RODRIGO
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Acordei e não quis descer para tomar café, eu estava evitando olhar pra minha mãe depois da crise de choro que tive, fiquei na cama sem um pingo de vontade de levantar, mas precisava sair pra comprar um celular e um notebook, porém eu tinha que esperar a minha mãe sair com o Pyter pra eu descer.
Depois de um tempo, olhei no relógio e vi que já era seguro eu sair do quarto sem correr o risco de ver minha mãe, eu não queria ter que responder nada sobre a noite anterior.
Assim que cheguei no pé da porta, ouvi a voz da Yanka.
Ela estava pedindo pra um motorista vir buscar ela, e isso já me deixou tenso.
Eu não sabia em que momento eu passei a agir assim, de maneira tão possessiva, mas era algo que eu não tinha controle algum.
Eu não tinha controle nem da minha própria vida, como eu teria controle sobre os meus instintos?
Esperei ela encerrar a ligação, e quando não a ouvi mais, eu saí do meu quarto, e quando olhei pro andar de baixo, vi ela atender novamente uma ligação.
Fui caminhando em direção as escadas, tentando não parecer um desesperado.
Desde quando ela conheceu esse cara, ela não parava mais em casa, e isso estava me incomodando mais do que deveria.
Quando eu a questionei sobre isso, ela perguntou se eu não cansava de se meter na vida dela.
Eu queria ter a certeza de quem era o motorista que estava vindo buscar ela, eu tinha dúvidas se ela ainda estava saindo com o mesmo cara, ou já era outro.
Mas tudo o que ouvi foi julgamentos por eu ter ouvido a conversa dela.
Eu já estava no meu limite, tentando não perder a cabeça com ela, mais não consegui.
Quando ela se levantou pra me confrontar, eu não consegui segurar a minha fúria.
Como ela foi capaz de dizer na minha cara que ela não era propriedade minha? Que não me devia satisfações? Eu não suportava a ideia de ter que dividi-la com qualquer um.
Meu mundo parou quando ela falou que tinha um namorado.
Ela deu as costas pra mim, e a segurei pela braço e eu tenho certeza que a machuquei, eu estava com tanta raiva, que eu só precisava sentir ela perto de mim, sentir que ainda ocupava um lugar importante na vida dela, eu não deixaria que ela fosse a lugar nenhum, mas ela mandou eu soltar o braço dela com tanta mágoa no olhar, que eu não tive outra escolha além de deixar nossos corpos juntos um ao outro.


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