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A filha do meu padrasto romance Capítulo 139

MELISSA

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Já haviam se passado três dias desde que fui na casa do Rodrigo, e parecia que tudo estava se repetindo, a única diferença era que dessa vez, eu não estava tendo o apoio do Diego, pois ele não me ligou mais, desde a nossa discussão.

A Rayssa tinha percebido que eu voltei a ser o mesmo robô de antes e passou os três dias perguntando o que havia acontecido comigo, mas eu fiquei com vergonha de falar do vacilo que dei, quando transei com o Rodrigo, e da injustiça que cometi com o Diego.

— Ele nunca vai me perdoar quando souber que eu transei com o Rodrigo, mesmo depois de tudo o que ele fez.

Falei pra mim mesma, sentada na cama, pensando em fazer a maior loucura da minha vida, mas que eu sabia que era necessário.

Esses três dias serviram pra eu ver que eu não estava nada bem, que aquilo tudo não estava me fazendo bem, e que eu precisava de um tempo pra colocar a minha cabeça em ordem.

Peguei o meu celular, e liguei pra clínica avisando que eu não poderia comparecer no trabalho, pois precisava resolver um problema familiar, e com o meu histórico impecável de zero faltas, minha chefe compreendeu.

Peguei uma bolsa, coloquei algumas roupas dentro, apenas pra um dia, pois eu iria voltar no dia seguinte, peguei tudo o que eu iria precisar, pra enfrentar uma viagem de quatro horas.

Peguei o meu carro, enchi o meu tanque de gasolina, deixei o celular conectado com o carro caso alguém ligasse pra mim, e segui viagem pra casa dos meus pais.

Eu sabia que a conversa com eles não iria ser fácil, mas era necessário, e era o tipo de coisa que não poderia ser dito pelo telefone.

Eu sabia que pra mim ter uma vida tranquila, equilibrada, eu precisava me curar de verdade.

Eu já tinha saído da cidade de Fortaleza, quando o meu celular tocou, e eu quase perdi o foco da direção quando vi que era o Diego.

Atendi a ligação pelo carro, sem saber exatamente o que falar.

— Oi Dih.

Falei.

Diego: Estou te atrapalhando?

— Na verdade não, eu estou no carro indo pra cidade dos meus pais.

Diego: Como assim? Você não está trabalhando? Não tem aula pra você hoje?

— Espera Diego, eu vou parar em um acostamento pra falar melhor com você. Tudo bem?

Diego: Eu posso ligar depois se você quiser.

— Não, eu vou conversar com você agora.

Assim que parei o carro, eu precisei ter coragem pra começar a falar, pois aquela conversa poderia tirar o Diego de vez da minha vida.

— Pronto, eu já estou parada.

Diego: Porquê você está indo pra casa dos seus pais?

— Porque eu preciso conversar com eles sobre eu trancar a minha faculdade por 1 semestre e também quero pedir demissão do meu emprego.

Diego: Porquê isso agora Mel?

— Eu pensei que estava bem, eu pensei que eu havia superado o Rodrigo, mas eu não estou bem e eu não superei.

Diego: É claro que não superou, só fazem três meses, eu só não sei o que isso tem haver com você trancar sua faculdade e sair do seu emprego.

— Porquê eu preciso cuidar de mim Diego, você não entende? Eu preciso sumir por um tempo, preciso colocar a minha cabeça em ordem.

Falei com a voz embargada.

Diego: Calma Mel, me diz o que aconteceu pra você chegar a esse extremo? Algo deve ter acontecido. Você não iria decidir isso do nada.

— Tudo bem. Eu estou voltando.

Falei puxando o ar.

Diego: Tudo bem, aqui a gente conversa melhor.

Quando ele desligou, eu voltei a chorar, existia tanta dor dentro de mim, tanta culpa pelo que fiz, que era impossível me manter no controle.

"Não foi essa vida que eu imaginei pra mim, os meus planos e sonhos estavam tão vivos dentro de mim antes do Rodrigo, e agora parece que nada mais faz sentido"...Pensei.

Quando faltavam apenas 15 minutos pra chegar, eu aproveitei o sinal fechado pra avisar pro Diego que eu estava chegando.

Quando eu cheguei em frente ao prédio, ele já estava lá, me esperando.

Eu liberei a entrada do meu carro e do dele, e quando eu desci e o encarei, eu desabei novamente.

Ele não me olhou com julgamento, muito pelo contrário, ele me abraçou, beijou a minha testa, e ficou um longo período me acalentando, esperando que enfim eu me acalmasse.

— Quem faz isso?

Perguntei acolhida nos braços dele.

Diego: Isso o quê Mel?

— Isso que você está fazendo. Você está me abraçando mesmo depois do que eu fiz.

Diego: Alguém que gosta de você o suficiente pra entender que tem coisas que não estão sob o seu controle.

Anda, vamos pro seu apartamento.

Pegamos o elevador, e ele não me largou nem por um momento sequer.

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