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A filha do meu padrasto romance Capítulo 145

Eu não tive nenhum problema pra entrar no prédio, o meu nome já constava como moradora.

Assim que entrei no meu apartamento, eu quase tive um mini infarto de tão perfeito que estava.

— Meu Deuuus, o que é issoooo?!

A Laura havia deixado o meu apartamento impecável, eu não teria feito coisa melhor, estava simplesmente magnífico.

Eu fiquei tão emocionada que comecei a chorar, tudo bem que eu já estava acostumada com o luxo, mas eu estava olhando pro meu cantinho, um lugar só meu.

Fui até a minha sacada, e vi o imenso mar a minha frente, e eu me senti realizada.

Passei o dia curtindo o meu espaço, pedi comida, assisti um bom filme, a tarde tomei um café olhando pro mar e o movimento da orla, um verdadeiro sonho, eu senti paz.

No fim do dia, eu limpei e organizei tudo e depois voltei pra casa da Laura.

Eu esperei eles chegarem do trabalho pra voltar a agradecê-los.

— Lauraaa, eu fui no meu apartamento hoje e fiquei emocionada, está tudo tão perfeito que eu não teria feito melhor do que aquilo, mais uma vez, muito obrigada.

Laura: Ah Yanka, que bom que você gostou, eu fiquei preocupada de ter feito algo que não fosse do seu agrado.

Eu voltei a abraçá-la e o meu pai ficou todo bobo olhando pra gente.

"O Rodrigo não herdou em nada a bondade e o caráter dessa mulher"... Pensei.

Pai: Bom, vou pedir uma boa comida pra gente.

— Tá bom, eu vou só tomar um banho e é o tempo que a comida chega.

Depois do banho, eu desci e jantei com eles e conversamos sobre tudo, sobre o apartamento, faculdade, emprego e fazia bastante tempo que eu não me sentia assim, tão feliz e tão leve.

Quando fui pro meu quarto dormir, fiquei pensando no Matheus.

— Amanhã já é quarta-feira, e eu não o vejo desde o domingo, e eu nem tenho o número dele pra perguntar como ele está e quais são os dias das aulas, talvez eu esteja até perdendo elas sem saber. Falei pra mim mesma.

Dormi fazendo planos pra ir até a loja dele no dia seguinte.

Quando o dia amanheceu, eu desci pra tomar café da manhã e depois voltei pro quarto pra me arrumar e ir falar com o Matheus.

Eu não sabia exatamente o que falar, pois ele não me procurou, e eu não queria parecer uma desesperada por atenção.

Assim que cheguei na loja, falei com o mesmo rapaz que me atendeu da primeira vez.

— Oi, bom dia, o Matheus está?

Gabriel: Bom dia, ele saiu e só volta no fim da tarde.

— Você pode me dar o endereço da casa dele?

Gabriel: Ele mora aqui mesmo, em cima da loja, aqui na lateral tem um portão de alumínio, é só tocar a campanhia.

— Ah, obrigada pela informação então.

Isso explicava o motivo dele ter descido em frente a loja quando fomos almoçar juntos.

Quando eu estava quase chegando na casa da Laura novamente, esqueci que não tinha pego o número dele, senti vontade de voltar, mas desisti.

Eu estava tão bem, que eu nem senti falta do Rodrigo, e na minha cabeça eu estava começando a superá-lo, mero engano.

A noite chegou, eu tomei um banho, escolhi um vestido de alcinha preto e curto, que ficava perfeito no meu corpo.

Coloquei uma gargantilha, uma pulseira e um brinco, passei um perfume leve, e um batom clarinho, peguei uma bolsa e guardei as chaves do meu apartamento, o meu celular, meu cartão, e fui até onde o Matheus morava.

Fiquei uns cinco minutos criando coragem pra tocar a campanhia.

Matheus: Não vai tocar?

Eu dei um pulo de susto ao ouvi-lo falando atrás de mim.

— Meu Deus Matheus, quer me matar de susto? Falei levando a mão até o coração.

De onde é que você vem? Perguntei.

Matheus: Eu estava ali do outro lado sentado olhando se você tocaria a campanhia ou não.

Eu fiquei vermelha de vergonha, sabendo que ele passou esse tempo todo me observando.

Assim ele fez, e não houve problemas em entrar.

Ele estacionou o carro, e fomos em silêncio dentro do elevador, ele não sabia exatamente onde eu estava o levando, mas parecia prestar atenção em todas as minhas reações.

— É aqui, falei abrindo o meu apartamento pra ele entrar.

Ele entrou, analisou tudo a volta dele e depois me encarou, esperando que eu falasse algo.

— Você disse que sair da casa da Laura seria um bom começo, e esse é o meu apartamento, ele foi mobiliado ontem, eu só estou na Laura por uns dias, até o meu pai comprar o meu carro.

Ele ficou surpreso, mas deu pra perceber o sorriso de satisfação dele.

Matheus: E o Rodrigo não sabe desse apartamento?

— Ele sabe que eu vou morar sozinha, só não sabe onde fica.

Ele caminhou até a sacada, e o vento estava maravilhoso, eu fiquei do lado dele, e voltamos a conversar enquanto olhamos o mar.

Matheus: O quanto você me quer perto? Perguntou olhando pra mim.

— O necessário pra que você não se machuque.

Matheus: Então eu vou me machucar menos sendo apenas seu amigo?

— E você queria ser mais do que isso?

Perguntei sem desviar o meu olhar do dele.

Ele se aproximou de mim, colocou a mão na minha cintura, e me colocou de costas pro mar e de frente pra ele.

Matheus: O que você quer Yanka? Perguntou com o corpo colado no meu, e a minha pele toda arrepiou.

— Eu quero a paz de um amor tranquilo.

E sem esperar muito, ele me beijou, um beijo lento e ao mesmo tempo profundo, parecia que só existia nós dois no mundo, um beijo que não dava pra largar com tanta facilidade.

Em nenhum momento ele tentou algo, nós apenas nos beijamos.

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