Vendida para o Don romance Capítulo 86

Resumo de Capítulo 86 O medo: Vendida para o Don

Resumo de Capítulo 86 O medo – Capítulo essencial de Vendida para o Don por Edi Beckert

O capítulo Capítulo 86 O medo é um dos momentos mais intensos da obra Vendida para o Don, escrita por Edi Beckert. Com elementos marcantes do gênero gangster, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

CAPÍTULO 87

Fabiana Prass

Eu não estava acreditando que o Don realmente me ama e dizia isso com todas as letras.

— Tive tanto medo... — sussurrei já debaixo da água no chuveiro.

— Eu também, ragazza! — olhei nos seus olhos e vi que eles não mentiram, nunca o vi assim, não como está hoje, ele também tremia, ficava me olhando inteira, e quando o seu olhar pousava na minha mão eu notava o seu desespero, eu tentava esconder, mas não resolvia.

— Viu... mesmo sendo o Don não pode aguentar e soportar tudo! Mas, se isso acontece é porquê tem sentimentos, Antony! Vamos tirar a tua roupa, está molhado e tremendo! — o puxei para perto de mim.

— Me senti um idiota hoje... parece que tudo o que eu fazia era inútil! Fico pensando o que aconteceria se o Enzo não tivesse chegado? Eu não conseguiria sair do tanque, e nem conseguiria te desafogar, ele precisou encostar nos seus lábios na minha frente para te salvar! — era nítido como aquilo o afetava. — E, tudo isso porquê eu perdi o controle... outra vez o perdi!

Comecei a tirar a sua roupa e o trazer para mais perto, eu já estava aquecida.

— Amor... escuta uma coisa, ok? — ergui o seu rosto. — Você é um ser humano e se perder o controle de vez em quando tudo bem! Não se cobre tanto, porque me apaixonei pelo homem bipolar, amo todas as suas versões!

— Só estou chateado porquê não te salvei!

— É claro que você me salvou! Você sabia onde eu estava, os outros, não! Não sei o que aconteceu quando desmaiei, mas se o seu primo me ajudou a voltar a respirar, eu não me lembro, porque o motivo de eu querer respirar de novo é você, foi o seu rosto que eu vi quando voltei a si! — me olhava com intensidade, embora seja o todo poderoso Don, pra mim é um homem simples e que eu amo, só precisa entender algumas coisas.

— Não o sentiu na sua boca? — abaixou o olhar.

— Não! — fui sincera, ele respirou fundo.

Vi que o tiro estava completamente aberto quando terminei de tirar a camisa e escorria sangue, como eu nem havia visto?

— Está aberto! Vamos pedir para o médico fazer pontos melhores! — ele assentiu.

— Tem razão, acho que agora vai precisar de um médico! — ele concordou comigo. Tirei a sua calça e também a cueca.

— Não vi o seu celular!

— Deve ter ficado na caminhonete! — ele realmente estava preocupado comigo, nunca fica sem o celular.

Cuidadosamente fui lavando o seu corpo, assim como fiz da última vez, mas agora ele fazia o mesmo comigo. Aquele olhar penetrante, a mão pesada, mas havia carinho, ele é assim, mas amo isso; acho que se tivesse as mãos leves eu não gostaria tanto.

Antony estava diferente, embora ele tenha dito que perdeu o controle, eu não acho que tenha sido pelo problema que a família dele diz que tem, todos nós podemos perder o controle de vez em quando, e ele está melhorando, sinto que está.

Fiquei de costas, ele não me deixou segurar o sabonete, porquê eu estava com as mãos machucadas, então foi lavando o meu pescoço e escorregando as mãos pelas minhas costas, e eu também fui relaxando mais.

Pelo espelho que havia na parede, observei que já estava voltando a minha cor, eu estava melhorando.

Quando saímos, um médico veio e refez os pontos do ombro do Antony, achei estranho que não questionaram nada sobre o tiro, pelo visto já sabem quem ele é.

