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A filha do meu padrasto romance Capítulo 17

Depois de alguns minutos, respirei fundo, e fui atrás dela.

Fui no quarto dela, que ficava ao lado do meu e bati na porta.

— Yanka, vou pedir comida, o que você quer comer?

Ela não respondeu. Bati mais duas vezes e nada.

Então abri a porta e vi que ela não estava lá. Entrei e fui até o banheiro, e ela também não estava lá.

Antes de sair do quarto, por curiosidade resolvi abrir o closet, e fiquei abismado com a quantidade de roupas e calçados que tinha lá, olhei para as malas dela e vi que aquilo tudo não caberia ali.

— Quando foi que ela comprou tudo isso? Quem a levou pra comprar? Fiquei pensando.

Enfim, não era problema meu.

Sai do quarto, desci as escadas e vi que ela também não estava na sala.

Fui em todos os compartimentos da casa e não a encontrei, e comecei a ficar preocupado.

Então decidi ir até a piscina e finalmente a encontrei, sentada na borda.

Respirei de alívio.

— Yanka, vou pedir comida, o que você quer que eu peça pra você?

Fiquei esperando a resposta que não veio.

— Você está me ouvindo?

Mais uma vez ela não respondeu.

Ela simplesmente estava calada, com os pés pra dentro da piscina sem demonstrar nenhum tipo de reação.

— Você está surda garota?

Nesse momento, ela olhou séria pra mim, e eu pude perceber os olhos vermelhos dela.

Ela havia chorado, e não foi pouco.

"Que droga, agora ferrou mesmo, em todo canto que ando eu deixo alguma mulher chorando." Pensei.

Yanka: Pega essa comida e soca no seu cú Rodrigo, agora vê se me deixa em paz.

Falou e voltou a atenção dela para água da piscina.

Senti uma coisa estranha ao ouvir essas palavras dela com tanto desprezo.

Parecia que ela vomitava as palavras.

— Yanka, eu...

Yanka: Sai daqui Rodrigo, falou aos berros.

Me assustei com a reação dela.

Dei as costas e saí.

— Puta que pariu, que porra que eu fiz?!

Falei enquanto entrava na sala nervoso.

Eu sabia que o fato de eu ter chamado ela de puta, era o motivo por ela ter ficado daquele jeito, eu só não sabia como consertar.

Decidi pedir uma pizza.

Quando a pizza chegou, peguei alguns pedaços pra mim, peguei suco na geladeira e fui pro meu quarto, deixei o restante em cima da mesa caso ela sentisse fome.

Na situação que ela estava, era melhor eu nem chegar perto.

Eu não preguei os olhos a madrugada inteira, fiquei preocupado com a Yanka.

Eu não deveria, pois ela tinha feito um inferno desde que chegou, mas alguma coisa me induzia a levantar e ver como ela estava.

Nem tinha amanhecido o dia ainda, quando fui no quarto dela, ela não estava lá, o que me deixou mais preocupado ainda, pois significava que o que eu disse para ela, a machucou tanto, que ela também não conseguiu dormir.

Desci as escadas e fui em direção a cozinha, olhei na caixa de pizza que continuava com a mesma quantidade de pedaços, o que me deu a certeza de que ela não havia comido.

Fui até a piscina, no mesmo local que eu a vi da última vez, ela não estava lá, e sim deitada, dormindo no relento, em cima da cadeira de sol.

Cheguei perto dela, e fiquei olhando ela dormir.

Aquela garota estava acabando com o meu psicológico, de uma forma que eu não sabia explicar, mas também não queria entender.

No fundo eu tinha medo de nutrir algum sentimento por ela.

Eu não podia magoar a Melissa daquela forma.

Vi ela se encolher, como se estivesse com frio.

Então peguei ela cuidadosamente nos braços, ela se mecheu um pouco, mas não acordou. Fui caminhando em direção ao lado interno da casa, abri a porta da sala com um pouco de dificuldade e cuidado pra ela não acordar, subi as escadas, entrei no quarto dela e a coloquei na cama.

Peguei um lençol e a cobri.

Olhei ela por alguns minutos, prestando atenção em cada detalhe do rosto dela.

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