Vendida para o Don romance Capítulo 121

CAPÍTULO 125

Fabiana Prass

Assim que todos foram embora do chá revelação, eu respirei fundo e Antony percebeu.

— O que você tem, ragazza? — puxou uma cadeira e sentou na minha frente naquela grande copa.

— Antony...

— Hum...

— Porque me pediu suco, mais cedo? — olhei nos olhos dele, que estavam arregalados.

— Nada demais... me desculpe se te cansei...

— É sério que vai continuar com isso? Acho bom lembrar que sou a pessoa que mais pode confiar, e me tratar com respeito!

— Mas...

— Você me tratou como uma idiota! Eu não sou cega, vi que um homem morreu no meu chá revelação! Vi um corpo caído na minha frente, e você me pede um suco?

— Eu sinto muito, eu só tentei te proteger! — levantei chateada.

— Então dá próxima vez, vê se diz: “Fabiana, aqui está perigoso! Fique dentro de casa, que vou ali resolver”, sei lá o quê! Ao invés de me achar uma tonta que precisa fazer o suco! — falei irritada e ele se levantou na mesma hora, veio até a mim, e segurou o meu rosto.

— Ei, calma! Está bem, se quer saber tudo o que acontece, eu te digo..., mas não acho que você queira mesmo, saber...

— Eu fico muito mais nervosa se não souber! Até agora não sei o que aconteceu lá na mata, porquê vi que você foi! Te fiz suco de maracujá e você tomou sem perguntas, nem viu que suco era, porquê não queria suco nenhum!

— Tomei suco de maracujá?

— Dessa vez, sim! Mas na próxima não queira saber do que será, porquê isso me deixa bem irritada! — ele veio me agarrando e me apertando sobre a mesa.

— Babene... babene! Você está certa, eu deveria ter dito a verdade! Matei o intruso na mata, o responsável por tentar... — ele parecia pensar se me dizia e eu o encarei. — Tentar matar, você! — engoli seco. — Não se acalmou, não é? — neguei.

— Ainda assim preciso que diga a verdade! — ele me abraçou e apertou as minhas costas, acariciando.

— Babene!

— Fiquei tão nervosa com tudo aquilo...

— A minha vida é assim, amore mio! Infelizmente poderemos ter esses ataques, muitas vezes! Só precisamos alinhar melhor a equipe! — abri a boca e arregalei os olhos. — O que foi?

— Eu acho que ele mexeu! — falei apressada. — O bebê mexeu! — na mesma hora ele levou a mão até a minha barriga e tentou sentir.

— Mexeu? Não encontrei! — segurei na sua mão e coloquei sobre o lugar que senti o movimento.

— Acho que foi um pequeno chute! — sorri, mas ele não.

— Porquê parou? Ele não se mexeu agora! — reclamou, com uma péssima expressão.

— Há! — me assustei com ele me pegando no colo e levando até o sofá. Antony estava preocupado, começou a passar a mão por toda a minha barriga, ergueu a minha blusinha, e ficou tentando sentir o bebê.

— Está sentindo, ainda? — me perguntou, apalpando tudo.

— Sim, está aqui em baixo! — ele franziu o cenho, voltou a procurar, estava sério.

— Bambino cadê você? Faz favor de aparecer, cara! Não me faça ficar ansioso! — sorri com o jeito estranho dele falar com o bebê.

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