RODRIGO
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Quando cheguei em casa, fui tomar um banho e depois deitei na cama pra tentar dormir, já que eu não tinha dormido nada pela madrugada pensando na suposta viagem da Melissa com aquele filho da puta, e ela nem se quer respondeu a minha mensagem.
Quando pensei que finalmente iria dormir, o meu celular tocou, e eu imaginei que fosse o Demétrio querendo conversar sobre a noite anterior, mas quando olhei pra tela, o sono passou imediatamente.
— O que deu em você pra me ligar?
Perguntei pra Yanka assim que atendi.
Yanka: Preciso conversar com você, posso ir na sua casa?
— Você quer conversar mesmo ou quer que eu te coma?
Yanka: Eu sabia que era só um teatro.
— Do que você está falando?
Yanka: Você saiu daqui com um papo maduro, dizendo que gosta de mim, mas vai respeitar o meu espaço, e basta eu ligar pra você, pra você vir com a mesma conversa safada de sempre.
— Eu estou respeitando o seu espaço, quem quer vim até aqui é você.
Yanka: Sim, apenas pra conversar, não pra ser tratada como lixo, como você me tratou da última vez.
— É, olhando por esse lado, a gente precisa dessa conversa mesmo.
Yanka: Você consegue respeitar meu espaço sem colocar a mão em mim?
— Não sei, vou saber quando você chegar aqui.
Yanka: Deixa pra lá Rodrigo, eu pensei que a gente pudesse ter uma conversa decente, mas é perca de tempo.
— Espera, eu...
Ela desligou na minha cara.
— Que porra!
Esbravejei.
Tentei ligar pra ela, mas ela não atendeu, então decidi mandar uma mensagem.
" Desculpa Yanka, prometo que vou tentar não tocar em você, vou te mandar a minha localização, espero você ".
Eu não tinha certeza se ela viria, e nem ao certo o que ela queria falar, mas que a gente tinha vários assuntos inacabados, nós tínhamos.
Eu não consegui mas sossegar, e quando olhei o relógio, já havia se passado uma hora da mensagem que mandei.
Eu estava nú na minha cama, então eu decidi colocar um short e ir no jardim, foi então que a minha campanhia tocou.
Eu já sabia que era ela, pois as únicas pessoas que pisavam na minha casa eram o Demétrio e a minha mãe, mas eles sempre avisavam.
Quando abri a porta, ela já não estava mais com aquele vestido tentador, mas não existia roupa que ela vestisse que não a deixasse incrivelmente gostosa.
Yanka: Nossa Rodrigo, disfarça pelo menos.
Falou entrando na minha casa.
— Eu tento, mas você usando essas roupas, não ajudam em nada na minha evolução pra ser um ser humano melhor.
Falei com deboche.
Fechei a porta e caminhei por todo o jardim, até chegar na área gourmet, onde pudemos sentar ao lado da piscina.
— Então Yanka, qual é o assunto?
Perguntei sem segundas intenções.
Yanka: Eu não parei de pensar no que você disse.
— Sobre o quê?
Yanka: Sobre respeitar o meu espaço, eu quero que você realmente respeite o meu espaço Rodrigo, pois eu quero ter o direito de conhecer alguém sem a sua interferência, ou até mesmo tentar uma reconciliação com o Diego.

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