RODRIGO
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Durante todo o caminho de volta ao apartamento da Melissa, fomos conversando.
Ela insistiu pra gente conversar, e apesar de sair da casa que comprei com um sentimento de paz, eu sabia que aquela conversa era necessária, porém não existia defesa para o meu comportamento, só me restou pedir desculpas por ser um grande babaca.
Eu tive que falar sobre a minha crise de raiva e o meu celular quebrado. Não era algo que eu me orgulhava em admitir, mas era algo que eu precisava compartilhar com ela pra amenizar o peso dos meus sentimentos confusos.
Estava claro que as crises tinham tudo haver com a Yanka, mas essa parte eu não poderia falar.
Percebi que a Mel ficou um pouco assustada com o que falei sobre minhas crises de raiva, e pediu que eu procurasse ajuda, e ela tinha razão em se preocupar, não era costume meu fazer aquilo, então talvez eu devesse mesmo buscar ajuda com um psicólogo.
Eu não queria continuar tendo brigas desnecessárias com a Melissa.
Chegando no prédio dela, preferi não subir, eu dei a desculpa de estar tarde, porém o motivo era outro.
Eu precisava chegar logo em casa e ligar para o meu sogro, eu só não sabia como conseguiria falar com ele se o número dele estava no meu celular.
Quando cheguei em casa e coloquei o carro para dentro, notei que a Yanka estava no jardim, fiquei olhando ela a distância, e vi que ela também me olhava, mas tentei manter o foco no que eu estava pretendendo fazer.
Entrei em casa e subi até o meu quarto e catei o meu celular do chão, ele não servia mais pra nada, então lembrei que minha mãe tinha salvo o número tanto do meu sogro, quanto da minha sogra na agenda do telefone fixo.
Quando a gente viajou pra visitá-los no interior, minha mãe pediu o número dos dois, pra ligar pra eles caso não conseguisse falar com a gente, ela salvou tanto no celular dela, quanto no fixo. Coisa de mãe.
Desci as escadas, procurei na agenda e rapidamente achei e liguei pra ele.
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