Quando comecei a escrever esta história, sabia que ela seria sobre muito mais do que romance. Seria sobre perda, superação e, acima de tudo, sobre a coragem de se abrir para o amor novamente.
Lorenzo era um homem marcado por uma dor impossível de apagar. Ele havia perdido o amor de sua vida em uma fatalidade que carregava como culpa todos os dias. Essa ferida o convenceu de que estava destinado a viver o resto dos seus anos sozinho, protegido atrás de muros altos que ninguém ousava atravessar.
Mas ele não estava sozinho. Havia Aurora, a sua filha, que também carregava a dor da perda. Após a morte da mãe, a menina se fechou completamente para o mundo, deixando de falar e se afastando de tudo e todos. O sorriso que antes iluminava a casa havia desaparecido, e Lorenzo, mesmo amando profundamente a filha, sentia-se impotente diante do silêncio dela.
Isabella, por outro lado, conheceu cedo demais o peso da saudade. Perdeu os pais ainda jovem e precisou amadurecer antes da hora. Criada pela avó, encontrou em um lar simples, mas repleto de afeto, a base para se tornar uma mulher forte, generosa e cheia de luz, mesmo depois de tantas perdas.
O destino uniu esses três corações feridos. Lorenzo, um homem fechado, preso ao luto. Aurora, uma menina que havia perdido a voz e a alegria. E Isabella, uma jovem que sabia amar sem medidas, mesmo carregando suas próprias cicatrizes. A ligação entre eles nasceu de forma inesperada, quase silenciosa, mas cresceu através de gestos simples, conversas ao entardecer e do cuidado mútuo. Com paciência e amor, Isabella ajudou Aurora a se abrir novamente, a sorrir, a falar… e, acima de tudo, a amá-la como a mãe que o destino lhe tirou cedo demais.
Escrever sobre a transformação de Lorenzo, de um homem que se recusava a sentir para alguém que reencontrou o sentido da vida, e sobre o renascimento de Aurora foi emocionante e, muitas vezes, desafiador. A força e a ternura de Isabella mostraram que o amor não apaga o passado, mas pode iluminar o caminho à frente, tornando o fardo mais leve.
Quero agradecer a cada leitor que se emocionou com eles, que entendeu suas dores e que torceu para que encontrassem a felicidade que mereciam. Lorenzo, Isabella e Aurora são a prova de que, por mais profundas que sejam as cicatrizes, o amor é capaz de curar, reconstruir e transformar.
Obrigada por fazer parte desta jornada, onde um viúvo que acreditava ter perdido tudo, uma filha que havia se fechado para o mundo e uma jovem que aprendeu a ser forte sozinha descobriram que o verdadeiro lar não é um lugar… é a pessoa que escolhe caminhar ao seu lado, todos os dias.
Com carinho, Annanda!
E em breve vem novidade por aí…

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Os comentários dos leitores sobre o romance: A Babá Virgem e o Viúvo que Não Sabia Amar