Vendida para o Don romance Capítulo 97

CAPÍTULO 98

Fabiana Prass

— Meu Deus! Você é doido, assustar o seu primo desse jeito! — o olhei inteiro. — Antony, tem sangue na sua roupa! — disse assustada, tentando entender o que acontecia.

— Amore mio, está tudo bem! Os figlios de puttana foram capturados, vou ter uma longa conversa com eles depois, e a sua irmã está casando! Então respira, deixe o bambino descansar, babene? — balancei a cabeça incrédula.

— Babene! — respondi, mas a minha preocupação não passou, hoje é a primeira noite da Rebeca e ela parece tranquila demais.

Notei que eles demoraram um pouquinho para a festa, e os convidados já foram se servindo, hoje vou poder aproveitar melhor as guloseimas dos casamentos daqui, no meu eu ainda estava nervosa.

Quando me sentei fui surpreendida pelo Antony acariciando a minha barriga, enquanto me olhava.

— Não se preocupe, ragazza! Vou vingar todo o nervoso que vocês passaram hoje!

— Estou preocupada com a segurança! — ele acariciou a minha barriga outra vez.

— Haviam traidores no nosso próprio pessoal! Vou deixar a segurança com Alexander Caruso, o Siciliano! Ele tomará a frente, pelo visto é esperto e... o que está havendo? — fixou os olhos para os noivos que se serviam, mas o Salvatore se aproximou e todos vimos a Rebeca segurar o Enzo.

— Salvatore não está provocando o seu primo? — perguntei.

— O Enzo exagera um pouco, ele só chegou perto... — Don respondeu.

— Certo... tomara que fique tudo bem até acabar a festa!

— Espero...

Começamos a comer, e então parecia tudo bem. Até que a Rebeca me chamou para ir ao banheiro, e eu fui com ela.

— Fabiana me diz uma coisa, porque comecei a pensar e fiquei preocupada! — Rebeca encostou no sofá que ficava no banheiro.

— Diga.

— Um homem quando... quando... é... então...

— Fala de uma vez! Quer saber sobre a virgindade?

— Isso! É que o Enzo me disse que rasgaria esse vestido nos dentes, agora não sei se faz parte de uma brincadeira, ou...

— Ele disse isso? — ela assentiu. — Vishi, lascou!

— Porque? — arregalou os olhos, segurando mais firme no couro do sofá.

— É melhor não irritar o homem hoje, porque isso dói! E já notei que ele está bebendo mais, hoje...

— Rasgar o vestido com os dentes, ou... — ela parou a frase quando começou entender um pouco mais.

— Se dói não sei se vou querer! Duvido que o Enzo terá paciência!

— Vai precisar de muito jogo de cintura para enrolar o homem hoje!

— Não quero enrolar! — me chamou mais perto cochichando. — Estou curiosa com isso! Se casei, quero saber como é, só estou um pouco insegura, acho que vou seguir o teu conselho e vou acalmá-lo, hoje ele se estressou demais.

— Isso... melhor! — ela sorriu, levantou a mão para que eu tocasse, e se levantou mais tranquila.

Só que quando saímos do banheiro, Salvatore estava lá.

— Rebeca posso ter uma palavrinha com você? — ele pediu, entrei parcialmente na frente.

— Acho melhor, não! Sabe que o marido dela não vai gostar! — olhando para ele, não me parecia uma ameaça, então o ouvi:

— Você pode estar junto, daí não teremos problemas! — ele disse, então olhei para a Rebeca e me aproximei devagar.

Salvatore segurou nos ombros dela, e logo perguntou:

— Você realmente quis esse casamento? Está feliz com ele? — mas antes que eu tirasse a mão dele do ombro dela, Enzo apareceu e fez isso por mim... a confusão estava armada.

— Figlio de puttana! — ele deu um soco no Salvatore, e a Rebeca esqueceu tudo o que conversamos.

Rebeca Prass

— ESTÁ MALUCO? ESQUECEU O QUE CONVERSAMOS? — puxei o Enzo de perto do Salvatore, estava com vontade de matá-lo. Chegou a doer as pontas dos meus dedos ao apertar a gola do seu smoking, que aliás estava lindo, que ódio!

— Esse babaca fica me provocando! Está testando a minha paciência, Salvatore? Acontece que ela acabou, já chega! — Enzo foi pra cima outra vez e empurrou o Salvatore, então o puxei.

