Vendida para o Don romance Capítulo 82

Resumo de Capítulo 82 A garotinha: Vendida para o Don

Resumo do capítulo Capítulo 82 A garotinha de Vendida para o Don

Neste capítulo de destaque do romance gangster Vendida para o Don, Edi Beckert apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

CAPÍTULO 83

Fabiana Prass

Não posso dizer que esse jantar foi dos melhores, porque estaria mentindo, mas posso confessar que já estou aliviada que correu tudo bem e a minha irmã vai se casar com alguém da confiança do Don.

Enzo não é o estilo que eu escolheria para ela se me perguntassem, porém hoje eu vi algo nos olhos dele, e senti que existe algum sentimento, mesmo que esteja tão bem guardado como o do Don, algo existe ali, não sei explicar.

Durante o jantar, eu percebi que as coisas nessa casa estão fora de ordem, e esse foi um pedido do Don, de que eu cuidasse de tudo, e não vi isso esta noite. Então, hoje acordei cedo, vou reorganizar o cardápio, verificar o que falta na dispensa e averiguar o jardim, já que ele saiu cedo para conversar com o meu sogro. Conversarei com as funcionárias, já vi que as tarefas não estão bem distribuídas e a Filipa tem trabalhado muito.

Sentada na cadeira da pequena mesa da cozinha, onde os funcionários comem, eu analisei o cardápio, e fui colocando coisas novas e deixando mais diversificado.

— A senhora insiste em colocar carne branca no cardápio? — Danúbia questionou, vi que estava com o pescoço esticado, mal respirava para ler o que eu escrevia.

— Algum problema? — virei para olhar melhor para ela. — Eu pedi ao Don para que você ficasse trabalhando aqui, mas não vou aceitar que volte a se intrometer nas minhas escolhas! — falei mais firme, a Rebeca tem me ajudado a perceber algumas coisas, e essa funcionária é bem complicada.

— Não senhora!

— Hum... também vou incluir alguns pratos brasileiros, se precisarem de ajuda podem me chamar! Cadê a Filipa? — não encontrei a funcionária mais leal.

— Aquela lá está matando serviço! Disse que a menina dela tá doente, e trouxe junto para o trabalho, deve tá lá fora vadiando! — olhei atravessado, me incomodo com o jeito dessa funcionária, pedi ao Don que a deixasse ficar por causa que tem alguém que depende dela.

— A Filipa é excelente no que faz, se hoje precisar descansar não tem problema nenhum, aliás vou ver se ela precisa de ajuda com a filha! — levantei da mesa, e a Danúbia não disse uma palavra.

Eu fui verificar a dispensa e então fui lá fora ver se encontrava a Filipa, mas como não a vi, aproveitei para dar uma olhada nos beija-flores; hoje está um dia nublado, mas não parece que vai chover.

Sentei naquele banco, senti um vento gelado, indicando que o tempo poderia mudar, mas apreciei os belos beija-flores que me trouxeram a lembrança do meu primeiro beijo com o Antony, e sorri sozinha ao lembrar que para mim, ele era apenas um jardineiro quando o beijei.

Mais tarde, saí caminhando pelo jardim quando ouvi o meu celular, o Don me ligou:

— Bom dia, ragazza!

— Bom dia! Acordou bem cedo, né?

— Sim, eu tinha um assunto para resolver, mas já estou voltando bela mia, vou te buscar para almoçar!

— Então vamos almoçar fora, hoje?

— Sim, só nós dois! Hoje não quero saber dos assuntos da sua irmã, isso me deixa estressado. — parei por um momento, a chamada começou a falhar.

— Tudo bem, eu estou com os beija-flores e já vou voltar para me arrumar, a Rebeca ainda não levantou, então vim sozinha, mas não demoro.

— Está bem, logo eu chego, até depois!

— Eu sou amiga da sua mãe, sabia? — ela negou. — Sim, sou amiga! Aquela casa lá na frente é do meu marido, eu moro lá. Não é lá que ela trabalha? — ela ficou pensativa, abraçada no urso. — Vem! Eu lavo o seu sapato e digo que estava comigo, ela vai entender! — estiquei a mão.

A garotinha assentiu e veio bem devagar com um dos bracinhos erguidos, e o outro ela segurava o urso, que também estava molhado.

— Pode vir, está tudo bem! Segura na minha mão! — a chuva aumentou e a menina veio, porém um barulho atrás dela a assustou, assim que segurei a sua mão vi que era uma raposa, e a menininha praticamente se jogou em mim.

Senti o meu pé escorregar, e precisei empurrar a menina para a frente, que caiu no chão, e sem apoio o meu corpo foi para trás, me jogando naquela água fria do rio.

— AHHHH! — A garotinha gritou de medo da raposa.

— Ela não vai te atacar! — falei antes de afundar.

Me esforcei para tentar voltar para a superfície. Cheguei a ver que a raposa foi embora, mas o rio era fundo e não tinha nada para eu me agarrar que eu pudesse subir, ou sair, as laterais eram cobertas com barro, provavelmente seja, ou já foi um tanque de pesca, e percebi que eu não aguentaria por muito tempo.

Em uma das vezes que subi, avistei o rosto da garotinha me procurando, então não pensei duas vezes para pedir a ela que procurasse por ajuda.

— Pequena, busque ajuda! Chame a sua mãe ou qualquer um dos funcionários da casa. Avise que a esposa do Don caiu na água do rio, corre! — ela saiu correndo e eu tive esperança de que ela conseguiria, embora a distância não fosse pequena e eu precisaria aguentar firme até que ela voltasse.

O problema é que começou a ficar cada vez mais difícil de não afundar, e a água estava gelada demais, então senti uma dor imensa na cabeça e comecei a não conseguir ficar em cima, a chuva atrapalhava e o barro me fazia deslizar, eu estava machucando as mãos e não resolvia nada, então percebi que eu estava afundando.

— Don... — gritei mesmo sabendo que ele não estava ali, só um milagre me salvaria.

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