Vendida para o Don romance Capítulo 76

CAPÍTULO 77

Don Antony Strondda

Como não voltamos para a boate ontem, hoje chegamos bem cedo, antes do horário do Enzo sair, então estranhei quando encontrei apenas o tio Hélio pelo salão.

— Eu vou procurar a minha irmã, está bem? — Fabiana perguntou e assenti. Caminhei alguns passos até o meu tio, alinhando o sobretudo meio solto no ombro.

— Onde está o meu primo? — encostei no balcão, esperando para saber. Tio Hélio olhou para os lados.

— Não estava no hall de entrada?

— Não.

— Droga! Ele estava tomando uns drinks com a Rebeca. Eu dei a noite de folga, porque o Enzo estava enlouquecido por ela! — me virei de repente o encarando, ela não é do tipo que bebe.

— Deram bebidas fortes para a Rebeca? — me preocupei e comecei a procurá-la por tudo.

— Acho que sim, estavam bebendo aqui no bar, vamos atrás deles! — saímos de lá e fui direto para a sua área VIP, algo me preocupava e me dizia que estavam lá.

A porta estava apenas encostada, já abri de uma vez, e o barulho estava incomodando, então fui direto apertar onde desligava a música do quarto, e ouvi justamente o que eu não imaginava ouvir.

— Eu sempre soube que era vadia! Que se foda o pedido do Don! Tire o meu pau pra fora e me faça aquele boquete que ficou devendo! — mas, que palhaça era aquela?

— QUE SE FODA, QUEM? EU NÃO ENTENDI, ENZO! — não era possível que ele estava fazendo o oposto do que eu falei. Logo tirei a minha Taurus G2, calibre 9 mm e engatilhei apontando pra ele, que estava numa situação deplorável. — QUE PORRA É ESSA NA TUA BOCA? TIRE ISSO DELE, REBECA! — gritei, fiquei puto com a cena, ele estava com a calcinha dela na boca, tive vontade de matá-lo.

— Eu não fiz nada, eu juro! — falou assim que ela tirou e vi que ainda estava preso em algemas, e olhos arregalados; aquilo poderia piorar?

— TIRE ESSE MALEDETTO DA CADEIRA, TIO! OU EU VOU ACABAR COM ELE, MAS QUE PORRA! — chutei umas coisas que estavam no chão. — Eu não deixei claro que era para ficar longe dela? Olha o que você fez, acabou com a sua reputação! — vi que Rebeca estava tonta, sentou na cama e a Fabi foi ajudá-la. Eu conheço o Enzo, e penso como ele, mas a Rebeca eu avisei que era para ficar longe, se não tivesse boas intenções, e ele fez o oposto.

— Que reputação, o quê? Ela de virgem não tem nada, me prendeu e rebolou como uma puta no meu pau! — Rebeca levantou e deu duas bofetadas na cara dele, uma com a palma da mão e outra com o dorso dela.

— Eu vou te matar, seu idiota! A gente só estava se divertindo! — a minha cunhada estava brava, tentou apertar o seu pescoço, enfurecida, e até que conseguiu por alguns segundos, mas logo parou, não aguentava ficar em pé, e a Fabi a ajudou a sentar na cama, enquanto reclamava, bêbada e chata, que estava.

— SE CASARÁ COM ELA! — gritei decidido.

— NUNCA! EU É QUEM VOU ESCOLHER! — ele gritou, e Rebeca também.

— Eu não quero, Don! — Rebeca tentou levantar, segurou na beira do meu sobretudo, chorou e começou a querer vomitar, seu olhar era de desespero. Enzo disse algo sem sentido, acho que a bebida o pegou de jeito.

— Solte a roupa do Don, ele já é casado! Você não vê?

— Vá se ferrar! — Rebeca o repreendeu.

— É o melhor, cunhada! Ele se aproveitou que você bebeu, então... — tentei explicar a ela.

— Não... por favor, Don! Espere eu melhorar, e já conversamos... — saiu pisando torto, indo até o banheiro vomitar.

— Tio! Chame os membros confiáveis do conselho, teremos uma reunião! — falei de uma vez.

