Vendida para o Don romance Capítulo 56

Resumo de Capítulo 56 Pareço uma puta: Vendida para o Don

Resumo de Capítulo 56 Pareço uma puta – Capítulo essencial de Vendida para o Don por Edi Beckert

O capítulo Capítulo 56 Pareço uma puta é um dos momentos mais intensos da obra Vendida para o Don, escrita por Edi Beckert. Com elementos marcantes do gênero gangster, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

CAPÍTULO 57

Fabiana Prass

— Estou dentro! — respondi sem nem pensar muito, era a minha única chance no momento.

— Então vamos! No banheiro primeiro, depois pegamos por dentro. — ela se levantou e vi que agora era para valer, eu sumiria da vista do Antony.

Reparei que muitos nos olharam quando levantamos, provavelmente aos comandos do Don, mas como pegamos o corredor para os banheiros, foi tranquilo.

Laura ficou de olho em tudo, pelo visto eu não a conhecia o suficiente, é muito esperta. Entramos num quarto imenso que tinha muitas roupas e acessórios, provavelmente das putas.

— Sejamos rápidas! Tire essa roupa, coloque essa! — olhei para um pedaço de pano vermelho, tentando entender de que lado vestia, o treco tinha um pedaço que cobria apenas a bunda e os seios.

— Como usa isso? — ela pegou de volta, virou o tecido e ajeitou para que eu vestisse. — Virá no meu funeral? — ela gargalhou.

— Minha filha... O meu irmão nunca vai imaginar que é você, vai por mim! — ela me ajudou e fiquei tensa. Aquele pedaço de pano, cobria apenas o umbigo, as costas ficou toda exposta.

— Coloque o salto mais baixo, não pode demonstrar que não domina, se precisar você dança, sensualiza e sobe no poli dance! — engoli seco, estava um pouco trêmula.

Então ela trouxe uma peruca loira e curta. Prendeu o meu cabelo com um negócio preto, e depois arrumou.

— Tem alguns óculos aqui, escolha um! — pegou as minhas roupas e dobrou escondendo na sua bolsa. — Vamos trocar de bolsa, pegue a minha! — começou a tirar as coisas e trocar tudo com pressa.

Escolhi um óculos que parecia de grau, então percebi que ela pegou muitas coisas e levou consigo.

— Vamos sair e andar normalmente. Você vai ver que já não será reconhecida!

— Tem certeza? — fez cara de deboche e me empurrou para o espelho. — Caramba! — pronunciei de boca aberta.

— Viu só, o que estou falando?

— Pareço uma puta!

— Exatamente! E, terá que ficar esperta, está dez vezes mais gostosa que as que chegaram! — a olhei incrédula e fui puxada.

Ajudei ela levar as coisas e percebi que andando no meio das pessoas ninguém me reconheceu, uns caras até me cantaram sem remorso.

— Passa no duzentos e sete depois, gracinha! — falou um deles, e disfarcei.

Laura procurou nas suas coisas, até encontrar uma chave que abriu um quarto. Quando entramos ela trancou a porta.

— Eu quase não vim aqui, o Antony nem lembra que tenho esse espaço! — era pequeno, mas muito bem mobiliado, mais bonito que o do Antony.

— Tem certeza que vai funcionar? — soltei as coisas na cama.

— Certeza, certeza... não! Mas, quase! Olha só, você precisa manter o figurino, vou trazer mais perucas e se você achar necessário, você troca.

Laura empurrou um espelho enorme e vi que tinha um compartimento secreto.

— O que é isso?

— Se algo acontecer, você se esconde aqui. E, também tem uma escada, olhe! — apontou. — Nela você anda pela boate toda, e só tem acesso por aqui e pelo quarto do meu irmão, então tome cuidado ao vir aqui. Ninguém vai te ver, mas se ele suspeitar e vir pra cá, pode te encontrar!

— Meu Deus!

Os olhares agora eram diferentes; os homens pareciam me comer com os olhos, e as putas pareciam com inveja, deve ter umas dez que são do estilo da Susany, aqui.

Com dificuldades em não mostrar a calcinha, me sentei numa das cadeiras do bar. Não levou cinco minutos e notei um alvoroço no local, mas fiquei ali parada.

Soldados extras entraram no ambiente, e me apavorei quando o Antony apareceu gritando com a Laura do outro lado do bar:

— ELA ESTAVA COM VOCÊ, COMO NÃO SABE DE NADA? — Laura respondeu baixo, não entendi muito bem, mas ele estava furioso.

Vi ele apontando os dedos, pareciam ordens. Então até a Laura parecia me procurar, veio na minha direção e o meu coração gelou. Ela teria se arrependido e iria me entregar?

— Se mantém firme, ele está cego, não vai te ver! — sussurrou e saiu, fingindo procurar alguém. Ainda ouvi ela perguntando para uma puta:

— Você viu uma mulher bonita, bem vestida, com um cabelo levemente cacheado e comprido, com olhos verdes, por aqui?

— Não vi, senhora! — fiquei espantada com a cara de pau dela.

Laura se afastou e o movimento estava maior.

— QUERO TODAS AS PUTAS AQUI NO MEIO, AGORA! — Antony gritou, e mulheres começaram a se mover depressa, e fiz o mesmo. Entrei no meio e pronto. — E TODAS AS MULHERES QUE TRABALHAM AQUI, TAMBÉM! QUERO TODAS! — gritou descontrolado e eu cada vez com mais medo.

Antony começou a olhar uma por uma, fiz questão que ele visse o meu corpo, e virei parcialmente o rosto para que ele nem suspeita-se de mim.

— O que foi agora, perdeu o controle de quê? — um homem mais velho perguntou a ele, parecia o pai do Enzo, o tal tio Hélio.

— Não perdi nada, só quero que comecem a dançar! — ele estava tentando não demonstrar fraqueza, mas assim como as outras, comecei a dançar, e fiquei parcialmente de costas.

Notei que ele foi para outro lado, olhou as empregadas e deu uma ordem sem sentido, então de canto de olho, vi parte da sua aflição, e ele saiu sem dizer nada de dentro da boate... O plano estava dando certo!

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