CAPÍTULO 126
Rebeca Prass Duarte
Eu não imaginei ouvir do Enzo o que ele sente por mim. Na verdade, eu só percebi que realmente sentia o mesmo, quando o ouvi dizendo, então eu tinha certeza que o que sentíamos era amor.
— Será que ainda tem gente lá fora? — perguntei ao me lembrar que alguns nos viram entrar.
— Só tem um jeito de descobrir! — Enzo sorriu com o canto da boca, e virou a chave da porta daquele banheiro. Fui até ele e bem perto perguntei:
— Acha que alguém ouviu? — soltei um leve sorriso.
— Você se importa? — questionou, mas dei de ombros. — Como eu pensei! — sorriu, terminando de abrir.
Quando saímos, parecia tudo fechado, e todos já haviam ido embora.
— Vai mesmo querer ficar com a arma menor? — ele perguntou.
— Sim! Quando tiver mais experiente eu vejo outras! — ele assentiu e fomos saindo.
Enzo puxou a minha cintura pra ele, andou agarrado a mim do lado de fora. Passamos por dentro da boate e a sensação agora, era diferente.
Ainda não consigo entender tudo o que eu sinto; nem ele, nem eu, somos estilo “românticos”, o nosso jeito é diferente, mas acho que está dando certo.
Sentei numa das mesas e estreitei os olhos quando uma puttana se aproximou dele. Coloquei o cotovelo sobre a mesa e fiquei observando.
— Veio cuidar do marido? — me distraí quando a Débora me chamou.
— Oi, Débora! Eu só estou observando... é sempre assim? Elas ficam vindo e com toda essa conversa pra cima do meu marido? — Débora sorriu.
— Pelo visto, você abriu os olhos!
— Como? — sentou ao meu lado.
— Começou a enxergar o Enzo... porque sempre foi assim, todos veem as puttanas darem em cima dele o tempo todo, e tá na cara que você nunca viu... — fiquei pensando e fui longe, coloquei a mão no peito quando vi ele acompanhar aquela franga branca de cabeça descolorida.
— Eu acabo com os dois se estiverem me enganando! — levantei com raiva para ir atrás, mas ela me segurou.
— Não faça, isso! Todos na boate comentam que ele não pega ninguém aqui! — sentei de novo.
— Não?
— Não. Esses dias rolou até uma aposta de quem conseguiria pegar o chefe, noturno! — abri a boca. — Eu acabo sabendo de muita coisa, aqui... — balancei a cabeça, mas não tenho sangue de barata, e falei.
— Só vou dar uma volta! — pisquei para ela que piscou pra mim.
Aquela putana estava de minissaia e bem curta. Imaginei onde ele tivesse ido, ela só poderia ter chamado para o estoque de bebidas, então fui até lá e me escondi na beira da porta.
Senti um movimento atrás de mim e quando olhei, a Débora estava logo atrás. Colocou o dedo na boca e pediu silêncio.
Comecei a olhar para o Enzo e a puttana, e contar para a Débora:
— Ela está mostrando as bebidas que faltam no estoque! — cochichei.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Vendida para o Don
A história no começo era boa mas do capítulo 100 pra la virou piada! Nunca vi tanto uma palavra em um livro como a palavra “assenti” so em um capítulo as vzs tem 4 a 5 vezes!...
Me interessei muito pela história, quando colocará mais capítulos? Ansiosa por mais...
Diz status concluído, cadê o restante dos capítulos?...
Quando vão postar os novos capítulos? Estou aguardando ansiosamente....