— Já podemos ir, doutor? — ele questionou, vestindo uma roupa verde do hospital, igual a minha, depois do procedimento terminado.

— Precisamos que esperem um pouco, os exames que foram coletados da sua senhora estão quase prontos, precisamos deles para saber se está tudo bem! — Antony assentiu e o médico se retirou, então ele me chamou no sofá.

— Amore mio, agora me diga... porquê foi até lá sozinha? E, como aquela menininha sabia de você? — me virei pra ele imediatamente.

— Então a garotinha está bem? Eu fiquei tão preocupada!

— Sim, estava bem quando eu saí, mas quem é ela? — me virei melhor para ele.

— Filha da Filipa, parece que estava doente e ela a trouxe para o trabalho, e acabou fugindo, indo até lá. Eu tentei ajudá-la, pois estava chovendo e perigoso, mas uma raposa nos assustou e eu acabei caindo!

— CAZZO! Ela não devia deixar a menina lá fora! — mudou um pouco a sua respiração, que ficou mais agitada.

— Mas que porra! Vamos logo, enfermeira, onde está a cadeira? E também traga um cobertor para a Fabiana! — a moça ficou apavorada e saiu apressada do quarto.

Antony vestiu uma camisa que trouxeram e uma calça, em questão de minutos a enfermeira já voltou com as coisas, e o Antony me empurrou descalço, pois não deu tempo de calçar os sapatos dele; estava sério e sem dizer nenhuma palavra, até chegarmos na sala do médico.

— O que aconteceu, doutor? Porquê precisamos vir até aqui? — ele perguntou assim que entramos. Haviam dois médicos agora, um deles analisava alguns papéis, e então o outro disse:

— Os exames mostram que a sua esposa está grávida, sem sombra de dúvidas, pois a quantidade presente de HCG é alta...

— A Fabiana está grávida? — ele cortou o médico, todo ansioso, afobado; tinha um sorriso no rosto que me fez admirá-lo ainda mais.

— Sim...

— Caramba! Amore mio, teremos um bambino ou uma bambina! — se abaixou para me abraçar, mas as palavras do médico me paralisaram:

— Infelizmente a sua esposa passou por algo muito grave, teve uma queda, um desmaio, afogamento, ficou excessivamente gelada... — a cara do médico era assustadora, folheava uns papéis sem sentido nenhum, estava nervoso.

— Como assim? O que isso quer dizer? — perguntei, com o sorriso morrendo aos poucos.

— Quer dizer que precisamos verificar se o bebê resistiu, senhora! Por isso pedi para que viessem até aqui, vamos fazer isso imediatamente! — Antony ficou branco, eu já o via puxar a pistola e ameaçar o médico, mas ele se conteve e olhou pra mim, segurando o meu rosto.

— Está tudo bem, ragazza! Não importa o que aconteça, eu estou com você, babene? Se o bambino não resistiu, outro resistirá, não se preocupe! — ele estava tentando me consolar pelo olhar, por suas palavras, e isso me desesperou mais, eu poderia ter um filho morto na barriga, e comecei a chorar silenciosamente.

— Venha senhora! — a enfermeira chamou, e então eu me levantei com o coração na mão. O Don ficou de costas e ela ajeitou numa maca, cobriu a parte de baixo e passou um gel na minha barriga.

Um dos médicos sentou ali do lado e começou a passar uma maquininha por toda a parte de baixo da barriga, mas me desesperei quando não vi nada.

— O bambino está aí doutor? Não enrola, Cazzo!

— Acabei de encontrar... — respondeu o médico com a voz baixa, parecia procurar melhor pelo bebê. — Mas, eu não estou vendo movimento e nem batimentos, terei que fazer a transvaginal para ter certeza! — o meu coração parecia ter se quebrado, imediatamente levei a mão até a barriga e senti lágrimas quentes queimarem o meu rosto.

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