Ele me soltou, e eu caminhei até o meu quarto.
A minha vontade era de chorar e gritar até perder a voz.
Deixei as coisas que eu estava usando para estudo em cima da cama, peguei o meu celular e liguei pro Diego que rapidamente me atendeu.
"Oi gatinha, não me diga que já está com saudades" ?
Eu não pude deixar de sorrir, o Diego era tão bem humorado, que conseguia tirar a tristeza de qualquer pessoa.
— Talvez eu esteja Sr.Diego, e é por isso que quero convidá-lo a entrar em uma aventura comigo. Você acha muita loucura minha a gente sair agora em direção a alguma praia e curtir o domingo amanhã?
— Acho muita loucura sim, a sua sorte é que eu sou tão louco quanto você.
A cada dia que passava, eu ficava mais surpreendida com o Diego. Tudo pra ele era tão fácil e natural.
— Me desculpa por fazer você vim me deixar e logo depois pedir pra vim me buscar, eu sei que o seu hotel fica longe.
— Isso não é um problema Yanka, eu tenho um hotel bem próximo de onde você está, e é nele que eu estou agora, que horas o motorista deve passar aí?
'É claro que tem"... Pensei.
Olhei no relógio e já passava das 23:00hrs.
— Daqui a 20 minutos. Mas porquê um motorista vem e não você?
— Tenho que preparar o helicóptero pra nos levar pra onde você quiser ir.
Fiquei sem palavras ao ouvi-lo tão disposto a satisfazer as minhas vontades.
— Você é uma enorme caixa de surpresas Diego.
Vou me organizar aqui, enquanto o seu motorista não chega.
Peguei uma mala pequena e coloquei tudo o que eu iria precisar dentro.
Optei por não colocar biquinis, eu compraria novos onde quer que fossemos, afinal, sempre existiam vendedores de biquínis em praias.
Voltei a pegar o meu celular e liguei pro meu pai.
— Oi Filha, aconteceu algo? Já estamos quase indo pra casa.
— Não pai, só estou ligando pra avisá-lo que não vou dormir em casa, vou sair com o Diego.
— Mas você acabou de chegar Yanka, você não acha que está indo rápido demais?
— Relaxa pai, eu só estou aproveitando o tempo que ele está aqui, ele vive viajando como você, então a gente não vai poder se ver sempre.
— Nesse caso tudo bem. Mas posso saber onde vão?
— Ele vai me levar em alguma praia, vamos de helicóptero pra chegar mais rápido e não precisar pegar a estrada a noite.
— Tudo bem, qualquer coisa me ligue.
— Tá bom pai, te amo.
— Também te amo meu amor.
Quando tudo já estava pronto, o meu celular tocou, e eu não reconheci o número.
— Alô?
— Senhorita Yanka, aqui quem fala é o Jorge, motorista do seu Diego.
Eu estou aguardando você aqui fora.
— Tudo bem Jorge, aguarde só um momento que já estou indo.
Perguntou enquanto usou uma das mãos pra desabotoar o meu meu short, enquanto a outra continuava a me segurar.
Depois ele enfiou a mão por dentro da minha calcinha, e eu não consegui segurar os gemidos.
Rodrigo: Agora fala pra mim Yanka, se você prefere ser fodida por ele ou por mim.
Nessa mesma hora senti raiva. O que ele pensava que eu era? Um objeto? Que ele podia fazer o que quisesse?
Usei toda a raiva que eu estava sentindo e consegui me soltar e o empurrar.
Ele ficou atônito me olhando, enquanto eu fechava o meu short.
Olhei pra porta e vi que ele não tinha tirado a chave, então fui até ela pra poder sair.
Rodrigo: Eu juro por Deus Yanka, que se você cruzar essa porta, a gente nunca mais vai ter nada um com o outro, entendeu?
Eu abri a porta e antes de fechar eu olhei pra ele.
— Não se preocupe Rodrigo, eu já estava ciente disso quando você decidiu que pediria a Melissa em casamento, agora viva a sua vida, e nunca mais me impeça de viver a minha.
Seja lá o nome disso que a gente tem, acaba agora.
Saí batendo a porta do quarto dele, desci as escadas as pressas, peguei a mala do chão e olhei pra ver se não tinha quebrado nada, e fui em direção a porta.
Quando saí da casa, vi um carro preto, com vidros escuros.
Um homem, um pouco mais velho que o Rodrigo, desceu do carro, e abriu a porta pra mim.
— Desculpe a demora Jorge, tive um pequeno contratempo com a mala.
"Sem problemas senhorita".
Falei da mala, pensando no Rodrigo, e esse peso, eu não estava mais disposta a carregar.

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