A prometida do Capo italiano romance Capítulo 100

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CAPÍTULO 114

Don Pablo Strondda

Eu não acreditei quando ouvi o que Laura falou, entrei em estado de choque. O figlio de puttana que ousou me desafiar dessa maneira, teria uma morte lenta e dolorosa, ainda que seja a última que eu faça.

Em questão de segundos apertei um botão de emergência no carro, que acionaria o Antony e todos os meus homens, inclusive com a minha localização. Implantamos isso recentemente, ainda não precisamos usar, mas foda-se... agora quero todos na minha casa, Cami é mais importante.

Meu carro é preparado para situações como essa, com o meu peito esmagado e o suor que imediatamente escorreu pelo meu rosto, eu pisei fundo, cortei caminho por um lugar que poucos conhecem, bati em arbustos altos, passei por grandes pedras, e fiz o percurso na metade do tempo.

Como dirijo sozinho ultimamente, tenho sempre uma arma de grosso calibre, se preciso destruiria a casa, mas iria até o fim.

Avistei de longe o muro caído no chão, Laura é uma excelente estrategista, se lembrou do nosso combinado, derrubou exatamente onde precisava.

Puxei a minha AK 47, com cadência de seiscentos tiros por minuto, explodiria a cabeça de alguém com elegância, hoje.

Passei por cima do muro no chão, e nem desliguei a caminhonete, nem sei como apagou.

Desci e coloquei a arma no ombro direito, apoiei com a esquerda e segurei o gatilho, porém quando fui atirar, fui surpreendido pela Laura e o Alex em ação, parei por alguns segundos, observando as minhas opções.

Eles foram extremamente rápidos, haviam muitos corpos caídos ao chão. Estavam de costas um para o outro, cada um segurava uma pistola numa mão.

Não sei de onde vieram tantos homens, mas eles simplesmente me surpreenderam, um cuidou da retaguarda do outro, quando um se movia o outro acompanhava, quando se abaixava, pareciam que haviam combinado, mas só sorriam sem dizer uma palavra, e percebi que ali eu estava sobrando, então quando a Laura me viu:

— Vai, pai! Eu te cubro! — passei entre eles e vi o sorriso imenso no rosto dela e no dele enquanto eu passava, e percebi que Laura realmente nasceu pra isso.

Passei pelo corredor, vi a cozinheira caída no chão, havia levado um tiro, mas sua filha estava com ela, tentando ajudar, tranquei a porta por fora, ajudaria a mantê-las seguras, aqui as portas tem uma resistência diferente, duvido qualquer um conseguir derrubar ou abrir.

Vi dois homens no corredor, atirei sem respirar, em segundos estavam no chão. Pela porta vi que Laura e Alex entraram, com movimentos sincronizados, parecia que eles haviam sido treinados naquele local, e pelo mesmo mafioso.

Alguém atirou de um dos quartos da direita, ambos se esconderam atrás da parede, e com três segundos, Laura se jogou no chão em frente a porta e Alex foi de frente atirando em sincronia. Ouvi os tiros, e também a gargalhada quando ela levantou e o beijou rapidamente.

— Cada vez melhor, marido... — ouvi de longe, mas eu precisava continuar.

Quando entrei no nosso quarto, vi dois homens mortos, provavelmente tenha sido a minha doce Camila, que aprendeu a se defender e atacar. Agora conhece todos os nossos esconderijos de armas, deve ter atirado. Dois maledettos tentavam abrir a porta do antigo quarto da Laura, atirei na cabeça de um e no pulso do outro que tentava derrubar a porta.

— QUEM TE MANDOU, PORRA? — bati com a sua cabeça na própria porta, comecei a dar socos na sua barriga e chutes nas suas pernas.

— Eu não sei... eu não sei! Ele nunca mostrou o rosto e disse que se descobrissem a sua identidade, quem pagaria seria as nossas esposas e filhas! — o maledetto se debatia, não queria dizer de forma alguma, mesmo eu batendo muito nele, até que alguém atirou e matou o homem que eu tentava tirar informações, mas em seguida, alguém atirou nesse outro e vi que era a Laura.

— Ele poderia ter atirado no senhor, pai. Vamos abrir a porta, a mamãe deve estar aqui! — Laura foi se aproximar, acho que iria colocar a digital dela, mas coloquei a minha.

— Pode deixar.

— Não sabia que o senhor conseguiria abrir essa porta... — dei um leve sorriso.