Vendida para o Don romance Capítulo 35

Resumo de Capítulo 35 Um bom marido: Vendida para o Don

Resumo de Capítulo 35 Um bom marido – Vendida para o Don por Edi Beckert

Em Capítulo 35 Um bom marido, um capítulo marcante do aclamado romance de gangster Vendida para o Don, escrito por Edi Beckert, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Vendida para o Don.

CAPÍTULO 35

Fabiana Prass

O hospital parecia ser em outro planeta, não chegava nunca. Eu já havia me esquecido como era andar por aquelas ruas tão movimentadas de São Paulo, e isso que eu andava a pé, quando morava aqui.

A todo o instante eu olhava pelo retrovisor, a minha mãe estava muito diferente da mulher que me despedi quando fui para Roma, ela parecia estar num sono profundo, não voltou a abrir os olhos, me deixando muito nervosa.

Don Antony dirigia com cuidado, olhava para o GPS, enquanto eu questionava a Rebeca dos motivos pelos quais tudo chegou a esse ponto.

— Ela começou a se esforçar demais, depois que perdemos aquele carro velho que puxávamos as coisas. Sabe como é o ritmo, e sem carro a gente começou a trabalhar de madrugada.

— Meu Deus, bem no inverno! — comentei.

— Exatamente. Ela e o pai não deixavam a gente sair de madrugada, iam sozinhos. Eu e o Maicon estávamos indo durante o dia, mas eles dormiam umas duas ou três horas e voltavam para as ruas conosco, agora o Maicon está na mesma com o nosso pai, enfrentando essa loucura! — balançou a cabeça, frustrada.

— Mas, porque, tanto? Pagam tão pouco? — Antony questionou.

— Ah, cunhado! Antes a gente não precisava trabalhar tanto, mas depois da pandemia os valores caíram pela metade, e o papelão chegou a cinquenta centavos!

— Por caixa? — ele voltou a perguntar e a Rebeca riu.

— Quisera Deus, cunhado! Isso é o valor do quilo! Precisamos juntar muito para ter um valor no final do dia, e com o preço das coisas por aqui...

Antony ficou calado, mas ele entendeu o que a minha irmã falava, percebi.

— Ela chegou a ir ao médico, para ver se é pneumonia, mesmo? — questionei.

— Foi no mês passado, mas o remédio não resolveu. Foi um mês chuvoso e você sabe... não importa se chove ou se faz sol, a gente precisa trabalhar!

— Nossa! E, o tio Amador não me dava o meu dinheiro, eu não conseguia nem comer direito, quem me dera mandar alguma coisa pra cá, até o contato com vocês eu perdi, depois que aquele celular velho que eu levei sumiu... eu desconfio que aquele safado, vendeu!

— Mas daí conheceu o italiano, né... — brincou a Rebeca. Eu sorri envergonhada, e o Antony colocou a mão, em cima da minha, sorrindo para o retrovisor. Quem o vê agora, jamais acreditaria no que eu passei ao lado dele a menos de um mês atrás.

— Creio que fui eu o sortudo em conhecer essa ragazza! — falou ele e levou a minha mão até a sua boca.

— Como se conheceram?

— Eu a vi no meu jardim e não descansei até me casar com ela! — Antony se antecipou e agradeci internamente por isso.

— Aposto que esperou por meses, a minha irmã é chata em relação a isso! — gargalhou e eu fiquei calada, não sabia o que dizer.

— Não, foi em uma semana! — Rebeca arregalou os olhos. — Eu fui bem convincente! — agora quem sorriu foi eu, e ele apertou a minha mão, dizendo que eu havia me passado, parei na mesma hora. Mas, não era eu quem estava mentindo, isso era fato.

No hospital, ele parou o carro na emergência, e eu pedi ajuda na recepção, então trouxeram uma maca para levar à minha mãe para dentro. Já era noite, e estava chuviscando, tudo para ajudar.

— Caramba, cunhado! Esse hospital é chique! — Rebeca olhava deslumbrada, pois a gente não vinha muito ali, era longe da nossa casa.

— É um dos melhores, conforme o que dizem! — Antony respondeu, e olhei pra ele e fiquei me perguntando... custava ele ser assim o tempo todo? Espero que o Don demore para voltar, pois é o jardineiro que está aqui, hoje.

— Vem, ragazza! Precisa passar os dados na recepção. Eu também passarei os dados bancários! — assenti e fui com ele.

Levaram a minha mãe, o meu coração estava apertado. Já fazia quase um ano que eu não a via, e eu mal pude olhar direito pra ela.

Quando Rebeca foi no banheiro, as cadeiras pareciam mais frias, e o local maior, tamanho era o meu desespero.

— A gente pode ficar com ela? — perguntei e o médico olhou para o Antony antes de responder.

— Claro! O quarto é espaçoso, fiquem a vontade! — o doutor respondeu, e o Antony abaixou a mão.

Assim que o médico saiu, a Rebeca me puxou no canto:

— Como conseguiu um cara desses? Arruma um igual pra mim, ele é hilário, mas arrasa! — fiz cara feia pra ela, aposto que o Antony ouviu.

— Shiu! Não fique falando isso, ele vai ficar se achando! — a repreendi.

— Acho que vou embora com você! Será que tem um colchão sobrando pra mim lá na sua casa, em Roma?

— Depois conversamos sobre isso, vamos entrar no quarto dela... — Rebeca assentiu e nós entramos.

O Don ficou mais afastado, e eu e a Rebeca nos aproximamos da cama. A minha mãe não acordava, e pelo visto não acordaria hoje.

No final do dia, o Don pediu aos seguranças para irem até a casa da minha família. Eles ficariam esperando até que o meu pai e o meu irmão voltassem, para trazê-los ao hospital, também.

Eu e a Rebeca começamos a revezar para ficar no quarto, e percebi que o Don estava cochilando nas cadeiras.

— Antony... você pode ir para um hotel, não precisa ficar aqui, vejo que está cansado. — ele abriu os olhos, e pensou um pouco.

— Não vou te deixar sozinha! Quando eles chegarem a gente fica mais um pouco e depois vai descansar, juntos!

— Está bem! — apenas concordei, acatando o que ele disse, afinal... ele estava sendo um ótimo marido... bipolar, mas cuidadoso!

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