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A filha do meu padrasto romance Capítulo 97

YANKA

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Amanheceu, e eu não dormi a noite inteira, minha cara estava inchada de tanto chorar.

Eu nunca pensei que a minha vida fosse virar de cabeça pra baixo daquela forma.

— Como eu me deixei levar por essa situação? Perguntei a mim mesma.

O meu pai estava irredutível na decisão de me mandar embora pra casa da minha mãe.

Eu sempre morei com o meu pai, sempre fomos eu e ele, uma dupla imbatível.

Eu realmente o tinha decepcionado.

Eu não conseguia nem mais olhar pra cara do Rodrigo, não depois de tudo o que ele fez, e depois de tudo o que eu passei.

Ele deveria ter me deixado em paz quando teve a chance, mas não.

Ele preferiu fazer de mim o objeto sexual dele, até acabar com tudo.

A minha vida destruída por causa de um cara que nem sabia direito o que queria da vida dele.

Pyter: Vamos Yanka, eu vou levá-la até o aeroporto.

Meu pai falou entrando no meu quarto.

— Pai, por favor, eu nem tomei café da manhã ainda.

Pyter: Toma no avião. Dou cinco minutos pra você descer.

O meu pai nunca me tratou daquela forma, nunca agiu com grosseria, ou foi indiferente comigo.

Mas eu merecia aquele tratamento.

Eu não podia exigir nada dele, quando eu tive tudo e não dei valor.

E o pior era que eu não tinha nada, não tinha nenhum emprego, eu era totalmente dependente do dinheiro dele.

Não podia dizer que eu iria ficar e acabar perdendo a oportunidade de ter um futuro.

Eu precisava que ele pagasse a minha faculdade.

Como se eu já não tivesse problemas o suficiente, o Rodrigo entrou no meu quarto.

— Não sabe mais bater, Rodrigo?

O rosto dele ainda esta inchado pelo murro, mas ele parecia bem.

Rodrigo: Yanka, você quer morar comigo?

Eu pago a sua faculdade, e te ajudo financeiramente até você se formar e conseguir se estabilizar.

Fiquei sem reação, tentando assimilar tudo o que ele estava me propondo.

Rodrigo: Então Yanka? O que você me diz?

— Quem você pensa que eu sou Rodrigo? Você acha que pode me comprar? Que é só me dar um teto e me bancar que eu vou esquecer tudo o que você me fez passar? Não, obrigada.

Pyter: Vamos Yanka, está na hora.

Limpei as minhas lágrimas, e peguei as minhas malas, no fundo, eu sabia que aquilo era necessário.

E mesmo que o meu pai estivesse me tratando com frieza, eu sabia que essa era a forma dele me proteger.

Ele queria que eu tivesse uma chance de recomeçar.

Fomos pro aeroporto em silêncio, durante todo o trajeto.

Descemos do carro, e entramos no aeroporto.

Antes que eu seguisse o meu caminho, ele me abraçou.

Pyter: Eu sempre vou ser o seu pai, Yanka.

Mas eu quero ser o pai da Yanka amorosa e consciente, aquela que não esconde nada de mim, não mente e nem estraga a vida dos outros.

Eu amo você filha.

Eu sabia exatamente o que ele estava tentando me dizer.

Eu precisava me reencontrar, e isso só seria possível, se eu estivesse longe do Rodrigo.

Dei as costas pro meu pai, e fui em direção ao futuro que tentaram roubar de mim.

Ou o que a imaturidade me causou.

Eu estava voltando pra casa.

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