Resumo do capítulo Não havia nada do livro Segunda Chance(Completo) de Thay
Descubra os acontecimentos mais importantes de Não havia nada, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Segunda Chance(Completo). Com a escrita envolvente de Thay, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
O clima no setor da presidência no hotel Magno encontrava-se intragável. Uma atmosfera nostálgica e depressiva inundava o local. Todos trabalhavam com receio do que viria a seguir. O humor de Valentin mantinha-se estável, enquanto Jessy mantinha a sua face impassível. Duvidas começavam a assolar a sua mente perguntando-se o quanto ele sabia sobre a sua vida.
Valentin suspirou ao ver o desenho que fizera no papel. O segurou em frente ao seu rosto confuso. Para ele, aquilo tudo estava começando a se tornar uma loucura. Colocou o desenho em sua mesa e com delicadeza contornou o rosto da mulher que havia desenhado. Após dar-se conta do que estava fazendo, amassou o papel e o jogou no lixo.
–Estou sendo extremamente infantil para um homem da minha idade – resmungou ao pegar o papel do lixo, desamassa-lo e o colocar dentro de uma gaveta vazia. Escutou a batida característica de Vanda e a mandou entrar – Sim. – disse ao ver a sua secretaria entrar segurando uma agenda – algo que esqueci?
–Sim, há um almoço com a sua mãe daqui a trinta minutos no restaurante do hotel.
–Cancele – tornou sério e frio.
–Vossa mãe já se encontra no restaurante – tornou de forma polida como estava acostumada a trata-lo. –Devo enviar um mensageiro então?
–Não – negou ao menear a cabeça – é melhor ir pessoalmente. – sorriu levemente ao ver a expressão de surpresa dela – Achou mesmo que eu deixaria um mensageiro enfrentar aquela mulher? É melhor se apressar para que eu possa sair antes dela aparecer aqui - levantou-se retirando o seu paletó e a gravata. Passou por Vanda saindo de sua sala primeiro. Nem ele mesmo se entendia, apenas sentia que se continuasse ali acabaria sufocado. Olhou de relance para a mesa de Jessy, encontrando-a vazia. –Onde esta a senhorita Smiths? – Valentin indagou ao escutar o barulho do salto de Vanda colidir com o chão de mármore.
–Foi entregar alguns documentos no financeiro – explicou observando-o atentamente. Sem lhe dizer mais nada, ele se afastou rapidamente tomando as escadas – É a primeira vez que ele faz isso – sussurrou consigo com um sorriso divertido na face – quem imaginaria que Valentin Magno fugiria de algo. Valentin continuou descendo as escadas e sem saber como parou no 20º andar. Olhou para a placa identificando o andar e avançou em direção a sala do financeiro.
“Curiosidade.. estou apenas indo ate lá por curiosidade” disse a si mesmo, enganando-se, a medida que caminhava pelo corredor. Passou por hospedes, empregados ate deparar-se com a porta indicando o setor financeiro. Hesitou ao abrir a porta, mas ao faze-la viu apenas o encarregado, solitário, na sala.
–Posso ajudar em algo, Senhor Magno? – indagou surpreso, levantando-se com rapidez.
–Já vieram lhe entregar o relatório financeiro?
–Já sim – assentiu confuso – já faz uma hora.
Do mesmo modo que entrou, Valentin saiu. Não era difícil imaginar onde Jessy estaria naquele momento.
Jessy sentiu a brisa tocar o seu rosto e fechou os olhos para sentir com mais intensidade. Ela não sabia o que sentir em relação a Jon, a sua proposta a deixara surpresa e confusa. Sabia que nunca esqueceria Victor e não tinha certeza se estava preparada para o que ele queria. Ela não estava pronta para se relacionar com alguém. Sem perceber Valentin entrou no terraço ficando parado, atrás dela, observando-a da mesma forma que acostumara-se a fazer ultimamente. O modo como ela arqueou o seu corpo, o vento batendo em seu cabelo, suas mãos, suas pernas, tudo estava sendo avaliado por ele.
Jessy sentiu algo atrás de si. Com a sensação que estava sendo observada, virou-se lentamente e ao ver Valentin parado atrás de si, desejou não ter feito aquilo. Por algum motivo, ele estava lembrando Victor ainda mais aquele dia. Se olharam por longos instantes. O vento frio passava por eles. O aroma de seus perfumes se combinavam de forma singular e singela naquele lugar esquecido por todos do hotel.
–Vejo que fugiu do trabalho – Valentin foi o primeiro a falar. A sua face outrora séria estava tranquila como se tivesse ficado sem problemas.
–Não... foi isso – murmurou envergonhada, pois fora exatamente isso que fizera após entregar o relatório – posso lhe perguntar algo?
–Diga.
–Você e Victor...costumavam conversar muito? – Ao proferir o nome de seu irmão, viu o olhar dele se endurecer por alguns instantes. – não precisa falar se não desejar.
–Falávamos por horas seguidas. Porque? Acha que eras o assunto? Não se iluda.
