Vendida para o Don romance Capítulo 105

CAPÍTULO 106

Rebeca Prass Duarte

(1 hora antes)

— Fabi? — pergunto ao ouvir a voz da minha irmã, ao me atender.

— Rebeca? O que aconteceu? Está tudo bem?Porquê está me ligando em plena lua de mel? — ela questiona apressada.

— Calma, está tudo ótimo! Só liguei por uma dúvida boba que estou aqui, até meio sem sentido...

— Rebeca, o que o Enzo fez com você? Desde quando dá voltas para falar algo? — levantei daquela mesa de uma vez, a minha paciência já era pouca.

— Tá, esquece! Só me diga com detalhes como eram os medicamentos que a médica te deu quando você me contou que precisou da pílula do dia seguinte!

— Ah, não! Você já...

— Fabiana, não enrola! Eu casei, queria que tivesse ficado virgem para sempre? — dei a volta na mesa, enquanto ainda observava aqueles remédios naquele porta-comprimidos.

— Caramba... olha eu me lembro que era um comprimido rosa claro, quase branco, dose única!

— Puta que pariu! — bati com a mão na mesa.

— O que foi?

— Aquele Enzo é um homem morto! Mal casei e vou ficar viúva! — apertei aqueles remédios com força.

— Meu Deus, Rebeca! O que ele fez?

— Me trouxe um porta-comprimidos cheio de remédios grandes e cor vinho, quase marrom! São muitos, Fabiana... muitos! Sei lá que desgrama é isso, mas se eu já havia ouvido falar que era um só, por isso fiquei tão desconfiada!

— Olha, se for como estou pensando... esses comprimidos marrons são para gestantes, o Antony comprou vários pra mim!

— Eu acabo com a raça daquele mentiroso!

— Tadinho, Rebeca! Talvez ele só queira um filho!

— Então ele que vá parir! A escolha deveria ser minha também, isso não vai ficar assim!

— O que vai fazer?

— Vou fazer uma visitinha ao meu marido do coração! Depois eu te conto... beijo irmã! — ainda ouvi ela me pedindo para esperar, mas eu tinha pressa, desliguei e então fui procurar uma roupa.

Vesti apenas um sobretudo fininho que o Enzo comprou esses dias, cobre quase tudo, mas vou usar com lingerie.

Peguei uma bolsa, guardei os remédios e então peguei uma faquinha pequena que gostei de cortar o bacon e enfiei junto.

Pedi para o motorista me levar na boate, no caminho passei numa farmácia, comprei o remédio certo e tomei lá mesmo, continuando o meu percurso até o maldito. Na boate, ninguém me barrou ou revistou, porque me conhecem, e para provocar mais me juntei as putanas, embora a maioria delas sejam invejosas então fiz amizade com uma mulher nova que estava frequentando o bar.

Quando ouvi a voz do maldito sorri satisfeita, o meu momento havia chegado.

— Rebeca, vem aqui, agora! — Ele falou firme, agora se acha no direito de estar irritado, se ele soubesse como “eu” estou...

— Estou ocupada! Conheci uma pessoa nova, e ela pediu uma bebida, vou lá buscar! — eu disse debochada, olhei para a mulher. — Eu já volto Débora!

— Tá bom, meu amor! Eu espero... você é muito gentil, hein?! — Enzo me olhou furioso, é assim que gosto de vê-lo, se não for para causar eu nem começo!

Mal saí e ele veio no meu rastro, sabe que não pode fazer escândalos aqui dentro.

— Rebeca, larga isso e vem agora mesmo para aquele quarto! — falou praticamente no meu ouvido.

— Você não manda em mim, Enzo! Se pensou que eu seria submissa como a minha irmã, com certeza se auto-sabotou, sou muito mais eu! — ele ficou vermelho, passou a mão no rosto, bagunçou o cabelo, parecia cego. Disfarçou e me pressionou no bar.

— Eu acho que você veio atrás porque sentiu a minha falta! Porque não para de manha e vem para o quarto, mostrar o que tem por baixo desse sobretudo!

— Vai lá, meu bem! Entra, senta naquela cadeira e me espera... vim realizar os teus desejos, e os meus... já chego lá para te mostrar que vim aqui só com aquela lingerie vermelha!

— Sério? — estava desconfiado, mas já melhorou a cara.

— Sim... — peguei a bebida.

— Mesmo assim eu quero conversar! — tentou marcar território que ele nem tem.

— Está bem! — sorri provocante.

Vi que ele pegou uma garrafa e dois copos, então levou para o quarto.

Eu levei a bebida para a Débora e então começaria o show.

Quando entrei no quarto ele estava lá, sentado na cadeira e com a camisa aberta. Eu me certifiquei de trancar a porta, e joguei a chave dentro do cano da minha bota.

Ele serviu uma bebida. Virei o copo de uma vez, assim como ele, então senti ele por trás de mim, agarrou o meu rabo de cavalo, me empurrou até o armário e fez a minha cara encostar na madeira fria, puxando o meu quadril pra ele.

— Gosta de me enlouquecer, não é? — senti o sobretudo ser erguido e a mão esquerda dele, na minha bunda. — DIABA MALEDETTA! ESTÁ SEM ROUPA! — senti um tapa forte na minha bunda e gostei, mas eu precisava me manter firme, ele pagaria caro.

— Senta na cadeira! — ouvi o seu gemido quando enfiei a mão por trás tocando o pau dele, pelo visto se surpreendeu.

— Pra quê? — senti ele tirando o pau pra fora, então acabou a paciência. Com ele desprevenido e pênis à mostra eu o empurrei na cadeira, o fazendo arregalar os olhos.

— Nossa! Tô gostando de ver! Acho que vou te trazer aqui mais vezes! — coloquei a mão no peito dele e fui por trás, o massageando por alguns segundos, e então quando o vi relaxar abri a gaveta, já vendo mais algemas ali, então prendi um dos pulsos dele no outro, e agora ele me paga.

— O que está fazendo? Gostou de algemas? — ele perguntou e então tirei a faca da bolsa.

— CALA A BOCA SEU BABACA! — levei a faca na sua garganta.

— QUE ISSO, REBECA! O QUE... O QUE ACONTECEU? — a sua feição mudou, parecia preocupado, tentou erguer o corpo da cadeira, olhou em volta, mas eu não cederia, não dessa vez...

— PENSA QUE SOU UMA BURRA? UMA IDIOTA QUE VEM DE CLASSE POBRE E NÃO SABE NADA DA VIDA? AH, MEU BEM! — apertei o pescoço dele com a outra mão, fiquei com raiva.

— CARALHO, MULHER! QUER ME MATAR? — gritou quando soltei, mas com as mãos presas ele não conseguia nem se levantar!

— QUERO MATAR, MESMO! VOU MATAR VOCÊ, ESTÁ ME ENTENDENDO? — puxei aquele cabelo dele bem forte. — VOU TE FAZER ENGOLIR TODAS AQUELAS PÍLULAS DO DIA SEGUINTE! AHHHH NÃO SÃO, NÃO É MESMO? — soltei ele ficando na sua frente, o intimando, deixei a faca na frente dele, bem a sua vista.

— Co... como você soube? — perguntou mais baixo agora, até gaguejou, olhou para a faca, depois pra mim. — REBECA! COMO SOUBE, CARAMBA?

— VÁ SE FERRAR! — abri a bolsa e tirei aquele porta-comprimidos de lá, joguei a bolsa em cima do armário. — AGORA VOCÊ VAI SABER COM QUEM SE CASOU, SEU FILHO DA MÃE!

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