Vendida para o Don romance Capítulo 25

CAPÍTULO 25

Don Antony Strondda

Não, não pode ser! Estava bom demais para ser verdade... Ao ver que ela não sangrou me senti traído, enganado e a minha cabeça começou a dar voltas e a doer.

Ela começou a se explicar e dizer que não sabia o que havia acontecido, e eu gostaria de acreditar nela, mas a prova estava ali, como acreditaria?

Eu tenho responsabilidade, e como o Don deveria entregar o lençol, e não teria problema em seguir o conselho do meu pai, mas agora é diferente, perdi a confiança que tinha nela, não sei o que fazer.

Com a raiva baguncei todo o quarto. Sentei na poltrona, e cheguei a investigar o meu pênis para ver se não havia nenhum vestígio de sangue, e infelizmente não encontrei nada. O meu peito continuava acelerado, e eu nem conseguia olhar pra ela.

— Antony... eu posso tomar um banho? — ergui a cabeça e decidi olhar para ela enrolada no lençol, com o rosto inchado, os cabelos bagunçados e um pouco da maquiagem borrada.

— Vai! — falei apenas, e achei melhor ela sair de perto de mim, eu não a queria ali.

Fiquei do mesmo jeito por um bom tempo, esperei que ela saísse para entrar no banheiro.

Tomei um banho rápido, tinha coisas para resolver. Quando saí ela havia arrumado todo o quarto, já estava vestida, e entrando em baixo das cobertas.

Quando fui pegar uma roupa ela se levantou e tocou no meu braço, mas eu tirei.

— Agora vai ser assim? Não acredita em mim, e ainda não quer o meu toque, por que pensa que já fui de outro? — me virei pra ela.

— Você mentiu! Se tivesse me dito a verdade, eu não estaria assim... você não faz ideia do controle que estou exercendo sobre mim para não pirar, não enlouquecer! Tenho vontade de quebrar tudo que há nesse quarto! — ela encolheu a mão e se afastou.

— Tudo bem! Se essa é a sua escolha, eu entendo..., mas assim como você, me sinto traída, pensei que confiaria em mim. Eu vou provar o que eu disse, mas quero você bem longe de mim, não me tocará nunca mais! — ela se virou e entrou debaixo das cobertas, eu me apressei e me vesti rapidamente.

Arrumei o cabelo e saí do quarto, tranquei para que nenhum dos empregados curiosos fosse até lá. Independente do que aconteceu, ninguém pode saber sobre isso, ou o meu casamento estaria arruinado e eu precisaria de uma segunda esposa, e eu não estou disposto a me estressar mais, fora a minha reputação que ficaria manchada.

— Vai sair, Don? — um dos meus soldados perguntou.

— Sim, me ligaram do conselho... — menti e fui para o meu carro.

Dirigi furioso por alguns minutos, e assim que cheguei na casa dos meus pais, puxei o meu pai e nos trancamos no escritório.

— Por Deus, Antony! O que aconteceu com você?

— Ela mentiu pra mim! Ela não era virgem, entende? — passei as mãos pelos cabelos com raiva.

— Nossa, isso é grave! Então o casamento já foi consumado e você não tem a prova, por que ela não era pura? E, ela te contou isso só depois de tudo feito? — neguei.

— Não, ela jura que era virgem! Continua mentindo na minha cara! — me assustei quando a pequena porta do anexo se abriu e a minha mãe estava ali.

— Antony... diz pra mim que você não machucou a moça! — veio andando na minha direção, parecia brava. — Antony... — colocou as mãos sobre o meu peito, e senti que ela estava a ponto de me bater.

— Ela me trai, me engana, já foi de outro... e você quer defendê-la? — levei uma bofetada e fiquei paralisado.

— Eu não te ensinei a ser assim, aonde aprendeu isso, Antony? Você bateu nela, me diga?

— Não. Eu fiquei nervoso e a empurrei, mas...

— Filho, nem toda mulher sangra na primeira vez, e tem mulheres que demoram bastante tempo, e se esse for o caso dela? Não deveria ter humilhado a moça, pois te conheço bem, imagino que o fez... — meu pai falou.

— Eu não acredito nela. Não saiu nada. — A minha mãe ficou furiosa e eu me contive.

— Você fica aqui que eu vou lá conversar com ela, e não ouse aparecer se eu não chamar! — a minha mãe falou e eu me calei, ela deve estar muito nervosa para agir assim.

— Não chame a atenção dos empregados! Leve a chave do quarto! — ela me olhou furiosa.

— Eu não acredito que você fez isso! A trancou no quarto?

— Não me olhe assim, eu só evitei entrarem no quarto.

— Então tivesse pedido para que ela trancasse, não acha? — pegou a chave da minha mão, toda chateada e saiu.

Eu fiquei ali com o meu pai, que me trouxe um medicamento, mas não estava resolvendo, os meus nervos estavam a flor da pele.

— Vou cortar algo e manchar algum lençol daqui, preciso resolver isso! — comentei enquanto andava de um lado para outro.

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