Segunda Chance(Completo) romance Capítulo 25

O sol ainda estava surgindo timidamente quando o portão do edifício em uma área residencial abriu-se dando passagem para Vanda, a qual estranhou ao ver Alejandro parado em frente ao seu edifício assim que saiu. Sorriu ao caminhar ate ele passando a mão pelo seu cabelo.

–Bom dia – falou sorrindo tomando consciência do semblante sério dele em seguida – aconteceu algo?

–Acho que vai acontecer – tornou misterioso ao encará-la – esta com tempo?

–Eu estou indo trabalhar.

–Posso te levar? Assim podemos conversar mais – a viu assentir, sorrindo em seguida. Alejandro abriu a porta de seu carro, um modelo do ano anterior esportivo, permitindo que ela entrasse. Deu a volta, entrou no carro e o ligou – deve chegar mais cedo hoje – falou ao dar ré.

–Sim, provavelmente, mas o que houve? Parece que você esta muito preocupado.

–Um pouco – admitiu sem graça – não imaginei que fosse um livro aberto. – sorriu ao olhar para ela de relance – Valentin diria algo como: se demonstrar seu emocional poderá por em risco todas as suas oportunidades. E bem..ele não esta totalmente errado.

–Gosta mesmo dele, não é?

–Sim –assentiu envolto em recordações – nos conhecemos desde jovens. Minha família não tem tantas posses quanto a dele, sabe? As vezes era excluído, mas de alguma forma acabei virando amigo dele e de Victor. Éramos inseparáveis. – aos poucos o seu sorriso sumiu de sua face – muitos acham Valentin frio e insensível, mas a verdade é que ele e Victor se completavam. De alguma forma, Valentin se sacrificava para fazer o seu irmão feliz e Victor era feliz por Valentin. Provavelmente ninguém entenderia isso, não é? Eles realmente tinham uma ligação única.

–Então esta dizendo que agora concorda com o que ele esta fazendo?

–Não, nunca irei concordar. Só estou preocupado com ele, no final.

–Com ele? Me parece que a única vitima é ela. – retrucou.

–Imagino que deve ter motivos para pensar assim, mas.. eu o conheço bem, sei que ao final o único triste, culpado e machucado será ele.

–Acho que esta o superestimando. A meu ver a única machucada, triste e iludida será ela. – murmurou ao fazer uma careta sem perceber o sorriso divertido que estampava a face de Alejandro.

–Porque não sai comigo um dia desses? – Alejandro falou atraindo a sua atenção deixando-a encabulada. A viu sorrir de forma discreta – isso é um sim?

–Sim – assentiu ao olhar para ele. Alejandro prometeu a si mesmo não intervir mais na vingança de Valentin, pelo menos ate ver o modo como Jessy estava envolvida naquela situação. – “Se eu perceber que algo ruim poderá acontecer a ela. Eu farei algo” prometeu a si mesmo.

***

Jessy retirou a coberta de cima de si ao escutar o despertador tocar. Ela sentia o seu corpo pesado, seu corpo estava dolorido e sua cabeça latejava. Olhou para a janela sentindo um desconforto com a luz solar. Levantou-se contra a sua vontade e indo contra a vontade seu corpo, o qual pedia, implorava, por repouso. Tomou um banho demorado e logo se encontrava vestida, indo para o hotel Magno.

***

Vanda olhou para o semblante de Jessy pasma. Durante o tempo em que trabalhavam juntas nunca tinha a visto daquele estado. Seu rosto estava pálido, seu nariz avermelhado, enquanto seu olhar demonstrava cansaço.

–Você esta bem? – Vanda indagou solicita quando Jessy sentou-se em sua mesa.

–S..Sim – murmurou com dificuldade tentando sorrir – devo estar apenas ficando resfriada. Há muito o que fazer?

–Ainda não. O Sr Magno avisou que chegaria mais tarde hoje. Porque não vai pra copa descansar um pouco?

–Se descansar agora não vou querer levantar mais – disse sorridente – vou caminhar um pouco pelo hotel, enquanto ele não chega. – viu Vanda assentir preocupada, levantou-se se controlando para não cambalear ate o elevador. – O que há comigo afinal? – se perguntou ao levar a mão a sua têmpora assim que as portas do elevador se fecharam. Respirou fundo incontáveis vezes tentando melhorar, mas cada vez sentia-se pior. Quando estava prestes a apertar o botão do andar, lembrou-se do terraço – devo melhorar se deitar um pouco – murmurou ao ir em direção ao terraço. Assim que abriu a porta, viu o céu ficar nublado com apenas alguns raios de sol iluminar o céu. Deitou-se no banco, se encolheu e fechou os olhos. Não demorando para adormecer profundamente.

***

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