Vendida para o Don romance Capítulo 59

CAPÍTULO 60

Don Antony Strondda

Eu precisava de ar, então fui embora daquela boate. Se o soldado quis a puttana, que faça bom proveito bem longe de mim, tenho nojo daquela mulher.

Os funcionários ficaram me olhando quando entrei na área externa da casa, então parei na porta e encarei todos.

— Algum problema, aqui? — pareciam ratos com medo quando ouviram os passos do dono da casa, e foram negando e se retirando um a um.

Arranquei o casaco, a boina, e iria mexer no jardim, mas avistei o carro dos meus pais chegando.

Respirei fundo, eu sabia que não adiantava mentir, a essa altura a Laura já havia contado tudo, com certeza.

Eles me cumprimentaram com um abraço, e eu retribuí.

— Calma filho! Vamos encontrá-la! — meu pai falou.

— Eu já fiz de tudo... a minha equipe já fez de tudo! Não pegou um avião, também não levou a irmã, deve estar em alguma cidade vizinha! — comentei.

— Meu filho, você precisa parar tudo, precisa dominar a sua vida! Mas, isso não significa domar a sua mulher, se você for o que ela procura, ela vai voltar! — a minha mãe falou, com a mão encostada no meu ombro.

— Fabiana me odeia, mãe! E, por isso foi embora! Se eu encontrá-la terei que prendê-la novamente? — debochei.

— Antony, infelizmente você não participou de todos os treinamentos, precisa aprender a se controlar! E, não falo de ir a médicos e sim, usar a sua ira com o que é certo! Até as torturas você foge, e daí desconta na Fabiana!

— Eu não sei o que fazer! — soltei levemente o corpo, entregando os pontos.

— Pra começar, você precisa parar de descontar tudo em objetos que quebram e flores! Seja esperto, investigue como um verdadeiro Don, nem que pareça frio aos olhos dos outros, mas se manterá forte perante o conselho!

— Eu não consigo, isso vem de mim! Quando fico nervoso, perco o controle.

— Consegue sim! Eu te criei para ser o novo Don, e você é! — a minha mãe me surpreendeu, mas eu ainda estava longe, como numa bolha. — Aquela mulher te ama, ela vai voltar por conta própria, você vai ver!

— Não, ela me odeia! — eu falei, mas logo depois eu parei para pensar e me lembrei que ela disse que me ama e eu estraguei tudo.

— O que foi, Tony?

— Ela me falou que me amava e eu disse que não sabia amar! Talvez agora, realmente me odeie...

— Será mesmo que não a ama? Se eu fosse você iria rever isso! — a minha mãe questionou e não tive respostas para ela. — Pegue o seu casaco e as suas coisas que somos visitas, e vamos entrar! Espero que não estivesse indo mexer com o jardim a esse horário! — me repreendeu e eu sorri pegando as minhas coisas.

A minha mãe foi para a cozinha verificar o que haviam preparado para jantar enquanto isso eu e meu pai nos sentamos no sofá da sala. De certa forma, me senti em paz com eles ali, a minha vida ficou menos vazia. Então, ele veio me explicando muitas coisas sobre o meu novo cargo como Don, que, aliás, antes já tinha me dito... porém eu não havia prestado a atenção que prestei agora, e vejo que muitas coisas precisariam mudar no meu ponto de vista.

— Achei estranho aqueles homens que matei nas redondezas da boate, mandei investigar. — comentei.

— São Russos, o Hélio me avisou! Quanto a isso eu vim pessoalmente parabenizá-lo, você executou traidores! Só estou investigando a raiz do problema, mas também estou encontrando a solução. — o olhei confuso.

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