–Não é isso – mentiu, pois era exatamente nisso em que pensava. Suspirou ao se dar conta do que estava fazendo – esqueça, Senhor Magno, é melhor retornar ao trabalho – disse ao caminhar em direção a saída, mas ao passar por ele, o viu ficar em sua frente, impedindo-a de sair. –O que...
–Porque costuma vir aqui? – Valentin indagou ao encará-la. Seus olhares permaneceram presos um ao outro. Em seu intimo, Valentin, tinha consciência do que ela falaria para ele e de como ela se sentia. O seu único medo era de se sentirem da mesma forma e aquilo aproximá-los mais do que ele imaginava ser coerente para o seu plano. –Diga-me – insistiu diante do silencio da mulher a sua frente. Valentin não precisava olhar para suas mãos para perceber o quão tremulas estavam, pois seus lábios a denunciavam.
–Eu...venho pensar – falou por fim aparentando tranquilidade. Todos os momentos o seu foco estava na pinta no rosto de Valentin. Ela tinha, ela desejava, que a realidade lhe abrisse os olhos e percebesse que o homem a sua frente nunca seria Victor. Ele sempre seria Valentin Magno.
–Pensar? Em que? Em seu amante? – o olhar frio dele a deixou sem palavras por alguns instantes.
–Amante? O senhor esta com muito tempo livre para imaginar tais situações, agora se me der licença vou trabalhar – avançou para o lado, mas logo sentiu a mão dele em seu braço – respondi a sua pergunta, o que me prende aqui ainda?
–Eu – respondeu com um sorriso na face. –Irá sair quando estiver satisfeito com as respostas que me dará.
–Esta exagerando, Senhor Magno. Sou sua funcionaria neste momento e estou considerando isso abuso de poder.
–E eu pensei que fosse a sua mãe e ela a sua noiva e portanto tivéssemos prioridade. – Grace respondeu séria. – e pelo que vejo não estava tão ocupado, tanto que veio logo que eu liguei.
–Como não viria depois que ameaçou ir atrás de mim? Acha isso lógico? Vim apenas lhe informar que da próxima vez que tentar usar tais subterfúgios comigo, irei esquecer-me que és minha mãe por alguns minutos. Espero que entenda o que quero dizer. – ao ver o semblante dela empalidecer, sorriu. Olhou para Luiza e a vendo em silencio lhe proferiu as palavras – Não deveria agir assim. Sabe o que me parece? Uma mulher fraca, e eu odeio pessoas assim. – a olhou por alguns segundos a espera de uma resposta, a qual não veio. Com um suspiro, deu s costas e saiu apressado do restaurante antes que sua mãe falasse algo.
***
Jon adentrou no saguão do hotel Magno com um sorriso em sua face. Caminhou-se ate o balcão de informações e com um sorriso na face perguntou sobre Jessy tendo como resposta o andar onde ela trabalhava. Ele sabia que estava forçando uma situação, mas estava sentindo saudades dela. Caminhou ate o elevador e quando estava prestes a apertar o botão, olhou para o lado e a viu caminhar distraida em sua direção.
–Se isso não for o destino, eu realmente não sei o que é – Jon murmurou para si mesmo ao caminhar em sua direção, parando em sua frente bloqueando a passagem. A viu erguer o olhar demonstrando a surpresa em vê-lo. Ficaram se encarando por alguns instantes ate Jessy lhe indagar o motivo dele estar ali – vim ver como esta a minha paciente – respondeu com um sorriso tímido – esta melhor?
–Sim – assentiu sem jeito – veio...por estar preocupado comigo?
–É claro, mas tinha certeza que estava melhor, afinal fui eu quem cuidou de você.
Jessy sorriu levemente ao lembrar-se de Valentin cuidando dela. Apenas assentiu diante do comentário de Jon. Ela não sabia como agir em sua frente.
–Pelo visto ainda esta trabalhando – murmurou pensativo – imaginei que estivesse em horário de almoço, por isso vim. Quis convidá-la para almoçar comigo.
–Eu.. ficaria muito feliz em almoçar com você – disse percebendo ser verdade. Ela se sentia extremamente bem ao lado dele – mas só poderei almoçar daqui a uma hora.
–Sem problemas – sorriu – volto em uma hora e poderemos almoçar. Que tal? – a viu assentir com um sorriso singelo na face, o que o deixou feliz. Despediu-se rapidamente e logo tomava as ruas da cidade sem perceber que durante o tempo em que esteve conversando com Jessy, estava sendo observado.
Assim que Valentin sairá do restaurante se encaminhou para o saguão do hotel e sem perceber, seu olhar foi direcionado para um homem. O mesmo homem que vira entrar no apartamento de Jessy. Com cuidado, observou-o ate que viu Jessy ir ate ele.
–És tão dissimulada quanto faz parecer ou o errado sou eu por imaginar coisas demais? – Valentin se perguntou assim que viu Jon ir embora sozinho com um sorriso na face. Olhou para Jessy buscando traços de felicidade e encontrou apenas duvidas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance(Completo)
ótimo livro!!...
🥰 Amei...