Vendida para o Don romance Capítulo 29

CAPÍTULO 29

Fabiana Prass

Eu não acreditei na audácia daquela Susany. Ela deve ter doutorado em ser puttana, misericórdia.

A raiva me dominou e decidi pagar na mesma moeda, acho que quase enlouqueci o Don, já percebi que ele é facilmente domado com algumas coisas, o que facilita um pouco pra mim.

Não sei como explicar como eu me senti quando ele me levou no colo para aquela mesa. Muitas pessoas nos olhando, a maioria puttanas, e eu só não gargalhei para não envergonhar o Don, tenho bom senso, e ele está cumprindo com o combinado.

Percebi que ele evitou olhar para elas, parecia concentrado, e eu estava achando o máximo.

Quando eu fui colocada na mesa, encontrei o rosto que eu queria... a Susany, ela me encarava furiosa, e agora eu não aguentei e sorri pra ela, que parecia se remoer de raiva.

O Don foi até o meu salto, e quando ele se abaixou para pegar, eu fiz uma careta pra ela e outras puttanas riram, o Don me olhou e olhou em volta na mesma hora, então eu sorri e apontei para o casaquinho que estava ali perto, e ele foi pegar.

Aquele primo dele sorriu, tapando a boca para que o Don não visse. Susany colocou as duas mãos na cintura, estava visivelmente irritada, sentou numa cadeira e cruzou os braços à frente dela, na mesa em que estava.

Antony voltou para a mesa e começou a me vestir com o casaquinho, então levantou a mão chamando a Susany, que sorriu na mesma hora, pensando sei lá o que, deve ter pensado que o Don a queria... coitada!

Fiz uma pose mais chamativa, me esticando na mesa e levantei o pé com postura, e a Susany ficou olhando de perto, provavelmente sem entender o que acontecia.

— Me chamou, Don? O que deseja? — falou prontamente.

— Susany... preciso que vá até a cozinha e passe um pouco de café. A minha esposa pediu, então se atente com o açúcar, ela não gosta muito doce! — O Don falou e eu gargalhava internamente.

— Café? Como, café?

— É simples, ela quer café e eu estou pedindo para que você sirva. Até onde eu sei, você está em horário de expediente.

— Mas, fazer café não é a minha função. Você sabe exatamente qual é, aliás, quando vou começar a trabalhar?

— JÁ CHEGA! TRAZ LOGO A PORRA DO CAFÉ, QUE EU ESTOU MANDANDO! OU QUER SER DEMITIDA? — ele gritou irritado e ela lacrimejou os olhos, acho que o Don levou muito a sério o meu pedido.

— Está bem,, vou trazer o café! — ela não insistiu mais, e se retirou do local.

O Don terminou de colocar os meus saltos e me puxou para ele. Os seus olhos estavam escuros, ele iria aprontar alguma.

— Acho que o café vai demorar, quero um beijo!

— Não está merecendo... — ele me puxou para o seu colo, me tirando completamente da mesa, e me deixou em seus braços. Uma das suas mãos cobriu as minhas costas e a outra as pernas, cobertas apenas por uma meia fina.

— Eu disse que quero um beijo, ragazza! Não ouse a me desafiar! Não gosto de falar duas vezes. Você me fez ficar bem irritado agora, e eu quero um beijo! — olhei pra ele e pensei que não seria nada mal, aliás o beijo desse safado é o máximo, e não passaria disso.

Segurei o seu rosto e eu mesma o beijei. Não sei se, no fundo eu só quisesse marcar território ali, mas o negócio parecia ter pegado fogo.

O Don me atacou com fúria, a sua língua entrou na minha boca como se quisesse me engolir.

Naquele momento eu senti o seu nervosismo, ele parecia lidar com uma batalha interna, onde estava dividido entre me beijar e me punir, eu conseguia senti-lo, conseguia saber que ele estava agitado, mas o seu desejo louco em me possuir não o deixava me machucar, pois às vezes a sua mordida era dolorosa, mas eu gostava de cada uma dessas sensações que ele estava me causando.

Eu fiquei sem ar, mas ele não parava. Me deixava respirar muito pouco e capturava a minha boca novamente com a sua. Senti o toque suave da sua mão nas minhas pernas, mas não subiu, respeitou o meu limite.

Ao ouvir um pigarrear ele parou, em seguida ouvimos a voz da Susany.

— Está aí o café! — Antony me olhou e sussurrou.

— Ainda não acabamos, bela mia!

Peguei a xícara e fiquei esperando o café que não estava nela. Em seguida arrumei a do Don e olhei para a Susany.

— Sirva o café, Susany! — O Don falou, e ela bufou, mas pegou a garrafa e começou a servir.

— Prove o café, Susany! Quero saber se está bom! — falei e ela olhou feio, mas colocou a xícara do Don na boca e acho que nem tomou.

Eu apenas fingi que provei, e então devolvi. Antony fez uma cara estranha, mas não disse nada.

— Obrigada, Susany já pode ir. Acho que quero almoçar, não vou tomar café agora. Você vai querer o seu, Antony?

— Não. Vamos pra casa, estou fome! — as suas palavras eram maliciosas, deu para notar. Eu fingi que não vi, e me levantei, sentindo a mão dele na minha cintura.

Susany estava morrendo de raiva, e sussurrou quando eu levantei.

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