A Laura e o meu pai decidiram passar a noite fora e eu fui direto para o meu quarto, pra tentar não expressar a raiva que eu estava sentindo.
Liguei o som e me refugiei na música como tinha acontecido nos últimos dias.
Tentei me desligar de tudo e nem vi quando o sono me pegou.
Comecei a sentir alguém muito próximo de mim, meu subconsciente me alertava sobre aquele cheiro familiar, logo depois senti alguém me cobrir, e então eu abri os olhos.
Era ele, bem na minha frente.
Eu queria levantar e beijá-lo, queria senti-lo, e dizer tudo o que se passava dentro de mim.
Eu queria que ele entendesse a guerra que eu estava travando entre a consciência e a razão, mas a única coisa que saiu da minha boca, foi a pergunta do porque ele estar ali.
Ele pareceu pensar no que falar, e ficou longos minutos me olhando até dizer que era o som que estava alto.
Não estava, e eu tinha consciência disso, mas eu não quis debater nada com ele, então optei por baixar o volume e pedir que ele se retirasse.
Mas no momento que pedi isso, senti um nó na minha garganta, senti minhas emoções me traírem, e ele percebeu o quanto eu estava fragilizada.
Rodrigo: Você vai chorar? Porquê Yanka?
Ele sabia o porque.
Mas pra ele era mais fácil ignorar, ou esconder que sabia o que se passava entre nós dois.
Ele tentou se aproximar, e eu me afastei.
O que me doía, não era o fato de me sentir sempre rejeitada, e sim que eu sentia que ele me queria, mas ele via isso como um erro.
Eu odiava a ideia de ser o erro de alguém.
Eu dei as costas pra ele porque não aguentava revelar minhas dores pra quem não fazia questão de enxergá-las.
Mas as palavras não se sustentaram na minha boca, e comecei a vomitá-las, pois eu não entendia o porque ele dizia pra gente se distanciar, quando as atitudes dele diziam o contrário.
As lágrimas começaram a cair, e eu não queria que ele me visse dessa forma.
Ele se aproximou outra vez, e como se eu não tivesse mais forças pra lutar, eu não me afastei.
Ele me olhou, e disse o que eu mais desejei ouvir nesses últimos dias, disse que ficar longe de mim era um castigo, e finalmente me beijou.
Como eu esperei por aquele beijo, como eu desejei tê-lo em meus braços.
Ele tirou o meu vestido, eu fiquei com os peitos expostos, minha calcinha já estava molhada.
O Rodrigo tinha tanto poder sobre o meu corpo, eu derretia só com o olhar dele.
Ele estava lindo, tão entregue, a voz grossa revelando todo o prazer que ele estava sentindo, fez com que o meu corpo todo reagisse, e então perdi todo o controle e gozei.
E enfim pude deixar fluir todo o desejo latente em mim, e quando abri os olhos, vi uma das cenas mais deliciosas de se presenciar.
Vê-lo gozar dentro de mim, foi um verdeiro espetáculo.
Quando ele derramou todo o gozo dele em mim, ele ficou me encarando e o medo passou a me consumir.
Medo dele ter se arrependido, medo de ouvir novamente que aquilo era um erro, medo dele fugir de mim, ou pior, fugir de nós dois.
E mesmo sem querer, perguntei e torci mentalmente pra não ouvir nenhuma dessas palavras dele, foi então que ele falou que se fosse um erro ele continuaria errando.
E isso, abriu no meu coração, esperança.
Eu tinha uma chance.
Chance de tê-lo pra mim, chance de um dia poder chamá-lo de meu.
E pra ele ser meu, ele não poderia ser da Melissa.
Uma de nós sairia perdendo naquela história toda.
Mas eu não sairia dela sem antes lutar.

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