— Não precisa, ele vai casar! Se não casar, eu vou escolher o homem que ela gosta e convidá-lo a cobrir a sua honra, se chama Salvatore, não sei o sobrenome! Ele casaria sem sombra de dúvidas! — Hélio comentou, então tive uma breve lembrança sobre ele, mas Enzo ficou louco, pelo visto não gosta do homem.

— Não, aquele homem não! — Enzo foi solto, então se aproximou, e eu ainda estava com a arma, pronta para atirar. — Ele é um velho, iria se aproveitar dela, e não confio nele, esconde muitas coisas! Pai, nem pense nisso!

— Então vire homem e assuma o que fez! — Hélio o repreendeu, segurando pela camisa.

— Cale-se! Quero todos no escritório em meia hora! Eu e a Fabiana vamos cuidar da Rebeca, saiam!

— Sair do meu quarto? — Enzo questionou e apontei a arma para a sua cabeça, então levantou as mãos e deu meia volta.

— Ok, já entendi...

Liguei para o meu pai, gostaria que ele participasse, então esperei por um tempo, até que a Rebeca melhorasse e saísse do banheiro com a Fabiana, então receoso tentei perguntar se as coisas haviam ido além do que eu vi:

— Ela foi...

— Não. Rebeca não sabe beber, é só isso! Mas, pelo que conversamos não passou muito do que vimos, aquele seu primo é um idiota! — Fabi comentou e eu apenas fiquei analisando.

Rebeca estava na cama, pelo visto iria dormir, bebeu demais.

— Se ela não casar, ficará manchada! — falei para a Fabi.

— Ela pode voltar para o Brasil? Você consegue deixá-la livre? Por favor? — Ela me questionou, mas quando iria entender que eu só queria ajudar a sua irmã?

— Amore mio, eu estou ajudando a sua irmã! Se ela quiser voltar, tudo bem..., mas eu duvido que queira, ela tem ambições, sonha em estudar enfermagem, disse que queria um marido. — então ouvimos uma voz:

— Eu estou ouvindo! E, não quero aquele desgraçado, se me casarem com ele eu o mato na lua de mel! — Rebeca resmungou.

— Prefere voltar para o Brasil? — levantou a cabeça.

— Não quero voltar, prometo me comportar!

— Essa opção não existe, será vista como uma qualquer, não conseguirá um casamento! — olhei para a Fabiana. — Eu vou lá resolver, e escolherei o que é melhor pra ela, fique tranquila!

— Está bem! — lhe dei um beijo e fui resolver as coisas, afinal, quem decide sou eu.

Quando os encontrei no galpão, Enzo parecia mais sério, seu pai estava ao seu lado, e Salvatore também foi convocado, seria por isso o estresse do Enzo?

— É exatamente por isso, que te avisei antes! — cochichei no ouvido do meu primo, o lembrando das coisas. — Parece que teve amnésia, hoje!

— Se me permite, eu gostaria de saber porque fui chamado, eu já estava indo embora! — Salvatore se aproximou.

— Vamos esperar o meu pai chegar, é melhor!

— Não quero vê-lo, não tenho interesse! — virou as costas para sair e estranhei, o que ele tem contra o meu pai?

— Bom... acho que o meu primo poderá resolver o assunto, sozinho! — comentei.

— Sim, vou me casar com a Rebeca! — Salvatore virou para o Enzo no mesmo instante.

— O que está acontecendo aqui? Porque quer casar com a menina? — ele perguntou, e nesse momento o meu pai chegou, e quando olhou para o Salvatore, na mesma hora o empurrou sobre a mesa, fazendo uma bagunça com todas as coisas que estavam sobre ela, e em segundos tirou a pistola 357 da cintura para atirar, então eu e o tio Hélio o paramos.

— Calma, pai! O que foi isso? — questionei, entrando na frente.

— Estou procurando esse maledetto a dias! Se afastem que vou matá-lo! — eu não entendi mais nada, então a frase seguinte do Salvatore, começou a fazer todo o sentido:

Continua...

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