Resumo do capítulo Capítulo 34 Viagem para o Brasil do livro Vendida para o Don de Edi Beckert
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 34 Viagem para o Brasil, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Vendida para o Don. Com a escrita envolvente de Edi Beckert, esta obra-prima do gênero gangster continua a emocionar e surpreender a cada página.
CAPÍTULO 34
Fabiana Prass
Acordei com o Don em pé, terminando de colocar a sua boina e cachecol, fazia frio em Roma. Me encolhi com preguiça de levantar, mas ao me lembrar do motivo pelo qual eu levantaria tão cedo, criei coragem.
— Bom dia, ragazza!
— Bom dia! — corri até o closet procurando uma roupa e ele veio atrás de mim.
— Cadê o meu beijo de bom dia? — me lembrei de que ele havia pedido isso, eu deveria beijá-lo quando acordasse e todas às vezes que nos cumprimentássemos e nos despedíssemos.
— Estou morrendo de frio! — encostei os lábios nos dele, e voltei a procurar uma roupa, já colocando a lingerie.
— Comprei uma roupa linda pra você, bem quente! Está aqui atrás, olha! — me espantei quando vi um casaco de pele, ele tinha uma calça de couro justa, que combinava, uma básica preta e uma boina com os mesmos detalhes, pendurada no cachecol.
— Vou usar! — peguei as peças, mas fiquei com medo de usar, a minha família pensaria mal de mim, vestida tão ricamente.
Perdida nos meus pensamentos, que percebi que o Antony já estava me vestindo, ele me olhava diferente e eu poderia jurar que vi um sorriso ali. Não tive coragem de negar à roupa, já que foi ele quem escolheu.
— Você é perfeita! Quando vi a roupa imaginei que ficaria linda, mas subestimei a sua beleza, ficou maravilhosa em você! — coloquei a mão na sua testa na mesma hora, preocupada.
— Você está com febre, Don Antony? Me vestindo, e agora me elogiando, assim? — ele sorriu e me ergueu no seu colo, deixando as minhas pernas agarradas na sua cintura, e os meus braços ao redor do seu pescoço. Senti um frio na barriga, o que ele faria?
— Você é má! Será castigada senhora, Strondda! — me jogou na cama, colocou uma perna de um lado do meu corpo e outra do outro, segurou os meus pulsos, mas logo soltou, e eu nunca esperei o que ele faria em seguida... usou os dedos indicadores e me fez cócegas, por dentro do casaco, colocando e tirando muitas vezes, aqueles dedos duros de pouco acima da minha cintura, me fazendo gargalhar.
— Pare! Antony, isso não vale! Me solta... — eu não podia acreditar que estava presa pelas pernas, ele estava basicamente em cima de mim.
— Vou soltar, porque precisamos ir, o piloto está agendado às seis horas, mas não volte a fazer piadas, senhora Strondda! — levantou e me puxou, parecia que o humor dele havia voltado.
Passei por ele com um meio sorriso, indo até o banheiro, e levei um tapa na bunda. Voltei a encará-lo e ele sorriu satisfeito, que foi até engraçado... acabei não falando mais nada.
Terminei a higiene, e quando ele abriu a porta do quarto, puxei melhor o casaco, me cobrindo, e ele percebeu.
— Deixa que eu te esquento! Está mui bela para andar sozinha pela casa, ragazza! — ele me abraçou e andou comigo bem perto dele, até a porta de saída, os funcionários ficaram todos olhando, e adorei encarar a cara feia da Danúbia ao nos ver.
— Tragam as malas! — ele ordenou, e quando demos um passo para fora, estava escuro ainda, um leve chuvisco, e ele me pegou no colo, correndo comigo pela grama, até chegar no carro.
Conversamos pouco, e fiquei surpresa quando descobri que a família dele tinha um jato particular, parece que está há anos com eles.
Era lindo por dentro, e já tinha uma mesa posta com o café da manhã, poltronas confortáveis e até um quarto.
O voo foi tranquilo, nós comemos e conversamos sobre muitas coisas. Ele me contou detalhes de quando era pequeno, e eu comecei a desabafar sobre a minha vida.
— Eu trabalho desde pequena com reciclagem, sempre fui pobre, Antony!
