Resumo de Capítulo 83 O processo da cura – Uma virada em Vendida para o Don de Edi Beckert
Capítulo 83 O processo da cura mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Vendida para o Don, escrito por Edi Beckert. Com traços marcantes da literatura gangster, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
CAPÍTULO 84
Don Antony Strondda
— Antony, está indo pra casa? — Enzo me parou quando saía da boate.
— Sim! Resolvi ir mais cedo!
— Ótimo, também vou pra lá! Preciso buscar a Rebeca para provar o vestido!
— O da Fabi levaram até em casa! Mas já está pronto? Como conseguiu tão rápido?
— Ah, é que eles deram a opção dela ir até lá e escolher, acredito que seja melhor!
— Não vai olhar o vestido que dá azar! — brinquei.
— Mais do que já tenho é impossível! — sorriu. Eu entrei no carro, e o meu primo foi no dele.
Quando cheguei em casa estava chovendo, e estranhei ver uma garotinha no jardim, molhada e chorando, apontando para o lago, enquanto a Filipa a repreendia, mas quando ouvi parte da conversa, paralisei.
— MAMÃE A TIA TÁ LÁ, É VERDADE! ELA FALOU PARA CHAMAR O DON, SE A GENTE NÃO IR A RAPOSA BRABA VAI ATACAR ELA DENTRO DA ÁGUA! — Raposa? Água? Tia?
— Meu Deus, você vai ficar ainda mais doente, eu não devia ter deixado você aqui fora! A tal tia disse o seu nome? — nessa parte comecei a me lembrar que a Fabiana estava no jardim, comecei a sentir a gravata mais apertada no meu pescoço, saí na chuva, me aproximei da criança, indo perto da porta.
— Onde está a minha mulher? — perguntei, e vi que a Rebeca apareceu por lá.
— A minha irmã não está aqui dentro, a Danúbia comentou que ela foi no jardim, mas está chovendo... — nesse momento senti um desespero enorme.
— PORRA! CADÊ A FABIANA?
— Meu Deus, será que a tia que ela falou não é ela? — Quando a Filipa falou, eu corri para dentro da caminhonete, que estava parcialmente aberta, liguei a luz, meti a mão na buzina, para que dessem espaço e então pisei fundo, sentindo os pneus girrarem no mesmo lugar, e depois como louco atravessei aquele jardim, destruindo qualquer coisa que estivesse no caminho. Eu morreria se algo tivesse acontecido com ela.
Passei pelo canteiro de flores, e atropelei a cerca viva que cuidei por tanto tempo, as flores voaram pelo vidro, mas com a velocidade, foram caindo, provavelmente as rosas seriam destruídas, a reta era o caminho mais curto até o tanque.
Eu só via o lago, a raposa dificilmente a atacaria, mas se ela tivesse caído eu tinha pouco tempo, teria que ser muito rápido.
Fiz uma freada brusca, flores voaram longe, e num pulo eu desci da caminhonete. Estava chovendo mais forte, mas eu a vi...
Ela estava boiando na água, e havia flores que a caminhonete jogou, mas eu nunca aceitaria que ela estava morta, simplesmente me lancei na água em desespero e a agarrei nos braços, trazendo à tona uma dor, uma fúria imensa que nunca senti antes.
— NÃO!!! FABIANA VOLTA PRA MIM! VOLTA PRA MIM, NÃO ME DEIXE, FABIANA! — gritei como louco tentando acordá-la, mas ela estava gelada, pálida, parecia sem vida. Eu perdi o controle outra vez, comecei a bater no seu peito, mas a água estava me afundando também.
— FABIANA, ACORDA! POR FAVOR, FABIANA! — aquela água maledetta parecia querer me matar, estava difícil manter ela para cima e mover os pés para não afundar, era muito difícil de subir por ali com ela desacordada, eu não queria machucá-la.
Nada do que eu fazia parecia dar certo, ela não abria os olhos, mas o meu sentimento por ela e o desejo de trazê-la de volta para mim, eram maiores, eu não desistiria, mesmo que isso também me levasse à morte.
— ANTONY! TROUXE UMA CORDA, VOU PRENDER NA CAMINHONETE E PUXAR, CONSEGUE SUBIR COM ELA? — Enzo gritou lá de cima.
— SIM! VAI RÁPIDO! CORRE! — eu nem senti o peso dela nos meus braços, fiquei completamente cego, a carreguei com um braço e a segurei com outro, então vi que o Enzo deixou a caminhonete lá e veio me ajudar, puxando ela para fora, isso foi muito rápido.
— CALMA, RESPIRA, PRIMO! — o ouvi gritar.
Com ela na beira do rio, me aproximei tentando fazê-la respirar, fazendo respiração boca-a-boca, gritando, mas ela não reagia.
— ELA NÃO ESTÁ RESPIRANDO! NÃO ESTÁ RESPIRANDO! — gritei inconformado, não me importei em chorar naquele momento, foi mais forte do que eu poderia suportar.
— Aperta a barriga! Quer que eu tente fazer o procedimento? — eu estava nervoso demais, estava sem controle, não poderia deixá-la morrer por orgulho.
— O senhor é esperto! — falei e coloquei a Fabiana sobre a maca, então levei a mão na cintura e notei que perdi a arma no rio. — Enzo! Ligue na fazenda e dê meia hora para a minha pistola aparecer! — falei tranquilamente.
— Certo! Com licença!
O médico estava quieto e apenas perguntou o básico. Expliquei como as coisas aconteceram e o médico logo começou a fazer alguns procedimentos e eu não saí do lado dela por nem um minuto.
Por mais sério que eu estivesse, foi difícil me manter assim. Ao olhar pra ela toda molhada, com dificuldades em respirar, tossindo e em silêncio, me matava por dentro. Vi as suas mãos machucadas, e senti ódio por não ter destruído aquele tanque antes, todos sabem como é perigoso, ninguém vai lá.
Assim que ela foi atendida e transferida para o quarto, ela falou:
— Ainda bem que você chegou! Eu pensei que não me encontraria a tempo... — coloquei a mão no seu rosto.
— Eu fiz dar tempo, não aceitei te perder assim, sem nem poder dizer o quanto eu te amo! — limpei uma lágrima que caiu do meu rosto, rapidamente, e depois limpei o seu rosto.
— Me ama?
— Sim, tenho certeza... — choramos juntos.
— Porque? — ela olhava pra mim desesperada, parecia não querer correr o risco de perder nenhum detalhe, sei que ela esperava por isso. Comecei a tirar as suas roupas, ela precisava de um banho morno.
— Não consigo explicar..., mas você é como a luz do dia pra mim, como o ar que eu respiro, como a cura que eu tanto procurei! Como eu poderia não amar você? Se tudo o que sinto de bom vem de ti, amore mio?
— Obrigada...
— Não diga isso! — coloquei os dedos sobre a sua boca. — Eu nunca estive tão feliz em dizer essas palavras, a partir de hoje ouvirá todos os dias! — a carreguei no colo, já despida e agarrada em mim, para levá-la até o banheiro.
— Te amo, ragazza!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Vendida para o Don
A história no começo era boa mas do capítulo 100 pra la virou piada! Nunca vi tanto uma palavra em um livro como a palavra “assenti” so em um capítulo as vzs tem 4 a 5 vezes!...
Me interessei muito pela história, quando colocará mais capítulos? Ansiosa por mais...
Diz status concluído, cadê o restante dos capítulos?...
Quando vão postar os novos capítulos? Estou aguardando ansiosamente....