— Você combinou, Enzo! — falei brava, ele disse que iria se controlar e fez o contrário, então agradeci quando o Don chegou!

— Primo pode ir para a sua casa, eu cuido de tudo! Não estrague o seu casamento por isso! — foi o Don terminar de falar, e então o Enzo segurou no meu pulso, “ah não! Vai começar de novo!“

— Vamos embora! Tony tem razão, temos muito o que fazer hoje! — Enzo disse, já me puxando, ignorando o Salvatore.

Em poucos segundos eu já estava nos braços dele, “pelo menos não me deixou de ponta cabeça!“ Reclamei e tentei sair, mas ele parou no caminho.

— Não esqueça que os seus pais estão aqui, quer mesmo fazer um escândalo maior? — ele tinha a voz carregada de raiva, eu já não saberia dizer quem de nós estava mais irritado.

— Está me ameaçando, marido? — Ele fez sei lá o que, mas me girou no ar me deixando de frente.

— Uau! Marido é nova! — deu um sorriso descarado e me roubou um beijo, então gargalhou enquanto me carregava, se despedindo das pessoas, e para não ficar chato eu me calei. Enquanto eu queria apertar aquele pescoço, sorri... como se tivesse adorando e recebi felicitações.

Lá fora comecei a me debater e tentar descer.

— Me solta! Me solta! — mas, nada resolvia.

Enzo praticamente me enfiou dentro do carro.

— Você é um idiota, sabia? — ele não respondeu. — Pra quê foi bater no Salvatore? Ele só me fez uma pergunta!

— Tivesse perguntado pra mim que sou seu marido! Agora não... O folgado foi lá, tinha que ir lá e ainda colocar as duas mãos em você! Eu poderia matá-lo, sabia?

— Não poderia, ele é da família!

— Como sabe disso? — virou e me olhou, mas dei de ombros.

— Já ouvi muito sobre isso, não sou burra! Um membro da família não pode ser morto assim... aqui na máfia! — me ignorou. — Não vai falar nada? — ficou quieto. — NÃO VAI FALAR? VAI IGNORAR? — gritei empurrando o seu ombro, então do nada precisei me segurar onde pude.

Enzo deu um cavalinho de pau no carro, e o portão foi aberto, quando vi já estávamos de volta naquela casa que estraguei a panela, era bem próxima da cerimônia.

Ele acelerou, estacionou o carro, então gritou:

— TODOS PRA FORA! FIQUEM DO LADO DE FORA DO PORTÃO, E SE ALGUÉM ENTRAR AQUI SERÃO HOMENS MORTOS! — ele gritou e todos saíram, sumiram da nossa vista. Então, depois pegou pelo meu braço.

— O quê? O que está fazendo? Não vou entrar com você, assim! Olha como você está! ENZO... — ele olhou para os lados e então senti o meu corpo ser jogado na parede, meus braços foram erguidos e dentro de mim parecia estar descendo de uma montanha Russa, acho que cada parte do meu corpo se arrepiou. — O quê...

— Agora você é minha! Que se foda o resto! — me encarou de um jeito, que fiquei sem ar, deixei a minha cabeça terminar de encostar na parede daquela garagem, sentindo a enorme tensão sexual que tomou conta do ambiente. Não consegui falar mais nada, meus olhos apenas o observavam, cada nova reação que ele teria.

Eu não sabia o que estava acontecendo, ou o que ele iria fazer, e isso me deixou vulnerável a um ponto que senti o meu corpo mole, facilmente eu cairia.

Ele não desviou os olhos, soltou da minha mão e eu permaneci imóvel, apenas senti quando ele mexeu no meu cabelo soltando o penteado, e até os fios soltos encostando na minha pele me intrigou.

— Adoro cabelos soltos! — cheirou o meu cabelo e por um momento relaxei, soltei o ar devagar enquanto ele de olhos fechados parecia tão calmo.

— Eu ainda não esqueci que você quebrou o combinado... — sussurrei, o provocando.

[Rasg! reec! rip!]

Foi o barulho do primeiro movimento dele, quando rasgou a lateral do meu vestido, e voltei a parar de respirar, de piscar e de me mexer.

“Merda! A Fabi me avisou para não provocar!“

“Ainda bem que ela sabe como esqueço rápido de algumas coisas!“

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