— Agora não precisa mais trabalhar! Eu vou cuidar de você! — colocou a mão sobre a minha.
— Na verdade, eu gosto... não acho ruim. Embora seja um serviço que se suje, é tranquilo!
— Não inventa! Já chega ter usado aquele uniforme de empregada na sua própria casa! Agora é a dama da máfia, querida!
— Não me importo em ser simples!
— Mas, eu sim! Agora vem deitar um pouco, o voo é longo. — me puxou para o quarto.
— Aqui dentro é quentinho! — tirei o casaco e as botas, e então nos deitamos.
— Sim, bem confortável.
— Vejo que está mais calmo, hoje... — comentei ao me encostar nele.
— Sim, você me acalmou! Deixarei para pensar nos problemas depois!
— Você precisa de ajuda, com eles? Quem sabe eu não consigo te ajudar... — ele parecia pensar.
— Certo... considere assim: um certo cliente diz que foi enganado por uma das putas da boate, mas não conta a situação, porque é comprometedora, então eu preciso ajudá-lo a provar que a puta o enganou sem ter nenhuma prova e sem saber sobre o assunto.
O voo levou onze horas, depois pedimos um carro, e os homens vieram com carros alugados, nos levando até aonde o Maicon enviou a localização.
Quando chegamos no lugar, eu me emocionei. Fui praticamente correndo para dentro da casinha simples, de madeira, sem pintura.
Encontrei com a minha irmã mais nova na sala, que correu me abraçar.
— Fabi! Que saudades de você! — nos apertamos forte.
— Eu também senti muito a falta de vocês! — ela se afastou me olhando e os seus olhos se arregalaram para a minha roupa.
— Caramba! Você ficou rica e esqueceu de nós?
— Não, Rebeca! Eu me casei agora, a pouco tempo, não tem um mês. Estou procurando por vocês faz tempo, mas perdi o contato, graças a Deus eu consegui encontrar o Maicon com a ajuda do Antony, pois o tio Amador mentia o tempo todo pra mim, eu nem sabia que ele conversava com vocês!
— Antony é ele? — ela olhou para o Don, e fiquei sem graça quando vi que esqueci de apresentar o meu marido.
— Ah, desculpe-me! Esse é o meu marido, Antony! E, essa é a minha irmã, Rebeca! — eles se cumprimentaram.
— Rebeca, cadê os outros? O nosso pai, e a nossa mãe? O Maicon?
— A mãe está de cama, mas está muito debilitada. Precisei ficar em casa, hoje... ela nem levanta! — saí apressada, passando pelo lençol pendurado sobre a abertura de porta, que era o que separava a sala do quarto.
Me desesperei quando a vi. Estava muito magra, pálida, e de olhos fechados. Com o meu choro,, ela abriu levemente os olhos, mas não conseguiu mantê-los abertos.
— MEU DEUS! ELA NÃO VAI AGUENTAR! — me debrucei sobre ela. — MÃE, FALA COMIGO! MÃE!
— Se afaste, ragazza! Eu vou tirar ela daí, se não a levarmos para o hospital ela pode não resistir! — sem reação e aos prantos, eu me afastei, puxei a coberta e ele a pegou no colo, colocando no carro.
— Seguranças vão para o outro carro, eu vou dirigir este! — Antony ordenou e eu me apressei para entrar atrás com a minha mãe, mas o Antony segurou o meu pulso e me mostrou o banco da frente. — A sua irmã irá com a mãe de vocês, ragazza!
Eu não discuti, apenas sentei no banco da frente, ele já estava ajudando muito, certamente não quis a minha irmã perto dele, é muito bipolar, mas o que importa agora é salvar a minha mãe, e ainda bem que viemos antes e eu cheguei a tempo, se viéssemos na sexta-feira, provavelmente ela não teria resistido nessas condições.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Vendida para o Don
A história no começo era boa mas do capítulo 100 pra la virou piada! Nunca vi tanto uma palavra em um livro como a palavra “assenti” so em um capítulo as vzs tem 4 a 5 vezes!...
Me interessei muito pela história, quando colocará mais capítulos? Ansiosa por mais...
Diz status concluído, cadê o restante dos capítulos?...
Quando vão postar os novos capítulos? Estou aguardando ansiosamente....