Vendida para o Don romance Capítulo 104

CAPÍTULO 105

Enzo Fernandez Duarte

A forma como ela me olhou me disse muita coisa do que aconteceria a seguir.

— Como é? — deitei na cama e Rebeca me encarou ainda em pé.

— Ninguém mandou ser tão gostosa! — adorei dizer aquilo, mas ela me olhou pasma.

— Não acredito, nisso! Está querendo me engravidar? — colocou a mão na cintura, toda brava.

— Ué, algum problema? — Rebeca começou a me chacoalhar e arrancar da cama, e como estava divertido vê-la assim, eu deixei.

— LEVANTA DAÍ! SE VIRA, ENZO DUARTE! SE VIRA! TIRA A BUNDA DO COLCHÃO E VAI NUMA FARMÁCIA BUSCAR UM REMÉDIO, AGORA MESMO! — foi me empurrando, me fazendo andar de costas.

— Que isso, Rebeca? Vai me deixar sair pelado? Quer que todas me vejam? — ela simplesmente parou e desceu os olhos no meu pau, como uma descarada.

— Nem pensar! Se eu souber que alguma vadia olhou pra você assim, te juro que amanhece sem! — olhei pasmo.

— Credo! Faria isso? — parei colocando a mão na cintura e ela se abaixou começando a procurar algo.

— Paga pra ver! Ninguém mandou casar comigo. Você pode fazer a merda e achar que está tudo bem! E num belo dia acordará lamentando do que já teve! — jogou a roupa em mim. — Agora vai e não me apareça sem o remédio! — foi andando até o banheiro.

— Caralho, que mulher brava eu arrumei! — eu disse e então ela gritou lá de dentro:

— Bem vindo ao lar! — eu ri sozinho quando vi que teria que me vestir sujo, sem tomar um banho e ainda ir pessoalmente à uma farmácia. — Não esquece de comprar um suco de laranja, e já trás um doce!

— Você nem comeu o bolo! — estranhei.

— O bolo vou comer já, quero um chocolate para comer de tarde! — ela gritando e eu feito tonto, acatando ordens da minha nova fera que voltou a ficar solta.

Acabei saindo e indo até a farmácia, mas na verdade, eu não queria evitar gravidez nenhuma, não com ela. Rebeca é só minha, nunca esteve nas mãos de ninguém, até beijar percebi que aprendeu melhor comigo. Porquê eu não gostaria que fosse ela a carregar o meu filho?

Sem contar que grávida, ficaria mais fácil de controlar. Então fiquei parado na farmácia e aproveitei para comprar vários chocolates, peguei o suco, fui até o farmacêutico e falei:

— Bom dia! Eu preciso de uma boa vitamina, tipo dessas que as mulheres tomam no início da gravidez, sabe?

— Ah, sim! Mas, não trouxe a receita? Normalmente o obstetra passa um que seja mais indicado! — ficou me olhando com aquele óculos preto e cara de sonso. Respirei fundo.

— Olha só... eu pago o dobro, mas quero uma merda dessas, e ainda preciso que me venda algo para controlar os dias que ela vai tomar, poderia ser uma caixinha organizadora, entendeu? — coloquei a mão na cintura, mexendo na arma e ele viu.

— Entendi, senhor! — virou as costas e pegou, então eu mesmo abri a embalagem e distribuí naquela caixinha. — O senhor precisa pagar lá no caixa. — coloquei muitos dólares no balcão e saí, não iria pegar fila porra nenhuma!

Quando cheguei senti um cheiro bom, fui até a cozinha e Rebeca estava cozinhando. A diaba usava uma calcinha com sutiã vermelho, havia prendido os cabelos e ficou sexy pra caramba daquele jeito.

— Está adorando me provocar, né? — fui por trás dela a agarrando.

— Sai pra lá, que tô deprimida! Aquela panela quebrou, posso estar grávida e não tenho mais um trabalho! — a soltei e virei a sacola na mesa, quem sabe, os chocolates não acalmariam a minha fera?

— Estão aí...

— Agora vou tomar o café e comer o bolo, também fiz ovos com bacon, a minha mãe me disse para fazer quando casasse! — fiquei olhando pra ela por um tempo, observando tudo o que fazia.

— Rebeca... você realmente quer fazer enfermagem? Porquê não te vejo como enfermeira...

— Na verdade, na verdade, não sei! Acho que nasci para ser mafiosa e não sabia, se você me ensinasse...

— Nem pensar! É melhor a gente comer e mudar o assunto. — peguei os ovos com o bacon e coloquei na mesa.

— Então me deixe trabalhar na boate! — a encarei furioso.

— Não vai ficar as vistas daqueles lobos atrás ovelhinhas! E, agora coma que vai esfriar! — ela me olhou tão feio que cheguei a disfarçar e fui comer também.

Vi que ela se calou por um tempo e só comeu. Então depois pegou o remédio e ficou olhando, eu quase engasguei com a comida quando ela perguntou:

— Tem certeza que é esse? Está meio estranho, não veio a bula?

— É esse, já pedi para deixar separado para você não esquecer! — ela assentiu meio estranha, mas tomou.

O meu celular tocou, então vi que era o meu pai.

— Filho, está muito ocupado?

— Agora, agora, não! Porquê? — parei os olhos nos seios lindos da Rebeca, naquele sutiã com renda.

— Tivemos um problema, a Laura foi sequestrada hoje, e vou investigar para o Don, então não consegui ninguém de confiança para ficar aqui, se puder vir... — “puts, vou perder o pega bom!“

— Mas, a Laura está sumida ainda?

— Não. O noivo dela a salvou, mas o Don quer saber mais, ok?

— Ok. Mais tarde estarei aí!

— Obrigado, filho! — Rebeca me olhou.

— Quem morreu?

— Ninguém morreu. É que preciso trabalhar!

— Pensei que gostasse do trabalho, mas parece estressado agora.

— Gosto. Mas, não na minha lua de mel! — continuou comendo normalmente.

— Posso ir com você?

— Não, você fica!

— Que pena... eu estava com uns planos naquele seu quarto, eu iria agora mesmo perguntar se ainda havia algemas... — na mesma hora a encarei.

— Está me chantagiando?

— Não. De forma alguma... também posso ficar em casa, mas aposto que estarei dormindo quando chegar. — levantei uma das sobrancelhas, aquela diaba estava me testando.

— Já deve ter notado que tenho especialidade em te acordar, não é? — levantei da mesa e tentei beijá-la, mas me empurrou, brava.

Tomei um banho rápido e fui para a boate. É uma merda, trabalhar na lua de mel, mas fazer o quê, não é?

O movimento estava normal, cuidei de alguns assuntos, então sentei no balcão do bar. Reparei que uma mulher chamava a atenção do outro lado da boate, usava uma bota preta e um sobretudo fino que cobria todo o corpo, estava de cabelo preso e...

— Puta que pariu! Eu vou matar a Rebeca!

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