Vendida para o Don romance Capítulo 98

CAPÍTULO 99

Rebeca Prass

Enzo parou me encarando, e parecia que eu o ouvia me dizer: “eu disse que rasgaria!“ E isso, apenas com um olhar. Como seria, possível?

Senti o vento batendo na minha pele e tentei segurar o vestido. Mas bastou um movimento meu e ele ainda sério me ergueu novamente, mas foi tão rápido que não senti isso, quando vi já estava dentro daquela casa, e ainda respirava com dificuldades.

As Luzes estavam acesas e do nada fui jogada numa cama, que pelo menos era macia. Ele não se preocupou em fechar a porta, então como fiquei observando ele logo percebeu:

— Ninguém ousaria entrar aqui! — falou e arrancou os sapatos. Encostei melhor na cama, ainda segurando firme o que restou do vestido, e o vi arrancar o smoking, a gravata, e abrir parcialmente a camisa, então acho que essa foi a primeira vez na vida que paralisei e continuei imóvel sem conseguir nem me levantar, o meu corpo não me obedeceu.

— Eu disse que rasgaria nos dentes! Não estava brincando, garçonete! — falou enquanto vinha sobre mim na cama, e não acreditei que era verdade. A adrenalina corria solta dentro de mim, e eu não poderia fazer nada, ou talvez eu nem quisesse sair dali, pois era eletrizante imaginar o que ele faria e como rasgaria o restante do vestido.

— Então foi por isso que rasgou só uma parte? — tomei coragem de perguntar, mas ele riu.

— Como sempre, falando demais! — recebi um sorriso safado, suas mãos se apoiaram sobre a cama, ele me lançou outro olhar e abri a boca sentindo o turbilhão de emoções que vinham da minha barriga.

Então ele abriu a boca num movimento ágil e firme, e com os dentes continuou a rasgar onde havia começado, e pelo visto sabia muito bem o que estava fazendo, rasgou quase toda a lateral do belo vestido, e eu não fiz absolutamente nada para impedir, acabei soltando o tecido que se tornou inútil segurar.

Abri ainda mais a boca puxando todo o ar que eu conseguia para dentro de mim, até não aguentar mais, e soltei quando senti a língua dele sobre a minha pele perto do seio.

— Enzo... — sussurrei sem querer, parecia mais um gemido. As minhas mãos estavam suando, segurei a camisa dele pelos ombros, mas com o movimento brusco dele para rasgar o restante, as minhas mãos ficaram bobas, se soltando facilmente e batendo na cama como se eu fosse uma grande boneca de pano.

Com a boca ele abriu totalmente o vestido, vislumbrando o meu corpo, que tinha os seios expostos e uma calcinha discreta na cor branca. Então, vi quando os seus olhos assumiram um brilho diferente e o seu semblante era de desejo, agora eu entendia um pouco do que é o desejo de um homem. Será que tenho sorte desse homem ser meu?

— Que seios, hein? Caralho! — ele engoliu o meu seio esquerdo, e cheguei a sentir as suas unhas apertarem as minhas costas, e os seus dedos se moviam acariciando a minha pele, mas não era realmente como uma carícia, porquê ele apertava forte, chegava a causar uma pequena dor na pele.

— Enzo! — sussurrei ao sentir prazer com a boca dele sugando o meu seio daquele jeito, a sua cabeça chegava a correr de um lado para outro, ele parecia ter pressa.

Do nada eu voltei a si e percebi que aquele homem estava fazendo o que queria comigo, eu precisava fazer algo. Aproveitei a oportunidade e quando ele deu uma leve afastada, eu virei de bruços, em questão de segundos engatinhei na cama, fugindo dele, peguei um travesseiro cobrindo o corpo, e fiquei em pé e praticamente nua a apenas uma cama de distância dele, tentando normalizar a respiração.

Enzo me olhou de um jeito indecifrável, não se desesperou, apenas soltou um sorriso maroto e deu passos lentos ao redor da cama, que a cada vez que ele andava o meu coração saltava diferente. Olhei muitas vezes para a porta, existiria uma forma de fugir? Eu conseguiria algo com isso?

— Você fica uma delícia fingindo estar com medo, deveria fazer isso mais vezes, não sabe como me excita te olhar assim! — parou a dois passos de mim e terminou de abrir os botões da camisa, depois a arrancou e jogou no chão, até que soltou o cinto enquanto me encarava e engoli seco quando o vi completamente nu na minha frente.

Não consegui evitar olhar o corpo dele, e só percebi a merda que fiz quando deixei o travesseiro cair no chão, então era tarde demais, Enzo simplesmente me prendeu de costas nele e me jogou de bruços na cama.

— Ah meu Deus! O que está fazendo? — soltei uma voz de desespero, quando senti a sua boca beijando a minha nuca, e a sua mão na minha bunda.

— Me diz Rebeca... diz que nunca foi de outro! — a sua mão entrou por baixo da calcinha e gemi. — Fala Rebeca! — fiquei calada, então ele simplesmente puxou a minha calcinha, o que me deixou irritada, o empurrei chutando o seu corpo com as pernas.

— Eu não vou repetir isso, seu louco! Tá pensando o quê? Que me deixando sem ar, sem me mover, sem fazer nada, eu vou aceitar? — falei alto, enquanto lutava contra ele, que tentava segurar as minhas mãos na cama de novo, me empurrando para trás.

— Bom saber que te causo tantas coisas! — gargalhou, então empurrei o Enzo ainda mais, só que ele foi me vencendo, até que as minhas mãos encostaram totalmente no colchão e ele me beijou.

Seria hipócrita se dissesse que não gostei.

Enzo tem um beijo louco, daqueles que te deixa tonta, e fui fisgada aí, soltei as mãos e ele continuou segurando enquanto me beijava.

Fui para outro planeta, só pode. Eu nunca havia sentido aquele prazer em estar com um homem, a pressão das suas mãos dele me prendendo, me deixava ainda mais louca, a insegurança também me intrigava, me fazia querer saber mais. O que viria depois daquilo?

Ele foi soltando uma das minhas mãos e então gemi na sua boca quando senti os seus dedos lá em baixo, a sua mão encontrou a minha área íntima. Tive medo, mas não me deixei levar, prossegui.

O meu corpo deu uma leve tremida, e ele parou.

— Está tudo bem? — quando apenas assenti ele sentou na cama, tirando as mãos do meu corpo, me observando, então já respondeu:

— Não, não está tudo bem, se estivesse, estaria me batendo ou respondendo... você realmente está com medo?

— Não... — Enzo me ergueu para os travesseiros, e deitou perto de mim.

— Te assustei ragazza? — com a palma da mão aberta ele tocou o bico do meu seio devagar enquanto me olhava, e senti algo estranho no meio das pernas.

— O que está fazendo? Porque sinto algo estranho?

— Quer que eu pare? — a sua voz soou mais mole.

— Não.

— Se não quiser continuar te dou apenas uma chance para desistir, e depois vou continuar de onde parei. — passou a mão no outro seio e abri a boca num outro gemido. — Só não esqueça que não sou romântico. Bom, você já sabe! — colocou a mão pelo centro dos seios e desceu pela barriga.

— Ahhh...

— Apenas responda! O seu tempo acabou! — desceu ainda mais e aquilo parecia tortura.

“Merda!“

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