Eu não tive nenhum problema pra entrar no prédio, o meu nome já constava como moradora.
Assim que entrei no meu apartamento, eu quase tive um mini infarto de tão perfeito que estava.
— Meu Deuuus, o que é issoooo?!
A Laura havia deixado o meu apartamento impecável, eu não teria feito coisa melhor, estava simplesmente magnífico.
Eu fiquei tão emocionada que comecei a chorar, tudo bem que eu já estava acostumada com o luxo, mas eu estava olhando pro meu cantinho, um lugar só meu.
Fui até a minha sacada, e vi o imenso mar a minha frente, e eu me senti realizada.
Passei o dia curtindo o meu espaço, pedi comida, assisti um bom filme, a tarde tomei um café olhando pro mar e o movimento da orla, um verdadeiro sonho, eu senti paz.
No fim do dia, eu limpei e organizei tudo e depois voltei pra casa da Laura.
Eu esperei eles chegarem do trabalho pra voltar a agradecê-los.
— Lauraaa, eu fui no meu apartamento hoje e fiquei emocionada, está tudo tão perfeito que eu não teria feito melhor do que aquilo, mais uma vez, muito obrigada.
Laura: Ah Yanka, que bom que você gostou, eu fiquei preocupada de ter feito algo que não fosse do seu agrado.
Eu voltei a abraçá-la e o meu pai ficou todo bobo olhando pra gente.
"O Rodrigo não herdou em nada a bondade e o caráter dessa mulher"... Pensei.
Pai: Bom, vou pedir uma boa comida pra gente.
— Tá bom, eu vou só tomar um banho e é o tempo que a comida chega.
Depois do banho, eu desci e jantei com eles e conversamos sobre tudo, sobre o apartamento, faculdade, emprego e fazia bastante tempo que eu não me sentia assim, tão feliz e tão leve.
Quando fui pro meu quarto dormir, fiquei pensando no Matheus.
— Amanhã já é quarta-feira, e eu não o vejo desde o domingo, e eu nem tenho o número dele pra perguntar como ele está e quais são os dias das aulas, talvez eu esteja até perdendo elas sem saber. Falei pra mim mesma.
Dormi fazendo planos pra ir até a loja dele no dia seguinte.
Quando o dia amanheceu, eu desci pra tomar café da manhã e depois voltei pro quarto pra me arrumar e ir falar com o Matheus.
Eu não sabia exatamente o que falar, pois ele não me procurou, e eu não queria parecer uma desesperada por atenção.
Assim que cheguei na loja, falei com o mesmo rapaz que me atendeu da primeira vez.
— Oi, bom dia, o Matheus está?
Gabriel: Bom dia, ele saiu e só volta no fim da tarde.
— Você pode me dar o endereço da casa dele?
Gabriel: Ele mora aqui mesmo, em cima da loja, aqui na lateral tem um portão de alumínio, é só tocar a campanhia.
— Ah, obrigada pela informação então.
Isso explicava o motivo dele ter descido em frente a loja quando fomos almoçar juntos.
Quando eu estava quase chegando na casa da Laura novamente, esqueci que não tinha pego o número dele, senti vontade de voltar, mas desisti.
Eu estava tão bem, que eu nem senti falta do Rodrigo, e na minha cabeça eu estava começando a superá-lo, mero engano.
A noite chegou, eu tomei um banho, escolhi um vestido de alcinha preto e curto, que ficava perfeito no meu corpo.
Coloquei uma gargantilha, uma pulseira e um brinco, passei um perfume leve, e um batom clarinho, peguei uma bolsa e guardei as chaves do meu apartamento, o meu celular, meu cartão, e fui até onde o Matheus morava.
Fiquei uns cinco minutos criando coragem pra tocar a campanhia.
Matheus: Não vai tocar?
Eu dei um pulo de susto ao ouvi-lo falando atrás de mim.
— Meu Deus Matheus, quer me matar de susto? Falei levando a mão até o coração.
De onde é que você vem? Perguntei.
Matheus: Eu estava ali do outro lado sentado olhando se você tocaria a campanhia ou não.
Eu fiquei vermelha de vergonha, sabendo que ele passou esse tempo todo me observando.
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