Vendida para o Don romance Capítulo 46

CAPÍTULO 46

Fabiana Prass

— O que aconteceu, Fabi? Porque o Don está tão esquisito e tinha as mãos sujas de sangue? — Rebeca procurava por sangue em mim, apavorada.

— Ele matou um homem! — ela levou as duas mãos até a boca.

— Jesus, amado! Porque?

— Eu não sei, não entendo... era um jantar estranho, todos homens, todos me olhavam como se eu fosse um pedaço de carne à ir para a grelha, e no outro instante eu só cochilei um pouquinho no banheiro e acordei com o vestido parcialmente levantado, estava meio enrolado, alguém o fez.

— Não acredito! E, quem foi? Alguém te atacou? — chegou perto de mim.

— Eu não sei..., mas o imbecil foi pego pelo Don, e ele foi agredido até a morte! O Don disse que o cara estava entre as minhas pernas, eu nem sei o que aconteceu!

— Por isso ele estava furioso! Eu também mataria o cara no lugar dele!

— Meu Deus, Rebeca!

— Irmã... você se casou com o Don, e não conhece as regras da máfia? Eu não entendo muito, mas tenho noção que nesse meio é assim, se o cara fez isso, tem que morrer, são regras!

— Acho que ele tinha razão em algumas coisas, mas agora não adianta conversar com ele...

— Vem tomar um banho, ele me pediu que te ajudasse! Você não deve beber muito quando sair com ele. Foi no banheiro sozinha, não foi?

— Sim...

— Eu nem vou falar nada, é melhor você tomar um banho e dormir. Amanhã vocês conversam, e eu estarei bem longe, rezando para que não sobre para mim, e eu perca a oportunidade de emprego!

O meu corpo não estava bom, e a Rebeca me ajudou. Nem vi direito como dormi, mas percebi que ela dormiu comigo, e o Don não voltou. Ele realmente levou a sério e não quis se deitar do meu lado.

Abro os olhos de manhã, e vejo a Rebeca.

— Anda, Fabiana! Acorda! O Don não voltou para dentro de casa.

— Ele deve ter ido no jardim... — falei sonolenta.

— Não, ele não está! Eu sei porquê a caminhonete não está lá fora, nem ele! — levantei apressada e me sentei na cama.

— Que estranho! — olhei para os criados, procurando por uma única rosa, e não tinha nada. — Ele não voltou para o quarto!

— Se arrume, e vamos deixar a casa toda em ordem, é bom evitar confusão!

— Não se preocupe, eu vou conversar com ele.

— Então apura!

Levantei apressada, fiz a minha higiene e me vesti. Tomei um café com a Rebeca, e o Antony chegou enquanto estávamos na mesa.

Ele veio e me cumprimentou com um beijo curto, e eu o retribuí, assim como o combinado.

— Rebeca, quando terminar pode nos dar licença, um minuto! — ele praticamente ordenou.

— Claro, eu já terminei! — ela pegou umas bolachas e saiu comendo, fazendo sinal para a cozinheira que estava perto da porta.

— Eu voltei no restaurante! Fiz questão de olhar a filmagem, quer ver? — ele me perguntou sério, e assenti. Então pegou o celular dele, digitou algumas coisas e me entregou.

Eu estava assustada, mas precisava saber o que tinha acontecido. Assisti quando eu entrei no banheiro, depois lavei as mãos e passei no rosto, estava tentando me manter acordada.

Acabei sentando uns minutinhos no sofá, e devo ter ficado sozinha por uns minutos. Acelerei o vídeo e vi quando o cara entrou no banheiro. Então comecei a ouvir o que ele dizia, e achei muito estranha a conversa:

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