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A filha do meu padrasto romance Capítulo 122

MELISSA

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Depois do momento incrível que tivemos juntos, ficamos agarradinhos na cama, como se já tivéssemos o costume de fazer isso, e embora não fosse a hora adequada, eu precisava conversar com ele sobre a Yanka.

— Eu não quero estragar o momento, mas precisamos conversar sobre um assunto bastante delicado.

Diego: Se for sobre a Cecília Mel, ela não será um problema entre nós dois.

— Não é sobre a Cecília e sim sobre a...

Eu travei literalmente, pois eu não queria que parecesse que eu estava cobrando algo dele, pois ainda não tínhamos um compromisso, mas mesmo eu não pronunciando o nome dela, ele já sabia de quem eu estava falando.

Diego: Sobre a Yanka não é? Você já sabe que ela voltou, não sabe?

Eu sentei na cama, enrolada no lençol e o encarei.

— Sim, como você sabe que ela está de volta?

Ele sentou também e ficou de frente pra mim.

Diego: Ela me mandou uma mensagem ontem.

— E o que havia na mensagem?

Perguntei, como uma namorada ciumenta.

Não era essa a impressão que eu queria passar, mas depois do que ela havia feito no meu relacionamento com o Rodrigo, eu não queria ter que passar pela mesma coisa com o Diego.

Diego: Ela avisou que estava em Fortaleza e perguntou se a gente poderia se encontrar.

— E o que você respondeu?

Diego: Eu ainda não respondi ela Mel, queria primeiro conversar com você.

— Então você pretende encontrar ela?

Diego: Sim, pretendo.

Eu levantei da cama, incapaz de pensar em algo coerente pra dizer, eu estava sentindo uma mistura de raiva, ciúmes e insegurança.

Deixei o lençol em cima da cama e fui caminhando pro banheiro, sentindo as lágrimas molharem meu rosto.

Diego: Mel, você vai sair assim sem me ouvir?

Eu parei no meio do caminho e o olhei, e ele já estava levantando da cama e indo atrás de mim.

— Se você tem intenção de voltar com ela, por favor, me fale, pois o que eu passei tentando superar o Rodrigo, foi um verdadeiro inferno, e eu não quero me apegar a você e ser passada pra trás novamente.

Falei sentindo a angústia me dominar.

Ele se aproximou de mim, e tentou limpar minhas lágrimas, mas eu virei o rosto.

Diego: Eu não sou o Rodrigo Melissa, e eu não tenho nenhuma intenção de voltar com a Yanka.

— Então qual a necessidade de você ir encontrá-la?

Diego: Eu não quero que nós dois sejamos um segredo, nem pra ela e nem pro Rodrigo.

Eu disse que queria conversar com você, pra entender melhor qual as chances que tenho de ficar com você.

Na cabeça da Yanka, ainda deve rolar o pensamento que ainda temos uma chance juntos, assim como isso rola na cabeça do Rodrigo.

Eu vou encontrá-la, mas não é pra reatar nada, mas pra colocar um ponto final na história que tivemos juntos, e deixá-la ciente sobre o meu envolvimento com você.

Ele se aproximou ainda mais de mim, envolveu a minha cintura e me olhou nos olhos.

Diego: Você já tinha o meu coração antes do que aconteceu aqui hoje Mel, eu não quero mais ninguém que não seja você.

Fui caminhando pra minha suíte sentindo vontade de sumir.

— Eu nunca mais quero olhar pra cara do Diego. Falei aos prantos, enquanto colocava as minhas coisas na mala.

Peguei dinheiro e o meu cartão de crédito e botei no bolso do meu short, peguei a mala e saí, eu estava decidida a ir embora.

Peguei o elevador, passei pela recepção e entreguei as chaves da suíte, a recepcionista ficou sem entender nada, já que cheguei lá acompanhada do chefe dela.

Saí do hotel e logo avistei um táxi.

— Me leve para o aeroporto, por favor.

O taxista guardou a minha mala, e eu entrei no táxi, voltando a chorar.

Assim que cheguei no aeroporto, o meu celular começou a tocar, eu não precisei olhar pra saber quem era, o celular tocou mais cinco vezes, até eu decidir desligá-lo.

— Já era Diego, ainda bem que você me mostrou quem era antes de eu me ferrar mais uma vez. Pensei.

Fui comprar a minha passagem, e graças a Deus consegui pra uma hora depois.

Durante o meu voo de volta pra casa, fiquei pensando no quanto eu tinha o dedo podre pra homens.

"Será que nunca vou encontrar alguém que me respeite e me trate da forma como eu mereço?"

Pensei, tentando controlar minhas lágrimas.

Quando cheguei no meu apartamento, já era quase 22:00.

Coloquei a mala no meu quarto, e deitei na cama, e mais uma vez, ela foi quem acolheu o meu choro.

Eu chorei tanto, que acabei pegando no sono, ainda com a roupa no corpo, eu não sei que horas apaguei, mas quando acordei, já passava das 08:00 e eu dei um pulo da cama, sentindo a minha cabeça estourar de dor, achando que estava atrasada pro trabalho, mas lembrei que ainda era domingo, e que eu poderia estar em Salvador, isso se não fosse o fato do Diego ser mais um babaca na minha vida.

— Que falta de sorte a minha.

Pensei.

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