Vendida para o Don romance Capítulo 38

CAPÍTULO 38

Fabiana Prass

Antony estava muito diferente, hoje. Esse homem me confunde, não consigo saber nem o que eu quero, me sinto o tempo todo numa corda bamba, prestes a cair, e o pior é que eu gosto do toque dele em mim.

Eu queria que ele fosse diferente, ele nem ao menos me tocou para conseguir o queria, e não posso culpá-lo, porque eu o deixei que continuasse, e senti muito prazer com ele dentro de mim, acho que o desejo sexualmente. Será que estou muito ferrada?

Quantas personalidades, Don Antony tem? Pelo visto, eu estou longe de descobrir. Quem está comigo não é nenhum daqueles homens que conheci na Itália, e também não é aquele que cuidou da minha família no hospital. Quem é ele? O bruto que aquela prostituta comentou na boate?

Senti dores com alguns toques dele, hoje. Certamente ficarei com algumas marcas, depois. Eu só senti que o Antony que esteve comigo na minha primeira noite voltou, quando eu o pedi um beijo, parece que algo clareou na mente dele naquele momento.

A sua fúria foi diminuindo conforme me beijava. Fui sentindo o seu corpo relaxar, e os movimentos dentro de mim se acalmarem.

A minha respiração também foi diminuindo, e o prazer aumentando. Senti que algo à mais se cortou dentro de mim, uma ardência evidenciava que eu ainda estava perdendo parte do hímen, e uma pequena dor, se mesclava com o êxtase que o Antony me proporcionava.

— Está tudo bem? — parou por alguns segundos o beijo me questionando. Eu não disse nada, apenas confirmei que estava bem. Ele estava muito fissurado, eu não estragaria o momento, até porque ele me dava prazer a cada segundo.

Beijá-lo me acalmava, me dava uma sensação de proteção momentânea, algo bom. As suas mãos pararam de me apertar, senti o seu toque na minha testa, os seus lábios me convidavam para uma dança mais lenta, daquelas que seguramos no pescoço do parceiro e relaxamos.

— Você é incrível, perfeita! — ele resmungou gemendo, e outra vez senti a sua mão apertando a minha pele, e um inchaço diferente na minha área interna. Então, ele soltou parcialmente o corpo em cima de mim deitando do meu lado, ele havia terminado.

Eu fiquei reta, olhando para o teto. Senti os olhos dele sobre mim, mas não o encarei, no fundo, acho que fiquei chocada como ele forçou as coisas, e do outro lado fiquei envergonhada de ter cedido e me entregado outra vez.

Senti o calor da mão dele no meu queixo, ele estava virando o meu rosto para que eu o olhasse, e embora eu estivesse envergonhada, o olhei, senti um certo receio no seu olhar.

— Me desculpe! Eu não queria forçar as coisas, mas perdi o controle.

— O que aconteceu? Você teve uma crise, não foi? — Antony me olhava nos olhos e isso dizia muito sobre ele, provavelmente não mentia... ele realmente é desse jeito, age dessa maneira.

— Acredito que sim. Não trouxe nenhum calmante, e não estava no jardim de casa... só você me acalmaria, Fabiana. Tinha um fogo ardendo dentro de mim, e não conseguia ver, mas sabia onde encontrar o conforto.

— Daí o meu corpo foi o seu refúgio?

— Eu já estava louco para ter você, Fabiana! Você sabe!

— Se todas às vezes que tiver crise vier se acalmar em mim, irá me machucar! — ele imediatamente colocou os olhos sobre o meu corpo, procurando por marcas, e quando os seus olhos se arregalaram, até eu me assustei.

— Santo, Dio! — colocou a mão na boca, me assustando.

— O que foi? — me sentei logo, e me assustei com a quantidade de sangue no meio das minhas pernas e no lençol.

— Tem algo errado? Eu te machuquei? — veio por cima de mim, me olhando. Me puxou para o outro lado da cama, analisando o que havia acontecido, o seu semblante estava ficando tenso outra vez.

— Acho que o tal hímen, deve ter rompido dessa vez! A médica disse que ele logo romperia.

— Mas, tem muito sangue! Eu nunca vi algo assim, eu fui um idiota, deveria ter me impedido! — levantou passando as mãos nos cabelos, e foi até o banheiro.

Logo ouvi o barulho da banheira enchendo, e ele voltou. O seu pênis também estava um pouco marcado.

— Eu vou cuidar de você, se não melhorar chamarei uma médica! — me pegou no colo. — Sente dores?

— Sinto um pouco de desconforto, uma ardência...

— Santo Dio, eu me excedi, prometo me controlar! — entrou comigo na banheira, tomando muito cuidado, parecia que eu era de vidro.

Esse era outro homem, estranhei observá-lo daquele jeito. Estava todo sem graça, começou lavando o meu corpo suavemente, não dizia uma palavra, parecia se sentir culpado.

Tomou cuidado com a minha área íntima, que não sangrou na água, mas ele continuava nervoso, eu podia ver no seu jeito de agir.

— Antony! É só o hímen, está tudo bem! Se acalme... — ele me olhou sério. — Não vou transar com você de novo para que relaxe! — brinquei, achando que ele sorriria, mas não foi assim... ele me abraçou.

— Me desculpe! — retribuí o seu abraço.

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