Vendida para o Don romance Capítulo 58

Resumo de Capítulo 58 Não consigo perdoar: Vendida para o Don

Resumo de Capítulo 58 Não consigo perdoar – Uma virada em Vendida para o Don de Edi Beckert

Capítulo 58 Não consigo perdoar mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Vendida para o Don, escrito por Edi Beckert. Com traços marcantes da literatura gangster, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

CAPÍTULO 59

Fabiana Prass

Assim que o Don saiu, eu resolvi me esconder na área da Laura, o quarto secreto. Comecei a vasculhar e ao encostar num armário mais velho, o negócio saiu do lugar, mostrando uma área que ela não havia me falado.

Era um acesso para muitas armas, fiquei espantada com a organização. Segurei uma delas na mão, mas logo guardei apavorada, depois eu pergunto pra ela o motivo disso, pois a Laura parece ter me enganado a respeito dela, tem uma personalidade diferente da moça delicada e bem estudada, que esperava com medo um “talvez”, casamento arranjado... Laura parece ser muito mais que isso.

O som da boate no quarto, era mais baixo que lá fora, mas incomodava. Principalmente se o compartimento que ela me mostrou estivesse aberto, então resolvi fechar.

Quando eu iria trancar aquilo, a música parou de repente, e a voz gritante do Antony ecoou por tudo:

— LIBEREM O GALPÃO, ESSA PUTA E EU TEMOS ASSUNTOS PARA RESOLVER! MEXAM-SE! — pelo grito dele e os gritos abafados de mulher, aquela só poderia ser a Susany.

A boate ficou num total silêncio, ninguém nem respirava perto do Don, para a proporção que tomou. Eu estava em pé com as duas mãos na porta, eu deveria fechar, não é?

Respirei fundo, e mesmo estando em cima do muro na decisão, resolvi apenas subir a pequena escada, digamos que sou curiosa.

Conforme eu ia subindo, continuei acompanhando os gritos abafados dela, e não me aguentei em andar na parte de cima. Fui muito devagar e na ponta dos pés, aquilo era muito estranho.

Era como se eu estivesse andando em cima de um vidro fumê e pudesse cair a qualquer momento, ou que todos poderiam me ver nos andares de baixo.

Parei num quarto onde havia um casal, fiquei uns instantes ali, eu precisava testar que ninguém iria me ver.

O problema foi que era um dos quartos de puttanas, e uma delas começou a tirar a roupa. Eu queria sair, mas também queria saber se eles me veriam, então fiquei mais um pouquinho.

Um velho estava com ela e se jogou na cama, arregalei os olhos quando ele olhou pra mim. A mulher o despiu da cintura para baixo, e estranhei ver o pênis de outro homem, então virei o rosto. Quando voltei a olhar, a mulher o chupava com a boca, mas foquei nos olhos do homem que me olhavam, mas parecia não me ver realmente, então era hora de sair dali.

Os gritos pararam, então fiquei confusa. Aonde seria o tal galpão? Fui mais rápida, andei depressa e observando alguns locais, até ouvir o grito da Susany outra vez e marquei o lado, praticamente correndo nas pontas dos pés, arranquei os saltos para facilitar.

A música voltou, mas agora eu sabia onde eles estavam, e quando cheguei achei melhor me deitar no chão, mesmo empoeirado, eu conseguiria ouvir melhor e também ver.

Era um local maior que os outros, e me deu uma sensação estranha de vê-lo sozinho com uma prostituta que supostamente espera um filho dele, por um momento senti medo, cheguei a colocar a mão sobre o meu peito.

Ela estava no chão, e o Antony na sua frente, embora tivesse uma cadeira ali, ela não estava nela.

— Don!

Um frio percorreu a minha espinha quando ela se jogou no Don desesperada, mas mal tive tempo de processar e me assustei com o baita tapa que o Don deu na sua cara, que a fez voltar para o chão.

— MALEDETTA PUTTANA DO DIAVOLO! SE ME ENCOSTAR DE NOVO EU TE ARREBENTO! — entraram alguns soldados no galpão, mas o Don nem se importou em olhar para a porta, não tirou os olhos de fúria de cima dela. — NÃO FUI EU QUEM TE BATEU? HEIN, SUA PUTTANA? FUI EU QUEM TE ESBOFETEOU? — deu outra bofetada nela. — ESTOU ESPERANDO!

— Não...

— MAIS ALTO! NÃO OUVI DIREITO! FUI EU QUEM TE ESBOFETEOU, NÃO FOI? PORQUE EU FIQUEI SABENDO QUE VOCÊ FOI NA “MINHA” CASA, E FALOU MERDA PARA A MINHA ESPOSA! QUEM VOCÊ PENSOU QUE FOSSE? — a segurou forte pelos cabelos, estava com muita raiva. — VOCÊ JÁ DEVERIA ESTAR MORTA SÓ POR ISSO, E AINDA TEVE A AUDÁCIA DE USAR UMA FACA PARA AMEAÇAR A MINHA MULHER, A DAMA DA MÁFIA!

A voz dele estava até trêmula de tão irritado. Cheguei a pensar que ele a mataria. Então quando soltou, ela começou a falar:

— Não tenho um filho! Se me der ela, vou levá-la para a minha casa que nem fica aqui. A deixarei presa até que o meu filho nasça, então a matarei, ou farei o que queira que eu faça! — Don estava muito sério.

— Na verdade, não tenho intenções de deixá-la viver, é uma traidora, e traidores morrem!

— Eu sei. Não sou digno de pedir isso, tenho ciência! — Antony abaixou parcialmente a arma e começou a andar em volta da Susany a encarando.

— Tenho uma dívida alta com a sua família, posso pensar em relação a isso!

— E, quais seriam as regras?

— Que essa mulher fique como prisioneira até a criança nascer. E você a matará quando estiver com o seu filho. — abaixou a arma, mas voltou a encostar na cabeça dela. — Exceto se a queira como prostituta particular, então desde que eu nunca mais volte a vê-la, tudo bem se quiser mantê-la na sua casa, mas se ela sair de lá eu mesmo a matarei!

— Como quiser, Don!

— Eu ainda não terminei! Torne os dias dela mais difíceis! — o Don se afastou e agora a Susany chorava mais.

— ME MATE! NÃO ME ENTREGUE PARA ESSE HOMEM, NÃO ME ENTREGUE! DON, ME... — ela implorava para não ir com o soldado, que pelo visto é o pai do filho dela, mas não tenho pena... ela fez tudo isso de caso pensado, traiu e enganou o Don, e ele está certo em querer a sua morte.

Enquanto o soldado levava a Susany por outra porta, o Antony saiu dali batendo a porta.

Deitei de costas no chão, pensando em tudo o que eu ouvi. No fim a criança não era dele, mas ainda assim mentiu para mim, então não consigo perdoar...

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