Eu nunca namorei com ninguém porque no fundo eu tinha medo de conhecer um babaca e me apaixonar por ele.
Nunca permiti que homem nenhum me tratasse de maneira desrespeitosa, e aquilo que o Rodrigo falou me machucou de uma forma absurda, e me deixou muito irada.
Sentei na borda da piscina e não consegui deixar de chorar, foi quando ele chegou perguntando se eu queria comer.
Como ele podia ser tão cretino? Eu não o respondi, e eu explodi quando ele me chamou de surda.
Quando ele viu minha cara de choro, tentou se explicar, mas eu o expulsei de lá.
Um homem nunca tinha me feito chorar, e o Rodrigo conseguiu isso com mais facilidade que o esperado. Ele não significava nada pra mim, eu não o amava, faziam só alguns dias que eu o conhecia.
Eu só estava atraída pela beleza dele, pelo corpo sarado. Só era desejo sexual.
Mas ser chamada de puta, era um baita desrespeito, e eu o faria pagar por isso.
Poucas pessoas na minha vida, conheciam minhas fragilidades e fraquezas. Eu era uma menina amorosa e divertida, e o tipo de pessoa que entrava em brigas por quem eu amava.
Eu sabia ser doce com quem merecia.
Mas eu era terrivelmente vingativa.
Eu podia até gostar de alguém, mas se esse alguém errasse comigo, eu erraria o dobro com esse alguém.
Meu pai vivia dizendo que eu tinha um gênio do cão, e pobre daquele que cruzasse o meu caminho de forma negativa.
O Rodrigo veria as minhas duas versões.
Eu seria pra ele a melhor pessoa do mundo, e quando ele se apaixonasse por mim, em toda a minha essência, eu o mostraria o meu pior.
No fim, ele iria decidir se valia ou não a pena trepar com uma puta.
Aquilo estava doendo muito, e cada vez que eu lembrava das palavras dele, era como se eu recebesse uma facada no peito.
Senti meu corpo cansado, então eu deitei na cadeira de sol, e não vi a hora que dormi.
Quando acordei, percebi que eu estava no meu quarto, rapidamente me veio a lembrança da noite anterior, das palavras do Rodrigo, e que eu havia dormido lá fora. Olhei pro relógio, e era 06:00hrs.
— Droga, ele me trouxe pro quarto.
Olhei para o meu corpo e vi que ainda estava com o vestido da noite anterior, fui para o banheiro, tomei um banho, lavei minha calcinha que ainda estava grudenta, depois coloquei uma camisola e voltei pra cama para voltar a dormir.
Quando acordei era 09:50.
Fiquei um bom tempo deitada pensando na vingança do Rodrigo, que começaria imediatamente.
Escovei meus dentes e desci com a mesma roupa de dormir que coloquei de manhã cedo.
Fui pra cozinha, e ele não estava lá, então comecei a preparar algo pra gente comer e um pouco de suco também.
Se tinha uma coisa que eu fazia muito bem, era cozinhar.
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