Vendida para o Don romance Capítulo 110

CAPÍTULO 111

Don Antony Strondda

Eu estava saindo para ir à boate, quando passei pelo jardim. Haviam umas rosas lindas, precisei parar para colher uma delas.

— Filipa! Leve para o quarto da Fabiana! — pedi para a empregada.

— Sim, senhor! — então saí, fui para a boate.

Enzo estava muito estranho, ultimamente anda mais agitado e até mais agressivo nas torturas.

Assim que cheguei na boate, encontrei com Salvatore, estava no bar e uma mulher o acompanhava. Toda vez que olho pra ele, tenho a impressão de que deveria cumprimentar, me aproximar, mas vou esperar o meu pai dizer algo a respeito disso.

Enzo me esperava no espaço VIP, estava fumando.

— E, aí primo? Como está? — perguntei e me sentei na minha cadeira, tentando afastar um pouco da fumaça.

— Cara... não consigo resolver as coisas, parece que estou perdendo o controle. Aqui tenho tudo controlado, e a minha mulher que é tão pequena, não consigo! — fiquei olhando pra ele e pensando.

— Olha... vejo que está fumando, e só faz isso quando está estressado! Você sabe que a Rebeca não gosta, não é? — levantou irritado e jogou no lixo.

— Esse é o problema! A fera não gosta disso, a fera não gosta daquilo! Eu não vou parar a minha vida para viver a dela! — foi de um lado para o outro, passando as mãos nos cabelos.

— Então o que quer? E, quem é a fera? Chama a sua esposa assim?

— Eu não chamo, só penso... o mínimo que um cara como eu gostaria, é de ter respeito vindo dela, que ela me entendesse, fosse amorosa... porra! Porquê “você” ela respeita e eu, não? — levantei da cadeira respirando fundo, encostei o corpo na mesa.

— Cara... eu apenas trato a Rebeca com respeito. Eu nunca a distratei, a humilhei, fiz algo do tipo. Pelo que vi, você a distratou desde o primeiro dia que a viu, sem contar tantas outras coisas que eu soube!

— Isso já passou, a gente não se conhecia, mas agora estamos casados. Só esse fato já deveria mudar alguma coisa, você não acha? Porque não mudou nada, às vezes tenho a impressão de que piorou.

— Tá... se quer falar do casamento, vamos lá! Eu sei muito bem o que aconteceu depois que se casou...

— O quê?

— Você a desrespeitou, foi completamente idiota trocando o remédio dela, como queria que ela ficasse?

— Isso já faz um mês...

— E, conversaram sobre isso? Se desculpou com ela, fez algo para compensar? — ele ficou furioso.

— CARA, VOCÊ ESTÁ DEFENDENDO ELA!? — colocou as mãos sobre a mesa com raiva. — QUE MERDA! — virou de costas e respirei fundo.

— Porque me procurou?

— Não sei como resolver!

— Então precisa da minha opinião e estou dando, porra! Eu só estou tentando te ajudar a entender ela, quem sabe assim você não encontra as respostas e para de reclamar como uma menininha!

— Não sou como você, nem sei colher rosas que colhe!

— Enzo, escuta uma coisa! — gesticulei as mãos. — Você precisa amadurecer e conversar!

— A gente não presta conversando! A gente só funciona no sexo, essa é a verdade.

— Então pare com isso! Já viu que não resolveu, não é?

— Não... depois aquela diaba arruma um jeito de me deixar louco!

— Se você não ceder em nada, as coisas só vão se complicar! Um vai pegar raiva do outro... Enzo, você queria uma esposa, não uma das putas da boate, me lembro bem... escolheu a Rebeca e um dos motivos foi ela ser pura, mas você está estragando ela! — ele pareceu pensar, ficou em silêncio.

— Eu não tinha pensado sobre isso!

— Percebi...

— Vou tentar conversar com ela, porquê nunca fiz isso.

— Sente algo por ela?

— Gosto dela, e devo confessar que não é só sexo, o seu jeito agressiva também me atiça, mas as vezes eu só queria que ela fosse diferente, sabe?

— A Rebeca não sabe nada de um relacionamento, o que você ensinou a ela? Porque ela vai fazer o que você fizer, se não ensinou ela a ser carinhosa, ela não vai ser!

— Nada a ver! Isso vem de cada um, também precisou ensinar a Fabiana a te tocar e a te beijar? — neguei.

— Eu era como a Rebeca, e a Fabi me ensinou. As pessoas são diferentes, meu primo, tenho aprendido muito com a Fabiana, ela foi a melhor coisa que me aconteceu!

— Caramba...

— Se não quer deixar o seu casamento afundar, dê o primeiro passo!

— Vou conversar com ela, pelo menos tentar!

— Tente ser mais carinhoso, não precisa ser muita coisa, só precisa ser sincero!

— Tá, vou levar chocolates, acho que deve ajudar!

—Viu só? Você não sabe levar rosas, mas chocolates, sabe! As coisas não são tão complicadas.

— Isso é o que você diz! A única vez que a vi realmente feliz naquela casa, foi o dia em que você entregou aquela velha, mãe do tal Augusto que a levou do nosso casamento! — sorri me lembrando daquilo.

— Eu sei que ela é tua esposa, mas Rebeca daria uma bela mafiosa! Caso mude de ideia, me avise, eu iria gostar de vê-la nas torturas, tive pena daquela velha, cheguei a pensar que deveria ter matado de uma vez!

— O que ela fez, afinal? Acredita que ela não me contou, só porquê não pude ir com vocês e ficou com raiva? — gargalhei.

— Apareceu com a sua máquina de barbear e uma faca pequena. Então começou a passar no cabelo da velha e tirar foto, diversas fotos, uma pior que a outra, e depois foi cortando com a faca, o corpo da mulher, então me ofereci para terminar com aquilo, pois não queria que ela carregasse a morte, mas ela fez questão, atirou muitas vezes, até se cansar! — ele arregalou os olhos.

— Uma faca de cabo branco?

— Sim...

— Caralho! Tantas vezes a vi com aquela faca, vou começar a prestar mais atenção, não imaginei que seria capaz de usar.

— No seu caso só precisa conversar e parar de ser egoísta, quando ela se sentir pronta, ela mesma vai querer um filho, você vai ver! Dê motivos a ela para querer isso!

— Está bem, eu entendi! Amanhã te conto se deu certo...

Olhei o meu celular sobre a mesa e estranhei a mensagem, não consegui entender:

“Aqui é o soldado Matias, meu filho nasceu antes do esperado, mandei fazer um teste de DNA!“

— O que foi?

— Aquele soldado que levou a Susany... acho que tem dúvidas se o filho é mesmo dele, vou ter que verificar!

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