Vendida para o Don romance Capítulo 95

CAPÍTULO 96

Enzo Fernandez Duarte

Ao desligar a chave do carro, respirei fundo ao olhar o local do casamento, já estávamos com uma hora de atraso, então desci do carro e dando a volta, parei na janela falar com a fera.

— Fique no carro! Eu vou descer e ver se está tudo bem, se o padre que a sua mãe pediu ainda está ali, se não, terei que mandar buscar! — girei a pistola na mão fazendo pose, porém ela fez pouco caso, afirmou e depois ficou olhando as unhas como se eu não tivesse dito nada e ainda bocejou.

“Maledetta do diavolo!“

A encarei e segui com postura pela parte dos fundos, por sorte não me sujei com o sangue daquela gente, que veio nos atrapalhar justo hoje.

— Cadê o padre? — cochichei com a minha mãe!

— Enzo do céu! Está com uma hora de atraso, acho que o padre dormiu ali sentado, coitado... ficou com medo de ir embora! O que disse pra ele? — me olhou curiosa, com a mão na cintura. Estiquei a cabeça observando o tal padre que eu nem queria que viesse, mas tudo bem!

— Só lembrei que o contratei para o dia e a noite se fosse preciso! Com a noiva que tenho, nada é impossível e agora ela casa de qualquer jeito! — colocou a mão na boca.

— Ela está de acordo, não é? — olhei para a porta e vi que o meu pai já estava presente, havia passado da hora de começar a cerimônia, os convidados pareciam impacientes, aquilo estava me deixando mais irritado.

— Sim, mãe. Fique tranquila! — dei a volta no púlpito, olhei para os lados e peguei um copo que estava sobrando, que havia água, então ataquei no rosto do padre.

— Aí, Jesus, Maria, José! Alguém morreu? — o padre se apavorou todo, levantando apavorado.

— Se o acordei é porque ainda está vivo, mas se voltar a dormir, não terá o privilégio! — girei a pistola e ele arregalou os olhos se arrumando todo, esticando a batina.

— Que Deus o perdoe! — fez o sinal da cruz e tomou a sua posição. — A noiva, vem? — o encarei incrédulo.

— Claro que sim! E já pode começar a cerimônia, o meu sogro vai buscar a noiva! — ele assentiu todo trêmulo, e vi que procurava por algo, mas ignorei e pedi para o senhor Osvaldo buscar a Rebeca.

— O que foi, agora? O que perdeu? — questionei o padre, que não parava no lugar.

— A água benta que estava bem aqui! — ele procurava, então parou do nada, pensando e me olhando, confuso. — Jogou a água benta em mim? — dei um leve sorriso e peguei o copo, caminhei até o banheiro e trouxe outra água.

— Essa não dá! Não foi benzida! — o olhei furioso.

— Vai começar essa porra? Ou eu vou ter que apresentar a delicadeza da minha pistola?

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