saber de quem eram. Caminhou em direção ao estacionamento não demorando em encontrar o seu carro. Ao entrar ligou o radio deixando que uma canção familiar preenchesse o ambiente. A mesma canção que ele e Victor compartilhavam, uma das poucas que gostavam de escutar. Dirigiu com tranquilidade ate estacionar o seu carro em frente ao edifício onde sabia que teria problemas. Suspirou pesadamente ao ver o portão da garagem ser aberto pra ele. Estacionou o seu carro esportivo próximo a saída, pois sabia que não iria demorar.
Ao abrir a porta do apartamento escutou as lamurias de sua mãe, tentou permanecer impassível ao ir em direção a ela, mas ao ver Luiza sentada no sofá com o ar de sofrimento, esboçou um sorriso sarcástico.
–Não me diga que sentiu minha falta? – Valentin disse atraindo a atenção de Luiza, a qual sentiu o rosto corar. – isso é patético. O que anda dizendo a ela, mamãe? – o sorriso brotava no rosto dele ao ver a expressão de Grace mudar a cada palavra que dizia.
–Não importa. Porque não me avisou que ia viajar? – Grace disse exaltada – sabe o que é cancelar um jantar? Sabe muito bem o quanto odeio fazer isso.
–Fala como se eu tivesse concordado com algo.
–No momento em que aceitou este casamento, aceitou.
–Claro, para a senhora é sempre assim – deu de ombros ao passar por ela – não me importo. Marque pra depois se quiser, mas faça a gentileza para com os seus convidados de marcar com a minha secretaria para que eu saiba – enfatizou a ultima palavra. Olhou de soslaio para Luiza e em seguida foi em direção ao seu quarto, mas sem antes escutar as palavras de sua mãe.
–Ele esta apenas se mostrando frio, mas esse casamento será excelente. Tenho certeza que irão ser perfeitos um para o outro. Não precisa se preocupar.
Valentin apenas resmungou. Foi ate o seu quarto onde entrou, passando a chave na porta.
–Sim. – Ficaram em silencio ate ela o interromper – prometi que lhe contaria sobre a minha culpa, não foi?
–Não precisa falar se não quiser, sabe disso não é?
–Sei, mas eu quero falar – percebeu ser verdade aquelas palavras. Jon sempre a conseguia deixá-la calma. De alguma forma, ela via nele um porto seguro.
–Estou ouvindo então – murmurou de forma terna.
–Eu o conheci quando tinha 17 anos. Foi o dia mais surpreendente que tive, ate hoje me lembro de como ele me olhou com divertimento. Começamos a sair no dia seguinte para mim ele era apenas Victor, mas para muitos ele era o sucessor de uma família rica, o que só vim descobrir muito tempo depois. – suspirou ao perceber não saber como continuar – deve estar se perguntando o motivo de minha culpa – o café em suas mãos começava a esfriar a medida que seus sentimentos eram revelados –Uma pessoa..veio ate mim, tempo depois que começamos a namorar, ela me disse:”Você e Victor não foram feitos para ficarem juntos, ele merece alguém superior e você, não é nada”. Ela não estava tão errada afinal – sussurrou – ocorreram mais algumas coisas e, de certa forma, fui coagida a me separar dele. Tive que escolher entre ele e minha família. Escolhi o meu pai – um sorriso triste brotou em seus lábios – engraçado... eu fiz a escolha e no final..perdi os dois. Victor acabou se matando por não conseguir viver sem mim – as lagrimas começavam a cair sem que ela tentasse controlá-las – e eu..estou aqui vivendo, pensando nele todos os dias da minha vida. Me culpando por não ter feito nada. Me culpando por ter o deixado e me culpando por ter deixado o irmão dele tão triste quanto eu estou agora. Victor foi o primeiro homem que me olhou de forma apaixonada. Eu não conseguia imaginar a minha vida sem ele, e ate hoje não consigo. A cada instante sem vê-lo tornou-se um tormento. Talvez isso tudo soe como uma besteira, mas... perde-lo foi como perder a minha alma.
Jon escutou tudo em silencio sem conseguir evitar que se emocionasse com a historia dele. Ele sabia o que era viver sem ter a pessoa amada ao seu lado. Olhou para ela com o intuito de perguntar, mas viu o seu estado. “Esse é o máximo que ela irá me falar hoje” pensou ao passar o braço pelo ombro dela, puxando-a de encontro ao seu corpo. Deixou que as lagrimas dela molhassem o seu jaleco, deixou que a sua tristeza fosse compartilhada com ele.
–Pode chorar em meus ombros a partir de hoje. Prometo que estarei sempre aqui para te ajudar. – Jon sussurrou ao olhar para o teto do hospital. Por mais que não quisesse, ela estava mexendo com ele mais do que gostaria. Esperou que o choro dela acalmasse para falar o que achava – Essa culpa que sente, que tanto lhe corroí, é apenas o reflexo. Reflexo por não ter feito nada e não ter seguido o seu coração. Não acha que esta na hora de deixar ela ir embora?
–Ir embora? Isso não é possível –murmurou chorosa.
–Tudo é possível e eu irei lhe mostrar que é – Jon prometeu ao olhar para as lagrimas dela que teimavam em cair pelo seu rosto. Com cuidado, ele levou a mão dele ate o seu rosto, e carinhosamente, secou as lagrimas. Aproximou os seus rostos e sorriu diante do modo com que o rosto dela ficou vermelho – tão doce – murmurou ao tocar a testa dela com a sua.
O olhar de Jessy ficou hipnotizado pelo modo gentil de Jon. Ela não sabia mais a partir daquele dia começaria a ver a sua culpa de outra forma, graças ao homem a sua frente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance(Completo)
ótimo livro!!...
🥰 Amei...