Todos no hospital ficaram comovidos com o comportamento de Jon, pois ele não sairá de perto de Jessy nem um por um segundo. As enfermeiras sorriam felizes por vê-lo demonstrar seus sentimentos tão abertamente. Entretanto, Jessy continuava adormecida sem saber o que acontecia a sua volta. Jon levantou-se da cadeira afim de se espreguiçar e logo escutou a porta sendo aberta, olhou para trás sorrindo.
–Vejo que me parece renovado – a enfermeira comentou sorrindo ao ir em direção a Jessy – devo trazer café?
–Não precisa. Obrigado – sorriu – ela já deveria ter acordado – murmurou pensativo.
–Está realmente preocupado Doutor Phill. Ela logo acordará – sorriu ao trocar o soro e consultar a sua pressão – Ela esta ótima. Estou indo, pode me chamar se precisar de algo, Doutor. – Jon assentiu ao olhar para a mulher adormecida e com um suspiro retornou a cadeira, onde permaneceu observando a mulher a sua frente.
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Jessy não desejava acordar de seu sonho, mas aos poucos foi obrigada a abrir os seus olhos. Deparou-se com um quarto branco não demorando para saber onde estava. Olhou para o lado e viu Jon, sentado na cadeira olhando em seu aparelho celular, enquanto uma de suas mãos segurava a sua mão. Sentiu o calor dele, e através do calor o seu carinho.
“Ele é mesmo gentil. O que seria de mim se tivesse me apaixonado por ele? Eu seria feliz? Provavelmente sim”pensou ao suspirar. Segurou na mão dele, sorrindo com o modo com que ele a olhou – Ficou aqui a muito tempo? – perguntou gentil ao encará-lo com ternura.
–Nem tanto – tornou sem jeito ao olhar para ela com carinho – Estava preocupado.
–Eu estou..bem – o encarou apertando a sua mão ainda mais – obrigada por estar comigo.
–Não precisa agradecer, fiz o que meu coração mandou.
–Isso foi..
–Acho que cheguei em um momento delicado – Henry disse sorrindo ao olhar para o casal – devo retornar mais tarde?
–Não. Veio examina-la? – Jon questionou de modo profissional. Viu Henry assentir, e se afastou a contragosto de Jessy. Observou os procedimentos básicos , sorrindo em seguida diante do sorriso de Henry – Ela já pode ir?
–Sim – assentiu ao assinar algumas coisas em seu prontuário – Mas antes tenho que conversar com minha paciente a sós – falou ao olhar para Jon, o qual assentiu e retirou-se – Bem, Ainda não me apresentei corretamente. Sou Doutor Henry, o seu medico. É um prazer conhecê-la, mas espero não vê-la aqui novamente como paciente. Pelo o que vi, em seu exame, esta sofrendo de anemia e já tem um tempo. Porque não anda se alimentando? Algum motivo especifico?
–Apenas não sinto muita vontade – confessou cabisbaixa.
–Acredito que ficar sem comer não irá melhorar os seus problemas ou lhe dar alegrias – tornou pensativo – vamos fazer assim, irei lhe passar algumas vitaminas e volta daqui a dois meses para fazer alguns exames. O que acha?
–Tudo bem – assentiu ao vê-lo prescrever as vitaminas e lhe entregar a receita, segundos depois – isso.. é tudo?
–Sim. Já pode ir para casa.
–Obrigada. – agradeceu assim que ele deu as costas e foi em direção a porta.
–Ah! Não precisa se preocupar com pagamento de nada. Tudo já foi resolvido – falou ao abrir a porta.
–Por quem? – indagou confusa.
–Por um amigo – disse evasivo ao sair deixando-a pensativa para trás. Jessy segurava a receita confusa por mais que pensasse apenas uma pessoa lhe veio a mente.
–Jon. Só pode ter sido ele – murmurou para si mesma.
***
Por mais inúmeras pessoas passassem pela entrada do hospital por hora, Valentin Magno era um homem que se destacava. A cada passo que ele dava em direção ao elevador atraia olhares para si, talvez pelo seu olhar determinado ou pelo seu semblante sério. Ao entrar no elevador apertou o botão esperando que os segundos que levaria ele a Jessy fossem o mais rápido possível. Pela primeira vez em muito tempo Valentin sentia-se vivo pelo que estava prestes a fazer. A medida que caminhava pelo corredor em direção ao quarto dela, começara a se perguntar desde quando começara a ficar obcecado por ela. Sorriu consigo mesmo ao perceber que seria impossível distinguir o tempo exato.
–Não vamos parar agora – disse a si mesmo ao abrir a porta do quarto e avistá-la sentada na cama, já arrumada para ir embora. Viu o olhar surpreso dela, observou o modo como seus lábios estavam entreabertos e sem conseguir conter-se, Valentin caminhou ate ela, parou em sua frente e a encarou demoradamente – O.. que esta fazendo..aqui? - Jessy indagou pasma pela presença dele.
–Vim atrás de você – respondeu sério.
–De mim?
–Estou ficando cansado disso tudo. Vim ate você, mas esta será a ultima vez.
–Do que esta falando?
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