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A filha do meu padrasto romance Capítulo 200

RODRIGO

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Nada fazia sentido pra mim. Sinceramente, eu achei que depois da noite que tivemos, depois do nosso reencontro, do meu pedido de perdão, de tudo o que falamos e sentimos, a Yanka fosse finalmente ficar comigo pra valer. Eu deixei isso claro. Eu não fui dúbio, não fui omisso. Eu me abri, escancarei meu coração como um idiota, achando que ela faria o mesmo. Mas, parecia que ela não queria o mesmo. Foi algo de momento então?

Talvez o fato dela evitar tocar no nome do Matheus já fosse um sinal. Medo? Culpa? Talvez. Talvez ela temesse revelar que gostava dele. Mas aí vinha o Pyter, minha mãe, me dizendo que os dois não estavam juntos, que ela estava sozinha desde a minha prisão. Então, por que diabos tanta conversa entre os dois? Sobre o que eles falavam, afinal?

A raiva me consumia, e controlar aquilo foi o mais difícil. Eu sentia a mão formigar, o maxila travar, o sangue subir, mas eu me recusava a cair de novo na armadilha do descontrole.

Já era humilhação demais ter passado aquele tempo na cadeia carregando o peso de uma acusação que quase destruiu minha vida. Agora que eu estava livre, eu queria recuperar o que restava de mim. Eu queria minha vida de volta, ou pelo menos os cacos dela.

E eu jurei pra mim mesmo que nem a indecisão da Yanka, nem a presença maldita do Matheus, iam me impedir.

Saí de casa determinado, fui ao shopping, comprei roupas novas, almocei num restaurante, e voltei pra casa da minha mãe. Em nenhum momento o celular vibrou. Nenhuma mensagem, nenhuma ligação. Nada. Ela não moveu um dedo pra saber como eu estava e o que eu queria, e aquilo foi como um soco no estômago, mas serviu de resposta.

Se ela precisava de espaço, ótimo. Se ela queria tempo, perfeito. Eu não seria mais aquele cara que ficava correndo feito um animal selvagem atrás dela. Ela que me procurasse, quando e se quisesse.

Peguei o celular e liguei pro Demétrio. Eu ia sair, aproveitar minha noite, minha liberdade, o ar de novo. Não que eu estivesse buscando alguém, mas depois de tanto tempo trancado entre quatro paredes, era óbvio que eu precisava sentir que ainda estava vivo.

Demétrio: Cara, deixa de ser carente, você acabou de me ver e já tá atrás de mim de novo.

— Vai se foder, seu filho da puta. Tô te ligando pra gente sair hoje à noite. A gente bebe umas, e você me atualiza sobre a empresa.

Demétrio: Cara, tô precisando mesmo, fechou.

— Vou comprar as entradas da boate e te mando o horário e a localização.

Demétrio: Combinado.

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