Vendida para o Don romance Capítulo 67

CAPÍTULO 68

Don Antony Strondda

O meu ombro dói, o tiro que levei foi profundo, mas no meio em que vivo preciso me acostumar com isso, o meu pai há muito tempo, tira a maioria das balas que o atingem sozinho.

Acho que dormi por muito tempo, ou talvez ainda esteja sonhando, mas a Fabi está aqui em pé, vestida com aquela camisola branca que estava no meu bolso, deve estar até meio suja, mas é linda demais.

— Bom dia, bela mia! — ela virou pra mim com um sorriso, os seus cabelos soltos, levemente desalinhados, que jogou para cima, tirando do rosto.

— Eu estava separando as suas camisas mais largas, as que ficam melhores para usar nesses dias. Te acordei? — sentou na beira da cama e me deu um beijo, tentei levantar, mas doeu um pouquinho.

— Ai...

— Você está com dores? É que já passou o horário de tomar o remédio! — levantou e pegou alguns comprimidos na gaveta, e também buscou um copo de água. — Tome, vai se sentir melhor!

— Eu preciso trabalhar, o Enzo tem ficado muito lá, ele não vai aguentar mais quarenta e oito horas! — ela me olhou estranha.

— Certo, eu vou com você! Então você descansa no seu espaço lá, e eu tomo as decisões simples, e na dúvida posso te perguntar. Já fiquei sabendo que agora sou a dama da máfia, posso tomar decisões, e todos precisam me respeitar. — sentou do meu lado novamente e veio com aquela mão macia no meu rosto. Como não me acalmar com uma mulher como ela?

— Ragazza, linda... tem uma coisa que preciso dizer. — a puxei levemente, trouxe ela para o meu braço direito, fiquei parcialmente de frente. — Você terá um respeito maior, quando estiver gerando um herdeiro, como se sente em relação à isso? — ela respirou fundo, ficou em silêncio por alguns segundos.

— Eu não estou cuidando..., mas parece que o meu corpo não entendeu muito bem! — baixou os olhos, parecia triste, então a abracei mais forte, a deixei ali nos meus braços, enquanto tocava o seu rosto.

— Não se preocupe, isso é porquê estamos praticando pouco, quando eu melhorar, a gente vai fazer um bebê, só precisamos ter paciência, ok?

— Mas, e quanto a famíglia? Eles vão esperar?

— Claro, que vão! Ninguém vai se meter na nossa vida, quem se mete, morre! Eu só falei do herdeiro, porquê você realmente assumiu o seu papel, mas acabamos de casar, temos muito tempo! — ergueu o rosto me olhando.

— E, se esse dia não chegar, como faremos? — eu a olhei e não ousei dizer qual é a regra na máfia daqui, se em cinco anos não tivermos gerado um filho, eu deveria arranjar uma segunda esposa, mas eu também não faria isso, não quero outra mulher, por isso digo que “deveria”, pois não vou.

— Vai chegar, não se preocupe! Esqueça o assunto por enquanto, vamos comer alguma coisa e vamos para a boate, vamos ver como se sai, hoje! Aliás, como desarmou aquele homem? — perguntei curioso, lembrando da sua excelente performance.

— A Laura... ela andou me ensinando defesa pessoal, e alguns truques, só o tiro que não deu certo! — falou meio retraída, talvez ainda esteja preocupada com o assunto do bebê.

— Isso é bom! Quando eu melhorar vou te ensinar muitas coisas, eu não sabia que estava disposta a entrar nessa vida, comigo! — ela deu um sorriso, e beijou a minha boca suavemente.

— Isso foi antes! Eu não queria nada de você! — passou a mão pela minha barriga.

— E, o que quer, agora? — rocei o rosto pela camisola dela entre a barriga e os seios, devagar. — Como é bom sentir a tua pele quentinha nesse tecido! — ela soltou uma risada gostosa, deitando melhor do meu lado.

— Eu também senti a sua falta! — ela falou, e grudei nela.

Pensei que era melhor adiar a visita à boate, e fui mordendo por cima da camisola, e a cada mordida era uma gargalhada diferente.

Até que batidas fortes na porta fez a Fabiana vestir o roupão e se cobrir toda. Era a Rebeca!

— Fabiana, eu vou matar o Enzo! Você precisa me ajudar, ele pirou! Você não sabe o que passei hoje, na boate! — falou a cunhada, sem respirar.

— Calma, o que aconteceu? Você está bem? — Rebeca foi entrando, e me cobri melhor.

— Ele tentou me pagar para fazer programa! AHHHH! O Don está aqui! É, claro que está, eu devo estar maluca!

— Calma, Rebeca! — Fabi tentou acalmá-la.

— Eu vou esperar lá fora, não quero incomodar! — foi se retirando, mas eu a chamei.

— Espere! Que história é essa? Ele mesmo tinha medo que você fizesse algo do tipo, e agora fez isso?

— O que aprontou, Rebeca? — Fabi questionou.

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